A religião do amor
Outra forma totalmente diversa é a religião do amor, a qual por assim dizer expele o temor.
Por isso o anjo diz a Virgem Pura: Não temais, significando que a era do Logos seria uma nova era de amor e paz.
Ao povo aglomerado junto a si o Logos declara: Não temais.
Aos Santos maravilhados ao sopé do Tabor, diz: Não temais!
Ao caminhar sobre as águas, diz igualmente: Não temais!
As mulheres diz ainda: Não temais!
Diante dos apóstolos no cenáculo repete: Não temais!
Enfim as ovelhas todas do redil: Não temais diminuto rebanho!
Sete vezes diz: Não temais.
Portanto aqueles que apresentam o Cristianismo como uma religião vulgar ou um sistema temeroso são falsificadores. Estão mentindo.
Como desejam cobrar dízimos ou viver da venda de amuletos e fórmulas mágicas dizem: temais e vinde a nós para que vos socorramos!
Jesus porém lhos desmente a todos, aos cobradores de tachas espirituais e aos vendedores de bugigangas, e diz: Não temais!
Pois se amamos ao Pai e cumprimos a sua vontade amando e servindo aos irmãos o que haveremos de temer?
O Diabo?
Cristo rasgou o decreto de nossa proscrição e escarneceu das potestades malignas na ara da bendita cruz!
O mal?
Mas não lhe dizemos em oração todos os dias: Livra-nos do mal?
O inferno?
Acaso não despojou o inferno de seus habitantes e cambiou-os aos céus, segundo afirma o salmista?
Assim nada temos a temer pois a vitória de Cristo é nossa vitória: ao Diabo diz ele 'Retira-te para longe Satanaz."
A morte diz: "Onde esta oh morte tua vitória.", pois pisou com sua morte sendo um da Trindade Santa, bendito para sempre com o Pai e o Espírito de Toda graça.
Ao inferno diz: "Eis que em minhas mãos trago as chaves do abismo."
Então temer o que?
Do que Cristo não nos libertou?
Certamente alguns dirão: das doenças, da dor, da velhice, da ignorância e da morte...
Mas todos estes fenômenos procedem da natureza mesma e se lhos suportarmos em união com aquele que por nós padeceu, agonizou e morreu, haveremos de grangera merecimentos impereceiveis no Reino de sua glória.
Convem que agora tudo suporteis lembrando dos pecados da juventude, escreveu o beatíssimo Pedro.
"Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena."
Não é pois a doença, a dor, a velhice e a morte que devemos temer porque matando ao corpo não atingem a alma, mas o pecado que separa a alma de Deus, mata-a e lança-a juntamente com o corpo em meio as trevas.
Não é a Deus ou ao Diabo que Cristo manda temer mas ao pecado!
Completo em minha carne o que falta a paixão do Senhor, escreveu o beatíssimo Paulo.
Assim devemos suportar heroicamente tudo quanto não esta em nossas mãos evitar ou amenizar, e assumir a imagem do divino crucificado.
Devemos subir o calvário heroicamente carregando a cruz do dia a dia, pois o calvário é o caminho que conduz a ressurreição, e 'ao terceiro nos levantaremos e seremos tirados da sepultura.' e conduzidos aquele lugar abençoado onde não há doença, dor, velhice, ignorância ou morte...
O sofrimento físico ou moral não é algo para ser temido, mas algo para ser suportado em união com ele e por amor dele.
O pecado merece escrupuloso temor pois é capaz de nos converter em inimigos ou opositores de nosso Mestre e Pai.
Ao ódio devemos temer pois aquele que odeia assassino é e no assassino não há vida. Odiando já esta condenado e em si mesmo abriga o inferno como estado da alma...
O pecado que é o ódio trás em si as sementes da destruição que germinando na alma drenam suas forças e conduzem-na ao crime.
Aquele que ama ao Pai e aos irmãos, odeie ao ódio, ao mal e o pecado e seja este ódio salutar o seu maior tesouro.
Ao Pai não se deve temer, pois teme-lo seria ultraja-lo. Que Pai gostaria de ser comparado com um senhor ou patrão...
Deus não é senhor nem patrão dos seres humanos, mas verdadeiro pai no filho natural Jesus Cristo pelo qual recebemos a adoção e podemos clamar: paizinho!
Uma relação saudavel entre Pai e Filho comporta apenas amor e não temor...
Se amamos ao Pai, fazemos o que é do seu agrado e se fazemos o que é do seu agrado temos livre acesso a ele.
