Estado intervencionista X Estado liberal

...para qualquer analista sério, não resta dúvida de que a origem da atual crise está intimamente relacionada às “ações afirmativas” dos recentes governos norte-americanos, a começar pela paternidade desses dois monstrengos gêmeos – que respondem pela alcunha de Freddie Mac e Fannie May – cujo caráter peculiar de empresas privadas implicitamente patrocinadas pelo governo, aliado à demagogia dos políticos em querer tornar em realidade o sonho da casa própria a cada americano, tudo isso temperado por uma política monetária frouxa, acabou gerando a famigerada bolha imobiliária que acaba de estourar (fonte: http://www.midiasemmascara.org/?p=177 acessado em 08/10/2008, às 11:41).

Depois de todas as notícias acerca da crise nos EUA, há um grande alarde no sentido de que o sistema neoliberal estaria fadado ao fracasso, haja vista a necessidade agora do Estado socorrer o mercado. Entretanto, há quem discorde e diga que, na verdade, é a própria ingerência do Estado que causou aquela crise, conforme sustentou o autor da matéria postada acima. Penso que, como cristãos, vale a pena pensar um pouco neste assunto, visto que, a discussão estado intervencionista X estado liberal já está faz alguns séculos dividindo mentes e corações.

Conheço muitos cristãos, de modo geral, que, ora associados à teologia da libertação (catolicismo), ou mesmo à Missão Integral (evangelicalismo), defendem a idéia de um estado intervencionista justamente para viabilizar a distribuição de renda no país. A esquerda na América Latina deve muito aos cristãos, que, de um modo ou de outro, através de uma liderança mais "progressista", ajudou a dissipar os "preconceitos" (ou conceitos) que havia contra a ideologia comunista. Entretanto, conheço outros que, entendem que a sociedade lucrou muito mais com a filantropia cristã do que com o super estado protecionista. A minha preocupação com a tese intervencionista é que, geralmente, ela está associada a grupos de esquerda que, quando podem, vão minando o que conhecemos como democracia liberal, conforme estamos assistindo ocorrer na América Latina, e, historicamente, tenho a impressão de que o estado ultra intervencionista já se provou ineficaz. Talvez, ao invés de pensarmos dogmaticamente esta questão, possamos entender que, o que precisamos é de um estado necessário, seja ele intervindo ou não; mas para tanto, mais importante que um estado super-protetor é uma pontecialidade interventiva, pronto a agir quando for necessário.


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