Festa nos céus
Porque será que há festa nos céus quando um pecador se arrepende (isto, para aqueles que acreditam em anjos)?
Podem ser vários os motivos; mas um deles, certamente, é porque é muito difícil um pecador se arrepender sinceramente dos seus pecados (esta, vale inclusive, para os que não acreditam em anjos).
Fico pensando em minha conversão, e, o quanto eu era rápido em reformar a minha vida à luz da Palavra de Deus. A exercer a auto-reflexão, e, converter-me, buscando-me amoldar "Àquele que me chamou das trevas à sua maravilhosa luz".
Com o passar do tempo, curiosamente, vamos ficando mais complacentes com nossas próprias mazelas, deixando para depois aquilo que devemos emendar e corrigir hoje. E, certamente, são estas coisas verdadeiras causas de tropeços para o nosso progresso na fé e em nossa própria vida.
Mas, o que quero refletir realmente é esta dificuldade de nos arrependermos. Arrependimento não tem a ver com gritaria, lamúrias, emocionalismo, nem ficar mecanicamente cantando o "Kyrie" no início das missas ou cumprir liturgicamente o momento de contrição em nosso cultos, etc; mas sim uma profunda auto-análise sobre nós mesmos, e uma radical decisão de mudarmos de atitude, de mudarmos de mente, de nos convertermos. É uma atitude violenta, pois envolve um negar-se a si mesmo todos os dias de nossas vidas, a tirar costumes arraigados, alguns dos quais nos acompanham durante anos; e, arrancarmos de nós algumas ilusões que povoam nosso imaginário, talvez durante décadas. É, conforme nas palavras do nosso Senhor, o Reino de Deus tomado à força, pela violência. Talvez por isso, o caminho seja estreito e difícil, sendo poucos os que passam por ele... Envolve, inclusive, muitas vezes, desagradarmos pessoas do nosso círculo social, de nossa família, que não entenderão muito o que está acontecendo...
Por isso, talvez por causa de todas estas dificuldades, o arrependimento seja mesmo um milagre de Deus, o maior dos milagres; muito maior do que curar paralíticos, do que fazer cegos enxergarem. Pois tais milagres geralmente dizem respeito a somente um indivíduo, o beneficiário do milagre. Mas o arrependimento pode curar o mundo. Pode curar uma nação. Uma pessoa arrependida e transformada trará muitos benefícios a todo o seu círculo social. O que é que pode acabar com as guerras e lutas que existem em nosso mundo? O arrependimento que tranforme o ódio em amor, a fúria em perdão. O que é que pode curar toda a miséria do mundo? A conversão da ganância e avareza em disposição para a partilha. O mundo será curado quando deixarmos de dar ouvidos ao nosso egoísmo, e darmos lugar ao amor, ao Totalmente Outro, que está para além do ser, mas ao mesmo tempo, no ser, em nós. Conta-se a história de pessoas avarentas que, quando se converteram, deram todos os seus bens aos pobres, e transformaram para sempre o mundo. Zaqueu, quando viu o Senhor, deu metade dos seus bens aos pobres, e restituia quatro vezes mais àquele que porventura defraudasse economicamente. Bastou isso para Jesus dizer que a salvação havia chegado àquela casa, e que aquele também era um filho de Abrãao (Lc 19,9).
É por isso que, quando alguém se arrepende verdadeiramente, há júbilo nos céus, pois coisa difícil é se arrepender de todos os nossos pecados. Arrepender-se também é um dom de Deus, é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento. Você já provocou alguma festa nos céus?
Podem ser vários os motivos; mas um deles, certamente, é porque é muito difícil um pecador se arrepender sinceramente dos seus pecados (esta, vale inclusive, para os que não acreditam em anjos).
Fico pensando em minha conversão, e, o quanto eu era rápido em reformar a minha vida à luz da Palavra de Deus. A exercer a auto-reflexão, e, converter-me, buscando-me amoldar "Àquele que me chamou das trevas à sua maravilhosa luz".
Com o passar do tempo, curiosamente, vamos ficando mais complacentes com nossas próprias mazelas, deixando para depois aquilo que devemos emendar e corrigir hoje. E, certamente, são estas coisas verdadeiras causas de tropeços para o nosso progresso na fé e em nossa própria vida.
Mas, o que quero refletir realmente é esta dificuldade de nos arrependermos. Arrependimento não tem a ver com gritaria, lamúrias, emocionalismo, nem ficar mecanicamente cantando o "Kyrie" no início das missas ou cumprir liturgicamente o momento de contrição em nosso cultos, etc; mas sim uma profunda auto-análise sobre nós mesmos, e uma radical decisão de mudarmos de atitude, de mudarmos de mente, de nos convertermos. É uma atitude violenta, pois envolve um negar-se a si mesmo todos os dias de nossas vidas, a tirar costumes arraigados, alguns dos quais nos acompanham durante anos; e, arrancarmos de nós algumas ilusões que povoam nosso imaginário, talvez durante décadas. É, conforme nas palavras do nosso Senhor, o Reino de Deus tomado à força, pela violência. Talvez por isso, o caminho seja estreito e difícil, sendo poucos os que passam por ele... Envolve, inclusive, muitas vezes, desagradarmos pessoas do nosso círculo social, de nossa família, que não entenderão muito o que está acontecendo...
Por isso, talvez por causa de todas estas dificuldades, o arrependimento seja mesmo um milagre de Deus, o maior dos milagres; muito maior do que curar paralíticos, do que fazer cegos enxergarem. Pois tais milagres geralmente dizem respeito a somente um indivíduo, o beneficiário do milagre. Mas o arrependimento pode curar o mundo. Pode curar uma nação. Uma pessoa arrependida e transformada trará muitos benefícios a todo o seu círculo social. O que é que pode acabar com as guerras e lutas que existem em nosso mundo? O arrependimento que tranforme o ódio em amor, a fúria em perdão. O que é que pode curar toda a miséria do mundo? A conversão da ganância e avareza em disposição para a partilha. O mundo será curado quando deixarmos de dar ouvidos ao nosso egoísmo, e darmos lugar ao amor, ao Totalmente Outro, que está para além do ser, mas ao mesmo tempo, no ser, em nós. Conta-se a história de pessoas avarentas que, quando se converteram, deram todos os seus bens aos pobres, e transformaram para sempre o mundo. Zaqueu, quando viu o Senhor, deu metade dos seus bens aos pobres, e restituia quatro vezes mais àquele que porventura defraudasse economicamente. Bastou isso para Jesus dizer que a salvação havia chegado àquela casa, e que aquele também era um filho de Abrãao (Lc 19,9).
É por isso que, quando alguém se arrepende verdadeiramente, há júbilo nos céus, pois coisa difícil é se arrepender de todos os nossos pecados. Arrepender-se também é um dom de Deus, é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento. Você já provocou alguma festa nos céus?
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