Se não amamos ao Pai, violamos seus mandamentos e nos apartamos dele; ele todavia permanece no amor e nos corrige por meio de punições medicinais de carater espiritual.
Nós podemos de deixar de amar e retardar nossa ascenção, deixando de amar nos prejudicamos e nos punimos a nós mesmos... O Pai porém aguarda o retorno do Filho com ansiedade, sempre olhando para a direção em que estamos, até perceber que mudamos de rumo e estamos dispostos a amar...
Aqui esta a liberdade dos Filhos de Deus: não em poder pecar ou em exercer pecado como afirmam alguns - pois o pecado fragmenta a natureza, se enraiza na alma e escraviza aqueles que lho comentem - mas em optar livremente por viver uma vida de santidade, uma vida de amor a Deus e aos semelhantes, uma vida alheia ao mal e ao pecado e em poder viver essa opção pela graça de Cristo que nos capacita.
Pois cremos numa graça verdadeira que nos capacita para o bem e o amor, que nos capacita a manter Jesus sempre vivo em nós, que nos capacita a compreender e a servir sempre.
Não cremos numa graça de enfeite, numa meia graça, numa redenção incompleta ou numa condição fragil, cremos numa graça que de fato opera, que opera visivelmente e que se manifesta em obras de luz!
Por isso odiando o pecado e possuindo a graça, nosso temor do pecado não se converte em pavor ou obcessão. É um temor limitado, sábio, sensato e que se conhece a si mesmo.
Não conhecemos pavor algum, pois Jesus nos tem já transportado da morte para a vida, do erro para a verdade, da escuridão para a claridade...
Os homens de fato criaram tribunais de fé, cidades santas, presbitérios, uniões ilicitas com o estado, etc com o objetivo de aterrorizar o povo e coagi-lo...
Como se o serviço de Cristo fosse compátivel com a coação.
Deste modo ele conseguiram destruir a liberdade, esfriar o amor e obscurecer a verdade. Inauguraram um novo Reino de hipocrisia e dissimulação e ousaram apresentar esse Reino do anti Cristo como o Reino de Cristo.
O estado jamais pode proteger a fé verdadeira que como água pura e cristalina brota do coração humano, apenas conseguiu impor fórmulas vazias e assim conduziu os homens ao ateismo e a incredulidade.
A coerção só prestou deserviços a causa do Senhor Cristo, pois produzido temores vãos expeliu o amor...
Ela logrou produzir uma Cristandade externa e formal que protestava acreditar no que de modo algum cria e que por isso só engendrou obras más, contrárias ao decalogo e opostas as bemaventuranças.
Cristianismo sem amor é Cristianismo sem Deus, sem Cristo e sem vida, uma monstruosidade abominavel! Pois o amor é a essencia mesma de nossa fé e o fundamento mais profundo e sólido de nossa espiritualidade...
Como escreveu o apóstolo sem o amor nada sou, sem o amor a Cristandade nada é...
Imaginais estar diante dos povos mais devotos da terra com suas catedrais, procissões, sermões, profetas, predicantes, afetação moral, etc mas estais diante de povos completamente irreligiosos e blasfemadores - se assumimos a posição do Evangelho - que odeiam em nome daquele que disse: amai-vos uns aos outros!
Assim aquele que apresenta o Deus de Jesus Cristo como um carrasco esse mesmo se auto-castiga perdendo o verdadeiro temor - do pecado - e vindo a ultrajar esse deus, e assim fica publicamente manifesto que não lho teme de modo algum e que é hipócrita...
Amemos pois aos irmãos e evitemos exercer qualquer tipo de julgamento pois Cristo conheçe que ama na verdade e que ama de boca, quem peca segundo a carne que é fraca e quem peca conforme o espírito matando-o... e quem odeia em seu nome. Ele tudo sabe, sabe quem é honesto e sincero em sua debilidade e quem é hipócrita e dissimulado.
Conhece o coração e as obras dos puritanos e dos debochados. Sabe o que cada qual pensa e no que crê... sabe o que cada qual faz entre as quatro paredes, quando cre estar só...
E sabe que alguns sabem que jamais estão sós e que vivem piedosamente embora o tribunal da opinião pública lhos acuse de pecado.
Cristo sabe quem vive pelo terror e quem vive pelo amor e por isso disse que os últimos seriam os primeiros e os primeiros os ultimos recebendo primeiro a prostituta, o samaritano e o publicano e regeitando o escriba e o doutor da lei.
