A razão

Dois excessos: excluir a razão, não admitir outra coisa que não seja a razão (Blaise Pascal)


A fé cristã não é empiricamente demonstrável em boa parte dos seus principais fundamenos; entretanto, penso, nestes seus fundamentos são totalmente razoáveis. Obviamente, alguém só pode explicar empirica e de forma totalmente razoável algo que lhe seja menor; e, segundo as Escrituras, tudo neste universo é menor que o ser humano, e tudo no universo é passível da observação humana. Entretanto, Deus não faz parte do universo, pois caso assim o fosse, menor do que o universo seria, e, portanto, não seria Deus. Entretanto, segundo penso, é muito mais razoável crermos que há uma causa primeira para o Universo do que somente o acaso, ou causa nenhuma. Não demonstrar empiricamente uma realidade não significa que devamos nos entregar ao absurdo.

Se o ser humano é um animal em evolução, é totalmente razoável entendermos que o primeiro passo para deixarmos a condição de meros animais foi suplantar aquilo que a natureza nos impõe; e suplantar o que a natureza nos impôs, foi pensar em uma realidade abstrata que a superava, portanto, o ser humano nasce juntamente com o ser religioso. Ser humano é ser em algum sentido, religioso. Portanto, não excluímos a razão, mas esta nos deixará em uma realidade da qual, ou saltamos para a fé, ou para a incredulidade pura e simples. Não há outra alternativa.

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