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Mostrando postagens de setembro, 2009

A liberdade da simplicidade

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Acabo de ler mais grande livro do escritor Richard Foster. O renomado autor é, em minha opinião, um dos maiores mestres devocionais do protestantismo evangelical. Isto porque, sem nenhum preconceito, ele cita e trabalha com o pensamento de grandes mestres da vida e da espiritualidade cristã de todas as tendências e de todos os tempos. Cita com desenvoltura tanto cristãos ortodoxos do iníciio da Idade Média, quanto místicos latinos da igreja romana do período posterior, tendo também um grande conhecimento, obviamente, da própria espiritualidade evangélica de períodos posteriores. Nesta obra, Foster irá trabalhar a questão da simplicidade, tanto em sua fundamentação teórica, quanto na sua atividade prática. Defende a questão da simplicidade não somente como uma causa cristã, mas também algo que o planeta e nossa sociedade, principalmente Ocidental, precisa desesperadamente. Que a vida cristã deve ser caracterizada pela simplicidade em todos os seus aspectos, tanto interior, quanto exteri

O trono do julgamento de Cristo

"Os homens que foram mais heróicos por Deus foram os homens com maiores vidas devocionais". "Minha adoração que dou a Ele, meu tributo diário é mais do que o meu serviço, mais do que o meu dinheiro" "Nenhum homem é maior do que a sua vida de oração" "Meu Deus, veja todas as riquezas que estavam em Jesus Cristo, e eu venho ao trono do julgamento quase paupérrimo" (A. W. Tozer) "Se não conseguirmos viver como uma raça de pessoas diferentes nesta terra, não temos o direito de viver aqui".

Do sangue derramado pelos revoluções francesa e Russa...

A revolução francesa efetivamente fez correr rios ou mananciais de sangue. Possivelmente mais do que as inquisições romana e protestante juntas. Insisto porém no fato de que os Cristãos - como os McIntires da vida - que derramaram ou apoiaram o derramamento de sangue, violando o mandamento dado por seu Senhor, não teem moral alguma para tecer críticas, aos islâmicos ou comunistas porque estes não receberam do Senhor mandamento algum sobre a não violência. Os mandamentos de paz e misericórdia foram dados a igreja e aos que estão dentro e não aos infiéis e incrédulos. Estes - como afirma são Paulo - não serão julgados pela lei positiva ou revelada, mas pela lei inata da consciência e a lei inata não comporta o mandamento da não resistência. Não me sentiria nem um pouco chocado caso um Tolstoi ou um Gandhi denunciasse as violências praticadas pela Revolução russa, reproduzindo o mesmo discurso aplicado a revolução francesa pelos nobres do décimo nono século.... entretanto tais filipicas j

O ateísmo e violência.

Não penso que o fato de alguém, ou uma doutrina se declarar ateísta, ou materialista histórico, justifica a violência. Nem mesmo ameniza, ainda que comparada dos péssimos exemplos de cristãos nominais, ou não. Isto porque, no meu sentir, os que aderiram a esta forma de ação estiveram impregnados, de um modo ou de outro, ao menos de uma cultura cristã (pelo menos na Europa), no sentido de terem tido alguma informação dos mandamentos de Cristo. De modo que, ainda que toda, ou a maior parte da sociedade de seu tempo não tenha vivido o evangelho (e, em algum tempo, será que a maioria algum dia viveu?), ainda assim estes não têm desculpa, pois rejeitaram também o Senhor que os resgatou. Um outro aspecto que considero importante é o fato que, mesmo defensores de doutrinas materialistas, foram, em vários exemplos, pacifistas. Nem todo socialista era um bélico, ou acreditava na força das armas para transformar o mundo. O próprio Marx fora advertido que o seu sistema iria criar um modo de vida