Por isso o anjo diz a Virgem Pura: Não temais, significando que a era do Logos seria uma nova era de amor e paz.
Ao povo aglomerado junto a si o Logos declara: Não temais.
Aos Santos maravilhados ao sopé do Tabor, diz: Não temais!
Ao caminhar sobre as águas, diz igualmente: Não temais!
As mulheres diz ainda: Não temais!
Diante dos apóstolos no cenáculo repete: Não temais!
Enfim as ovelhas todas do redil: Não temais diminuto rebanho!
Sete vezes diz: Não temais.
Portanto aqueles que apresentam o Cristianismo como uma religião vulgar ou um sistema temeroso são falsificadores. Estão mentindo.
Como desejam cobrar dízimos ou viver da venda de amuletos e fórmulas mágicas dizem: temais e vinde a nós para que vos socorramos!
Jesus porém lhos desmente a todos, aos cobradores de tachas espirituais e aos vendedores de bugigangas, e diz: Não temais!
Pois se amamos ao Pai e cumprimos a sua vontade amando e servindo aos irmãos o que haveremos de temer?
O Diabo?
Cristo rasgou o decreto de nossa proscrição e escarneceu das potestades malignas na ara da bendita cruz!
O mal?
Mas não lhe dizemos em oração todos os dias: Livra-nos do mal?
O inferno?
Acaso não despojou o inferno de seus habitantes e cambiou-os aos céus, segundo afirma o salmista?
Assim nada temos a temer pois a vitória de Cristo é nossa vitória: ao Diabo diz ele 'Retira-te para longe Satanaz."
A morte diz: "Onde esta oh morte tua vitória.", pois pisou com sua morte sendo um da Trindade Santa, bendito para sempre com o Pai e o Espírito de Toda graça.
Ao inferno diz: "Eis que em minhas mãos trago as chaves do abismo."
Então temer o que?
Do que Cristo não nos libertou?
Certamente alguns dirão: das doenças, da dor, da velhice, da ignorância e da morte...
Mas todos estes fenômenos procedem da natureza mesma e se lhos suportarmos em união com aquele que por nós padeceu, agonizou e morreu, haveremos de grangera merecimentos impereceiveis no Reino de sua glória.
Convem que agora tudo suporteis lembrando dos pecados da juventude, escreveu o beatíssimo Pedro.
"Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena."
Não é pois a doença, a dor, a velhice e a morte que devemos temer porque matando ao corpo não atingem a alma, mas o pecado que separa a alma de Deus, mata-a e lança-a juntamente com o corpo em meio as trevas.
Não é a Deus ou ao Diabo que Cristo manda temer mas ao pecado!
Completo em minha carne o que falta a paixão do Senhor, escreveu o beatíssimo Paulo.
Assim devemos suportar heroicamente tudo quanto não esta em nossas mãos evitar ou amenizar, e assumir a imagem do divino crucificado.
Devemos subir o calvário heroicamente carregando a cruz do dia a dia, pois o calvário é o caminho que conduz a ressurreição, e 'ao terceiro nos levantaremos e seremos tirados da sepultura.' e conduzidos aquele lugar abençoado onde não há doença, dor, velhice, ignorância ou morte...
O sofrimento físico ou moral não é algo para ser temido, mas algo para ser suportado em união com ele e por amor dele.
O pecado merece escrupuloso temor pois é capaz de nos converter em inimigos ou opositores de nosso Mestre e Pai.
Ao ódio devemos temer pois aquele que odeia assassino é e no assassino não há vida. Odiando já esta condenado e em si mesmo abriga o inferno como estado da alma...
O pecado que é o ódio trás em si as sementes da destruição que germinando na alma drenam suas forças e conduzem-na ao crime.
Aquele que ama ao Pai e aos irmãos, odeie ao ódio, ao mal e o pecado e seja este ódio salutar o seu maior tesouro.
Ao Pai não se deve temer, pois teme-lo seria ultraja-lo. Que Pai gostaria de ser comparado com um senhor ou patrão...
Deus não é senhor nem patrão dos seres humanos, mas verdadeiro pai no filho natural Jesus Cristo pelo qual recebemos a adoção e podemos clamar: paizinho!
Uma relação saudavel entre Pai e Filho comporta apenas amor e não temor...
Se amamos ao Pai, fazemos o que é do seu agrado e se fazemos o que é do seu agrado temos livre acesso a ele.
Se não amamos ao Pai, violamos seus mandamentos e nos apartamos dele; ele todavia permanece no amor e nos corrige por meio de punições medicinais de carater espiritual.
