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Mostrando postagens de junho, 2008

Evangelização vs. Ecumenismo

De 20 a 25 de Abril [deste ano] o padre Karl Stehlin, o superior distrital da F.S.S.P.X. para a Europa de Leste, deu um retiro inaciano na Letónia. O website do distrito alemão da F.S.S.P.X. reportou este evento a 17 de Maio de 2008 . Não só pariticiparam [neste retiro] sete leigos, como também onze clérigos protestantes, incluindo o chefe da comunidade luterana da Letónia, o arcebispo da diocese luterana de Riga. Nos seus sermões durante o retiro inaciano, o padre Stehlin pregou sobre o Santo Sacrifício da Missa, sobre a Mãe de Deus, sobre a graça divina, sobre os sete sacramentos e sobre a única Igreja que é somente ela sanctificante. Durante este retiro falou-se [também] sobre vários temas de fé e de vida religiosa. Os pastores luteranos declararam que tinham pedido a um tradicionalista [que desse o retiro] porque os encontros ecuménicos com os representates oficiais da Igreja Católica muitas vezes consistiam só de palavras bonitas, de bons falantes sem nenhum conteúdo e substância

LIBERTAS PRAESTANTISSIMUM

CARTA ENCÍCLICA DO SUMO PONTÍFCE LEÃO XIII LIBERTAS PRAESTANTISSIMUM SOBRE A LIBERDADE HUMANA Aos Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, e todos os Bispos do Orbe Católico em comunhão com a Sé Apostólica: Sobre a liberdade humana. Veneráveis Irmãos: Saudação e Benção Apostólica. Exórdio: Excelência e conceito da liberdade. 1. A liberdade, excelente bem da natureza e exclusivo apanágio dos seres dotados de inteligência ou de razão, confere ao homem uma dignidade em virtude da qual ele é colocado entre as mãos do seu conselho e se torna senhor de seus atos. E o que, todavia, é principalmente importante nesta prerrogativa é a maneira como ela se exerce, porque do uso da liberdade nascem os maiores males, assim como os maiores bens. Sem dúvida, está no poder do homem obedecer à razão, praticar o bem, caminhar direito ao seu fim supremo. Mas pode também seguir outra direção diferente, e, seguindo espectros de bens falazes, destruir a ordem legítima e correr para uma perdição vo

Exposição ao Salmo 22 - III

Tu me conduzes a verdes pastagens. Sendo ele o Bom Pastor é natural que as pastagens a qu nos conduza sejam boas pastagens, pois a natureza das pastagens deve ser conforme a natureza do condutor ou seja daquele que nos conduz até elas. Fossem más as pastagens, mau seria o condutor, pois esta escrito: pelos frutos é que lhos conhecereis. Portanto se guia as ovelhas a boas pastagens isso vem manifestar e corroborar o seu cárater bom. Pastagens há que não são boas. Poços há que não são bons mas salobros... Pastagens há que não são boas, mas venenosas. Pois ao invés de feno, alfafa e ervas tenras são pródigas em cardos e espinheiros. Em tais pastagens ou as ovelhas passam fome e perdem peso ou - caso pastem - perdem a saúde e entram em óbito. Quanto a cárater daqueles que conduzem as infelizes ovelhas por pastagens desse tipo cumpre dizer que são verdadeiros mercenários, ladrões e salteadores. Pastores de sí mesmos eles cuidam de apascentar apenas seus próprios ventres... Como vampiros ins
Exposição sobre o Salmo 22 - II Nada há de me faltar. Alguns ao lerem esse texto imaginam que Deus esta lhes prometendo coisas materiais, visto que, segundo eles, o material faz parte desse "nada" que não há de faltar aos bem apascentados. Acontece que os ensinamentos divinos devem ser bem compreendidos, não segundo a letra que mata e produz falsas teologias, mas conforme o espírito que vivifica e produz abundante santificação em Cristo Jesus. Portanto ao lermos: "Nada" não somos autorizados a crer que Deus nos esta a prometer aquele gênero de bens que constituem a felicidade neste mundo, mas aquele outro gênero de bens incorruptiveis e eternos e os meios necessários para que possamos tomar posse deles. Pois as promessas são conforme a natureza daquele que promete. Ora Deus não é matéria, mas espírito (Jo 4,24) de modo que suas promessas são espirituais e invisiveis, são promessas para a eternidade e não para o presente século. Aos que me perguntam: porque Deus não

CARTA AOS PAIS

André Charlier Esta carta de André Charlier merece ser lida duas vezes. Uma, por seu conteúdo e oportunidade; Outra, tendo-se em vista a data em que foi escrita, 22 de outubro de 1954, quando Charlier era diretor da escola preparatória de Clères, na Normandia. Embora escrita para pais franceses, estas breves reflexões certamente interessarão ao leitor brasileiro. Prezados amigos, escrevi há muitos anos "cartas aos pais", e parei de escrevê-las, uma vez que, no final, não via utilidade. Elas não persuadiam senão aqueles que já se encontravam persuadidos. Muitos me escreviam: «Como o sr. tem razão!», mas não passavam desta aprovação platônica. Ora, tenho muito pouco tempo para escrever coisas inúteis. Se escrevo aos senhores hoje mais uma vez, é porque uma imperiosa necessidade me incita a isto. É preciso, de todo modo, que o homem ao qual os senhores confiaram a educação de seus filhos lhes diga o que pensa da juventude da França que cresce. Sua responsabilidade moral, como a

DA OBRIGAÇÃO DE TENDER À PERFEIÇÃO

Adolph Tanquerey Exposta a natureza da vida cristã e a sua perfeição, resta-nos examinar se há para nós verdadeira obrigação de progredir nesta vida, ou se não basta guardá-la preciosamente como se guarda um tesouro. Para responder com mais precisão, examinaremos esta questão relativamente a três categorias de pessoas: 1° os simples fiéis ou cristãos; 2° os religiosos; 3° os sacerdotes, insistindo neste último ponto, por causa do fim especial que nos propomos. ART. I Da obrigação que têm os cristãos de tender à perfeição Exporemos: 1° a obrigação em si mesma; 2° os motivos que tornam este dever mais fácil. § I. Da obrigação propriamente dita Em matéria tão delicada importa usar da maior exatidão possível. É certo que é necessário e suficiente morrer em estado de graça, para ser salvo; parece, pois, que não haverá para os fiéis outra obrigação estrita mais que a de conservar o estado de graça. Mas, precisamente, a questão é saber se pode alguém conservar por tempo notável o estado