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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Caridade

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A caridade é uma boa disposição da alma, pela qual esta nada antepõe ao conhecimento de Deus. É impossível que chege à posse desta caridade aquele que tem inclinação para qualquer coisa terrestre (Máximo, o Confessor). De fato, na vida do cristão, pensamos que nada deve se antepor ao conhecimento de Deus. Entretanto, nós, seres humanos comuns, sabemos, temos uma dificuldade tremenda de nos manter o tempo todos "antenados" nos pensamentos divinos. Certamente, quem assim procede, bem aventurado é. Por outro lado, conheci alguns colegas que costumam chamar o seu cantinho da biblioteca em que se encontram os grandes mestres espirituais de "cantinho do malogro", visto que, não obstante o altíssimo padrão que ali é requerido, não conseguem, de modo nenhum, vivenciar aquilo na prática. E já ouvi isto de bispos, e até de padres e pastores. Particularmente, tive esta sensação quando li "A perfeição cristã", de John Wesley. E olha que Wesley não escrevia para pessoa

Caminhando

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As ‘notae ecclesiae’ do Credo Niceno-Constantinopolitano. Fonte do re-encantamento com o projeto da Igreja Cristã Resumo O artigo investiga diversas leituras confessionais e denominacionais das notae ecclesiae (sua descrição da Igreja como una, santa, católica e apostólica) e sua vinculação com a igreja "invisível" e "vísível". O texto convida a uma leitura realista das igrejas e, ao mesmo tempo, enriquecida pelas notae ecclesiae como um dos seus horizontes de esperança. Leia todo o artigo em Revista Metodista .

Um pouco de C. S. Lewis

Feliz Natal

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“Por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz...” Que o nascimento do Deus-Menino possa nos inspirar a termos maior comunhão com o doador de toda a vida, para levarmos o amor e a paz em todos os lugares que o Senhor nos colocar, e que aprendamos a fazer cessar as forças da morte, do pecado e da dor, que ora insistem em brotar, seja dentro de nós, ou daqueles que estiverem ao nosso derredor. Que, ainda que devagar, possamos vislumbrar a terra prometida, sem fome, sem dor, sem angústia, sem sofrimento, e com muita paz. Bendito seja o N. S. J. C.

Andar na luz

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“Se andarmos na luz, como ele na luz está, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I João 1,7). Um dos mais importantes indicativos de que alguém não anda mais na luz é a quebra da comunhão com os seus irmãos. Uma vez que alguém ande em trevas, ela, obviamente, se afasta da luz; e neste mundo, os discípulos são a luz do mundo (Mateus 5,14), de modo que, afastar-se da comunhão, é afastar-se dos irmãos, deste modo, afastando-se da luz. E aqueles que se afastam da comunhão, continuarão a ter os seus pecados purificados? O texto nos diz que na comunhão com os irmãos temos a purificação de nossos pecados. Mas alguns amaram mais as trevas do que a luz (João 3,19), por isso afastaram-se da luz, pois suas obras eram más, e estes não queriam ser reprovados pelas más obras que cometeram. Portanto, podemos negativamente interpretar o versículo supramencionado: se porém, não andarmos na luz, não mantemos comunhão uns com os o

Curso de atualização para pregadores

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Deus é luz

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“Deus é luz, e nele não há trevas nenhuma” (I João 1,4). Luz lembra claridade. É a qualidade daquilo que ilumina. Trevas é escuridão. É falta de luz. Se Deus é luz, e nos ilumina, isso significa que não pode existir nenhum aspecto de nossas vidas que não deva estar iluminada por Deus. Nada pode estar em trevas. Há anos sempre digo que a vida do cristão não pode ter nenhum aspecto obscuro. Esta é a nossa meta. Nossa vida tem que ser absolutamente transparente, para aqueles que quiserem, possam dela entrar e sair, verificar e vislumbrar conforme quiserem. Claro que ainda há pecados em nossas vidas. Claro que ainda há partes obscuras, que talvez nem mesmo nós tenhamos total consciência. Mas é aí que entra a comunidade, os amigos, nossos pastores, a Palavra, Deus, seu Espírito, para que compartilhemos nossas trevas e possamos trazer tudo a luz. Quando nos isolamos e insistimos em não compartilhar as nossas trevas, estamos criando um filhote de uma víbora que futuramente nos picará. É incon

