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Mostrando postagens de maio, 2009

Pentecostes

" Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Rom 8.14) Algumas comunidades seguem o calendário litúrgico das Igrejas cristãs. Outros, não. Para as que seguem, hoje é dia de Pentecostes, que, resumidamente, comemora a efusão do Espírito Santo sobre os primeiros discípulos que fundaram a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. Pela leitura dos Atos dos Apóstolos (que alguns sugeriram que deveria se chamar os Atos do Espírito Santo), vemos a importante atuação da terceira pessoa da Santíssima Trindade na divulgação do evangelho e edificação das primeiras comunidades cristãs. O extraordinário crescimento das igrejas, desde aqueles tempos, deve-se, sem dúvida nenhuma à atuação do Espirito de Deus, o que, no mínimo, deveria levar algumas igrejas que têm perdido seus membros a um auto-questionamento, no sentido de se perguntarem se têm dado a devida atenção à atuação do Espírito de Cristo em seu meio. O Espírito de Cristo não está preocupado na manutenção do

Pentecostes

" Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Rom 8.14) Algumas comunidades seguem o calendário litúrgico das Igrejas cristãs. Outros, não. Para as que seguem, hoje é dia de Pentecostes, que, resumidamente, comemora a efusão do Espírito Santo sobre os primeiros discípulos que fundaram a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo. Pela leitura dos Atos dos Apóstolos (que alguns sugeriram que deveria se chamar os Atos do Espírito Santo), vemos a importante atuação da terceira pessoa da Santíssima Trindade na divulgação do evangelho e edificação das primeiras comunidades cristãs. O extraordinário crescimento das igrejas, desde aqueles tempos, deve-se, sem dúvida nenhuma à atuação do Espirito de Deus, o que, no mínimo, deveria levar algumas igrejas que têm perdido seus membros a um auto-questionamento, no sentido de se perguntarem se têm dado a devida atenção à atuação do Espírito de Cristo em seu meio. O Espírito de Cristo não está preocupado na manutenção do

O SOFRIMENTO E AS PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

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Por Regis Augusto Domingues Quando nos deparamos com a condição da existência humana invariavelmente nos perguntamos o porquê do sofrimento. O porquê de sermos assolados por tantos conflitos, desastres e problemas? Porque a humanidade tanto na perspectiva individual quanto numa perspectiva mais ampla e global passa por tanto sofrimento e dor? A mídia atualmente explora esse lado obscuro da existência: desastres naturais, pessoas mortas a esmo por seus semelhantes, pais ceifando a vida de seus filhos, filhos sem qualquer dor de consciência matando seus pais, guerras, terrorismo, famílias desfeitas, gente morrendo por fome, pessoas tentando sobreviver em condições totalmente indignas, pessoas em estado de profunda depressão, outros se refugiando em estados de aparente euforia. Alguns corações arruinados e amargurados, outros tantos destroçados e desesperançados, outros, ainda, buscando manter um pouco de esperança. Diante desse quadro trágico da vida humana alguns buscarão respostas outr

Sermão do monte (5)

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"Bem aventurados os pobres no espirito, porque deles é o Reino dos céus" (Mt 5.3) Ser humilde de espírito é repetir com Paulo as palavras: "miserável homem que sou, quem me livrará do corpo desta morte" (Rm 7.25)? É ser como aquele pecador que, batendo no peito, pedia misericórdia e perdão, e mal conseguia olhar para o céu". É reconhecer sua miserabilidade, quando destituído da presença de Deus. É reconhecer as próprias faltas, sem querer justificá-las. Adentrar a vida cristã requer reexame de valores. Conforme Cristo ensinou em outra parte, é como avaliar o conteúdo de um velho baú, tirando-se algumas coisas, mantendo-se outras. Para tal reexame, é preciso muita humildade. Tendemos a defender a todo custo e justificar da forma como podemos aquilo que somos. Temos uma dificuldade enorme para dobrar a nossa cerviz. Daí a humildade, ou pobreza, de, ou no espírito ser notadamente a primeira bem aventurança. Não se vai ao céu sem tal virtude, não se achega a Deus q

Pentecostes

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Práxis Social X Piedade Pessoal

Por Carlos Seino A consciência e a atividade social cristã não podem dispensar a piedade pessoal, sob pena de se tornar estéril, pragmática, secularizada, e perder o seu impulso vital que conduz a Deus. Conheço alguns teólogos “sociais” que parecem desprezar a piedade pessoal de algumas pessoas. Tratam a espiritualidade pessoal como se fosse um tipo de técnica de auto-ajuda, individualista, burguesa e alienada. Que a oração em nada contribui para aliviar a dor do mundo, nem a leitura individual das Escrituras, nem mesmo o cultivo das virtudes pessoais. Dizem que é a atividade consciente, no mundo, revolucionária, que irá transformá-lo. Vi, certa vez, um colega, que se diz adepto da teologia da libertação desprezar outro colega que disse se recusar a transar antes do casamento, além de não fumar, nem beber, além de separar um período por dia para leitura meditativa e oração. Tal teólogo “ralou” com o outro colega por ter tais “escrúpulos”, e não se envolver na causa proletária, ou revol

Jantar beneficiente

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Um Deus que não tolera o mal, mas que deseja sua aniquilação em nós.