Cristianismo e poder

É bastante difícil saber, ou entender, quando o cristianismo, de fato, passa a divinizar a ordem política existente; ser amigo do mundo, sacralizar a ordem, etc. Costumeiramente, ao que tudo indica, tal coisa deve ter se dado mesmo a partir de Constantino. De lá pra cá, todas as ditas "ortoxias" parecem ter ficado sempre ao lado do poder. A ortodoxia (seja qual for, seja protestante, católica, judaica ou islâmica) parece gostar do poder. Desde então, ao que parece, tem havido pelo menos duas concepções no que tange a relação dos cristãos com o mundo. Uma que sacraliza métodos de coerção para fazer valer sua forma de pensar, através do braço do Estado; e outra que abomina o braço do Estado para tal fim. Entre tais, há visões intermediárias. Sou da opinião que, quando a igreja utiliza da força para fazer valer seus dogmas, se coloca ao lado dos que crucificaram Cristo. Este, jamais se impôs pela força das armas; nem seus santos apóstolos. Portanto, quando cristãos m

O mandamento de Deus sendo ignorado

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"Não ajunteis para vós outros tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam". Se o fazes, é qeu teus olhos são maus, não se fixando unicamente em Deus. Em relação à maior parte dos mandamentos de Deus, ligados ao coração e à vida, os pagãos da África ou da América se elevam muito mais alto do que os chamados cristãos. Os cristãos os observam (com poucas exceções), mais ou menos como os pagãos. Por exemplo: a generalidade dos naturais da Inglaterra, comumente chamados cristãos são de sobriedade e temperança iguais aos vulgares pagãos das cercanias do cabo da Boa Esperança. Os cristãos holandeses ou franceses são tão humildes e castos como os índicos Choctaw ou Cherokee. Quando se compara o grosso das nações da Europa com o grosso das nações americanas, não é fácil dizer para que lado pende a superioridade. Afinal, os americanos levam escassa vantagem. Isto não se pode afirmar, todavia, ao mandamento em estudo (o de não ajuntar ri

Meditação: Andar na luz

"Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade" (I João 1.5) "Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se achega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras" (João 3.20) Andar nas trevas. É andar fora da luz de Deus. Trevas lembra os recônditos escuros de nosso ser. Local em que não se enxerga, não se vê, não se permite iluminar. Quem é a luz neste mundo? Jesus é a luz do mundo. Também os discípulos são a luz no mundo (Mateus 14). Portanto, os que andam nas trevas, evitam a Deus e evitam também os discípulos. Para que suas obras não sejam indagadas, arguidas. (Daí, cuidado com os isolamentos). Permitir que a luz divina possa brilhar é se permitir indagar, examinar, pela palavra de Deus. Pois o salmista disse que a Palavra de Deus era luz para os seus pés. É permitir-se também ser convencido do pecado, da justiça e do juízo. Permitir que a luz brilhe também é se permitir conhecer pelos

Andar na luz

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ANDAR NA LUZ "Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade" (I João 1.5) "Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se achega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras" (João 3.20) Andar nas trevas. É andar fora da luz de Deus. Trevas lembra os recônditos escuros de nosso ser. Local em que não se enxerga, não se vê, não se permite iluminar. Quem é a luz neste mundo? Jesus é a luz do mundo. Também os discípulos são a luz no mundo (Mateus 14). Portanto, os que andam nas trevas, evitam a Deus e evitam também os discípulos. Para que suas obras não sejam indagadas, arguidas. Permitir que a luz divina possa brilhar é se permitir indagar, examinar, pela palavra de Deus. Pois o salmista disse que a Palavra de Deus era luz para os seus pés. É permitir-se também ser convencido do pecado, da justiça e do juízo. Permitir que a luz brilhe também é se permitir conhecer pelos discípulos do Senhor.

Pelos frutos lhos conhecereis: EEUU - um fruto moralmente podre

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Um dialogo para ser fecundo e produtivo deve ser franco e por isso serei franco. Sou imensamente grato pela permissão que me foi generosamente concedida pelo amigo Seino para publicar neste Blog e sinto-me honrado por poder faze-lo. Penso que nenhum ortodoxo ou romanista teria coragem para tanto... Pois segundo alegam tenho um grave defeito criticar ou protestar demais. Não a doutrina divinamente revelada a qual me submeto como uma criança de três anos... ou como o velho carvoeiro. Uma de minhas vaidadezinhas é submeter por completo meu intelecto aos dogmas proclamados pela Santa Madre Igreja, creio como ela cre sob todos os aspectos e não desejo crer diversamente dela... Entretanto não lhe concedo mais, pois a par de Cristão sou um homem medianamente instruido. Quanto ao que esta para além dos dogmas não há acordo nem submissão... no terreno do que não foi revelado pelo divino Mestre fico com as luzes naturais de minha razão. Não creio pois na infalibilidade moral da igreja o