Nós podemos de deixar de amar e retardar nossa ascenção, deixando de amar nos prejudicamos e nos punimos a nós mesmos... O Pai porém aguarda o retorno do Filho com ansiedade, sempre olhando para a direção em que estamos, até perceber que mudamos de rumo e estamos dispostos a amar...
Aqui esta a liberdade dos Filhos de Deus: não em poder pecar ou em exercer pecado como afirmam alguns - pois o pecado fragmenta a natureza, se enraiza na alma e escraviza aqueles que lho comentem - mas em optar livremente por viver uma vida de santidade, uma vida de amor a Deus e aos semelhantes, uma vida alheia ao mal e ao pecado e em poder viver essa opção pela graça de Cristo que nos capacita.
Pois cremos numa graça verdadeira que nos capacita para o bem e o amor, que nos capacita a manter Jesus sempre vivo em nós, que nos capacita a compreender e a servir sempre.
Não cremos numa graça de enfeite, numa meia graça, numa redenção incompleta ou numa condição fragil, cremos numa graça que de fato opera, que opera visivelmente e que se manifesta em obras de luz!
Por isso odiando o pecado e possuindo a graça, nosso temor do pecado não se converte em pavor ou obcessão. É um temor limitado, sábio, sensato e que se conhece a si mesmo.
Não conhecemos pavor algum, pois Jesus nos tem já transportado da morte para a vida, do erro para a verdade, da escuridão para a claridade...
Os homens de fato criaram tribunais de fé, cidades santas, presbitérios, uniões ilicitas com o estado, etc com o objetivo de aterrorizar o povo e coagi-lo...
Como se o serviço de Cristo fosse compátivel com a coação.
Deste modo ele conseguiram destruir a liberdade, esfriar o amor e obscurecer a verdade. Inauguraram um novo Reino de hipocrisia e dissimulação e ousaram apresentar esse Reino do anti Cristo como o Reino de Cristo.
O estado jamais pode proteger a fé verdadeira que como água pura e cristalina brota do coração humano, apenas conseguiu impor fórmulas vazias e assim conduziu os homens ao ateismo e a incredulidade.
A coerção só prestou deserviços a causa do Senhor Cristo, pois produzido temores vãos expeliu o amor...
Ela logrou produzir uma Cristandade externa e formal que protestava acreditar no que de modo algum cria e que por isso só engendrou obras más, contrárias ao decalogo e opostas as bemaventuranças.
Cristianismo sem amor é Cristianismo sem Deus, sem Cristo e sem vida, uma monstruosidade abominavel! Pois o amor é a essencia mesma de nossa fé e o fundamento mais profundo e sólido de nossa espiritualidade...
Como escreveu o apóstolo sem o amor nada sou, sem o amor a Cristandade nada é...
Imaginais estar diante dos povos mais devotos da terra com suas catedrais, procissões, sermões, profetas, predicantes, afetação moral, etc mas estais diante de povos completamente irreligiosos e blasfemadores - se assumimos a posição do Evangelho - que odeiam em nome daquele que disse: amai-vos uns aos outros!
Assim aquele que apresenta o Deus de Jesus Cristo como um carrasco esse mesmo se auto-castiga perdendo o verdadeiro temor - do pecado - e vindo a ultrajar esse deus, e assim fica publicamente manifesto que não lho teme de modo algum e que é hipócrita...
Amemos pois aos irmãos e evitemos exercer qualquer tipo de julgamento pois Cristo conheçe que ama na verdade e que ama de boca, quem peca segundo a carne que é fraca e quem peca conforme o espírito matando-o... e quem odeia em seu nome. Ele tudo sabe, sabe quem é honesto e sincero em sua debilidade e quem é hipócrita e dissimulado.
Conhece o coração e as obras dos puritanos e dos debochados. Sabe o que cada qual pensa e no que crê... sabe o que cada qual faz entre as quatro paredes, quando cre estar só...
E sabe que alguns sabem que jamais estão sós e que vivem piedosamente embora o tribunal da opinião pública lhos acuse de pecado.
Cristo sabe quem vive pelo terror e quem vive pelo amor e por isso disse que os últimos seriam os primeiros e os primeiros os ultimos recebendo primeiro a prostituta, o samaritano e o publicano e regeitando o escriba e o doutor da lei.
Bendito Cristo que regeita o rico devoto porque não se compadece e acolhe ao mendigo porque padece!
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