Sobre o silêncio

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Certa vez ouvi que certo santo ensinou que o silêncio pertence à eternidade, enquanto que o som, a palavra, foi criada no tempo. Que o silêncio, de certa forma, já existe; nada precisamos fazer para criá-lo, mas sim para rompê-lo. E romper o silêncio, pode ser algo muito cansativo e destrutivo. Conforme já disseram, duzentas árvores crescem devagar e em silêncio, e se tornam lindas e esplendorosas; mas basta apenas uma árvore derrubada, e todo o silêncio de duzentos anos é rompido e destruído. Falta um pouco de silêncio em nossa vida. As muitas palavras parecem querer justificar os nossos atos, fazer calar a nossa consciência, ou ao menos abafá-la. Cansamo-nos do mistério, e queremos investigar tudo à luz da nossa palavra. Não achamos explicação, inventamos a nossa; discordamos uns dos outros, logo, temos mais rompimentos. Se respeitássemos alguns mistérios, talvez estivéssemos mais unidos. Para se auto-examinar, é preciso silêncio e ouvir a voz de Deus dentro de si, por meio da consci

Reflexões Cristológicas (3)

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Comentamos em nosso bate papo anterior que a teologia dita cristã irá se desenvolver principalmente em solo gentílico, e não judaico, e, conforme sabemos, as categorias principalmente gregas de pensamento, de certa forma, influenciavam a forma de pensamento de então. E é nesse momento histórico que nos parece que passa a existir uma necessidade de se entender os aspectos teológicos conceituais a respeito de Deus em seus mínimos detalhes. Isto porque, em meu entender, diferentemente da religiosidade judaica, os conceitos teológicos gregos se dão através do raciocínio. Pensemos o seguinte: Os hebreus não faziam teologia conceitual propriamente dita. Não que não haja teologia no Antigo Testamento. Ela existe, mas não em uma mesma dimensão que no pensamento grego. Para o israelita, Deus é principalmente “experiência”, é “evento”, é “acontecimento”. O “pensar” teológico não vem pela via meramente racional, abstrata, mas sim pela inter relação de Deus com o seu povo em sua história, em seu c

O Verdadeiro Sentido do Natal

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Regis Augusto Domingues “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Evangelho de S. Mateus 1:23 A proximidade do natal é acompanhada de grande euforia. Luzes, piscas, enfeites, árvores, Papai Noel, tudo nos envolvendo num clima de festa, compras, troca de presentes. Muitas vezes o natal é encarado como mais uma comemoração do calendário, outras vezes como o momento de manifestar um espírito solidário, um ato de caridade, uma demonstração de afeto. Sem dúvida essas coisas têm o seu valor e são até importantes numa época tão conturbada quanto a que vivemos. Sem dúvidas são brisas nesse deserto árido. Mas quando nos deparamos com os evangelhos, que retratam a vida de Jesus Cristo, não é possível ficar passível diante do fato que constitui o verdadeiro significado do natal. O verdadeiro sentido do natal ofusca todas as festas, luzes, enfeites, caridades, pois ele anuncia o mais maravilhoso ato de amor: D

Indicação Bibliográfica: Seikokai - A história da primeira construção religiosa de japoneses no Brasil

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Olá, pessoal. Vocês sabiam que o primeiro templo religioso construído por japoneses no Brasil não era, nem budista, xintoísta, ou de outra tradição religiosa oriental, mas sim anglicana, e que se deu na cidade de Registro? É verdade, gente. Também fiquei supreso!!! Pelo menos, é o que nos conta a minha amiga, Carmen Kawano. A Carmen é postulante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, pessoa muito competente (a menina é Engenheira e Teólogoa, é mole?) e de muito respeito na Diocese Anglicana de São Paulo. Fica aqui então, registrada esta indicação bibliográfica acerca desta curiosidade da história, tanto brasileira, quanto japonesa por estas bandas. Leia mais em: http://www.seikokai.com.br/

Reflexões cristológicas (2)

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Oi, amigos. A paz do Senhor. Vamos agora continuar o nosso bate papo sobre a pessoa de Jesus Cristo e a cristologia durante a história do cristianismo. Pretendo chegar pelo menos até Calcedônia (431 d.C.). Muito bem. O que temos de documentalmente mais antigo e confiável a respeito do que os seguidores de Jesus pensaram a respeito do mestre está contido naquela lista de documentos conhecidos como Novo Testamento. É difícil precisar exatamente a data exata de todas as epístolas e evangelhos, mas me parece ser um consenso razoável entre os estudiosos de que, realmente, os citados documentos são os mais antigos dentre os que falam acerca deste tema, qual seja, a pessoa de Jesus, sendo que, possivelmente, as epístolas paulinas são mais antigas que a maior parte dos evangelhos, somente para ficarmos em um exemplo. Mesmo a literatura gnóstica, com seus evangelhos e tratados, só surgem em um momento posterior, sendo talvez, o mais antigo, o Evangelho segundo Tomé. E são nestes documentos, os