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Como educador que sou tenho tido a ocasião de observar uma grande confusão no que tange a espiritualidade ou a vida cristã de nossos jovens. Refiro-me evidentemente aos Cristãos professos, que alegam exercer fé em Nosso Grande Deus e Salvador Jesus Cristo e não aos indiferentes pois não me compete tecer comentários sobre os que estão fora... Fora da instituição visivel ou da organização eclesial... pois podem estar - e de fato creio que estão - muito mais próximos de Jesus do que seus companheiros 'cristãos' na medida em que suas vontades são capacitadas pela graça de Cristo a amar aos semelhantes e a servi-los sem esperar qualquer recompensa, inclusive espiritual. Sobre tais cristãos, não professos, que vivem discretamente o Evangelho sem fazer estardalhaço e que por isso mesmo são conhecidos de Deus somente, não tenho o que dizer. Gosto de imaginar um Cristão nominal esforçando-se por converter um Cristão espiritual ao Cristianismo teórico e crendo estar salvando a alma do me

Ainda ele.

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Meditando no Sermão do Monte (4)- A proximidade de Deus

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Por Carlos Seino "Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos" (Mt 5.1) A teologia cristã acaba por ver Jesus como uma espécie de novo Moisés, novo libertador, alguém inclusive anunciado pelo grande profeta vétero-testamentário, logo, maior que ele próprio, inspirando-se principalmente no evangelho de Mateus. Este evangelista é o que em maior quantidade, cita profecias do Antigo Testamento, demonstrando que as tais estavam sendo cumpridas em Jesus Cristo. Além do que, referências como ao assassinato de infantes e fuga para o Egito, com posterior retorno, só se encontram neste evangelista. Há até aqueles que defendem que o evangelho de Mateus é uma espécie de roteiro de leituras que seria seguido conforme um calendário litúrgico, alternativo ao calendário judaico, cabendo a leitura do sermão do monte ao mesmo momento litúrgico que era reservado à leitura do salmo 119. Gosto de meditar na comparação entre o ministéri

Hospitalidade Eucarística

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Há algumas Igrejas, geralmente herdeiras da Reforma, que, durante a celebração eucarística, fazem questão de informar que todos os cristãos batizados, inclusive de outras denominações, são bem vindos à mesa do Senhor. Há algumas que, admitem inclusive a participação de visitantes católicos romanos, como é o caso dos anglicanos e luteranos. Isto é o que podemos chamar de hospitalidade eucarística; ou seja, a recepção por parte da Igreja celebrante, de fiéis pertencentes às outras Igrejas, permitindo que estes, caso sintam o desejo, participem plenamente da comunhão. Há alguns anos atrás, mais precisamente em dezembro de 1998, a Igreja Evangélica da Confissão Luterana do Brasil (IECLB), juntamente com a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) realizaram um seminário conjunto sobre o tema “Hospitalidade Eucarística” e chegaram a uma definição comum que entendemos ser relevante mencioná-la aqui: “Hospitalidade eucarística é a possibilidade de participar nas ceias celebradas por outra conf

O cristianismo de Toltoi (3)

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Por Carlos Seino http://blogdoseino.blogspot.com/ Continuo, nesta oportunidade, postando um pouco do que ensinou Tolstoi, em sua obra "O Reino de Deus está vem vós", editado no Brasil pela Editora Rosa dos Tempos. Vimos, na postagem anterior, que Tolstoi defende o princípio da não resistência ao mal com violência como sendo um preceito obrigatório para todos os cristãos. Segundo nosso autor, nenhum pensador ou teólogo o contradisse de forma condizente. Ele agrupou em seu livro cinco objeções ao seu pensamento, que citamos a seguir: 1ª objeção) A violência não está em contradição com a doutrina de Cristo. Tanto é que, o Antigo Testamento, e alguma passagens do Novo, como a expulsão dos mercadores do templo, por exemplo, apoiam, segundo os tais, a idéia de que Cristo não poderia ser contra a violência. Tolstoi considerou tão ridículo este argumento que nem se deu ao trabalho de refutá-lo, esta que é a verdade. 2ª) Por causa dos malfeitores, é preciso manter a f

O teólogo cristão

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Quem é o teólogo? Teólogo é aquele que discursa sobre Deus, conforme nos sugere a etimologia da palavra. Logos é discurso, é palavra, Theos é Deus. Por isso, teólogo, no mínimo, é alguém que crê desfrutar de alguma comunhão com Deus, que julga conhecer um pouco o “objeto” de seu discurso, e não somente aquele que conhece o discurso de outros sobre Deus. Neste sentido, qualquer cristão que tenha comunhão com Deus já é potencialmente um teólogo? Potencialmente, penso que sim; mas não necessariamente. Isto porque, não é impossível que alguém possua conhecimento de Deus, mas não tenha necessariamente um discurso articulado sobre Ele. No caso da teologia cristã, alguém que discurse sobre Deus, sobre Cristo, e o Espírito Santo; sobre a auto-revelação de Deus nas Sagradas Escrituras. Não é difícil alguém ter uma teologia ortodoxa, mas nenhuma comunhão com Deus. Alguns entendem aqui que está configurada a objetividade da teologia; qual seja, que esta não depende do estado espiritual daquele