Ação e Contemplação


Quando ação e contemplação habitam juntas, enchendo toda a nossa vida por sermos movido em tudo pelo Espírito de Deus, então somos espiritualmente maduros (Thomas Merton).


Dizem alguns colegas que a ação tomou conta do cristianismo ocidental, deixando-se de lado a contemplação.

Talvez isso seja verdade mesmo, talvez, até mesmo mais verdade no protestantismo que no catolicismo romano.

Isto porque, nós, ocidentais, somos muito ativistas. Estamos sempre fazendo muitas e muitas coisas. Mal paramos para descansar, quanto mais para contemplar (quando paramos, é para ver televisão).

E, para aqueles que labutam mais ativamente no ministério, o dia do Senhor então, é uma correria só.

Mesmo a nossa liturgia, o nosso culto público, muitas vezes é bastante agitada. Mal paramos para contemplar.

Na verdade, em muito, retiramos os elementos contemplativos de nossa espiritualidade. Não há mais quadros, não há mais pinturas, são poucos os gestos liturgicos. Não é a toa que o neopentecostalismo tenta resgatar, ou fazer uma releitura dos símbolos, bem como redefinir novas expressões corporais.

E a própria natureza, nos centros urbanos, raramente pode ser contemplada, ficando difícil seguir as orientações do Mestre para que olhássemos para aos lírios dos campos...

Por isso, penso, a ação sem contemplação é uma canseira só... Será possível resgatar a contemplação e o silêncio em nossas comunidades, em nossa liturgia, mas principalmente, em nossa devoção pessoal?

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