Amazing Grace

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Conta a história de um político inglês que lutou com as armas da fé e da legalidade contra a escravidão. William Wilberforce representa, de certa forma, esta forte herança evangelical que buscava a justiça social em todas as esferas. É um filme bastante inspirador. Neste filme, há a participação de uma importante figura para o protestantismo histórico, que foi o pastor John Milton, autor do hino "Amazing Grace". Vale a pena assitir.

O Crescimento da Igreja Ortodoxa

Ao ler o artigo escrito por meu amigo Dr Seino encontrei uma informação segundo a qual a ortodoxia vem crescendo já nos EEUU, já no Nordeste do Brasil e em certa medida na maior parte deste pais, inda que humildemente. Como cristão ortodoxo bem informado tenho conhecimento sobre tal expansão e ja fui interrogado sobre ela diversas vezes. Aproveitarei este espaço que me é gentilmente cedido e direi francamente o que penso a este respeito. Antes porém gostaria de salientar um aspecto muito pouco abordado sobre a dinâmica religiosa no mundo 'Cristão' ou ocidental. Como assitismos em nosso país a passagem do romanismo para o protestantismo, somos levados a crer que o mundo Ocidental esta á mudar de religião num ritmo bastante rápido, entretanto nada disto esta acontecendo pois em parte o mundo Ocidental permanece ou julga permanecer Cristão. É fato indubitavel que a forma ortodoxa e a forma tradicionalista do romanismo se expandem largamente nos EEUU as custas do protestantismo dec

A religião e o marxismo

Para mim, não é espantoso que boa parte da religião protestante, bem como da católica, e da própria ortodoxia, com muita razão, tinham se apoiado contra a esquerda histórica. Há motivos concretos para isso, e não somente a mera leitura de Marx, que até então, poucos tinham e poucos continuam tendo. A prática histórica da esquerda revolucionária parece ter sempre foi contrária a religião. A URSS, como paradigma da revolução socialista, perseguiu violentamente os fiéis ortodoxos, derrubou igrejas, matou pessoas; algo triste de se ver. Felizmente, não conseguiram destruir aquela religião. Também na China, Coréia do Norte e Cuba manifestações parecidas ocorreram. Não foram poucos os cristãos e membros de outra religião mortos por este sistema sistema. Assim também, em outros países que assumiram oficialmente a doutrina socialista, segundo eles mesmos, calcadas em Marx. Como poderia então, os cristãos serem pró-marxistas em uma situação destas? Muito difícil. E era isso que aparecia, e não
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O MANDAMENTO IGNORADO "Não ajunteis para vós outros tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam". Se o fazes, é que teus olhos são maus, não se fixando unicamente em Deus. Em relação à maior parte dos mandamentos de Deus, ligados ao coração e à vida, os pagãos da África ou da América se elevam muito mais alto do que os chamados cristãos. Os cristãos os observam (com poucas exceções), mais ou menos como os pagãos. Por exemplo: a generalidade dos naturais da Inglaterra, comumente chamados cristãos são de sobriedade e temperança iguais aos vulgares pagãos das cercanias do cabo da Boa Esperança. Os cristãos holandeses ou franceses são tão humildes e castos como os índicos Choctaw ou Cherokee. Quando se compara o grosso das nações da Europa com o grosso das nações americanas, não é fácil dizer para que lado pende a superioridade. Afinal, os americanos levam escassa vantagem. Isto não se pode afirmar, todavia, ao mandamento em estud

Contraponto II

Como registrei já diversas vezes não tenho absolutamente nada contra as humildes senhorinhas analfabetas que abraçam ao pentecostalismo e que, não tenho duvida, dentro de seus esquemas mentais limitados procuram servir a Deus da melhor maneira possivel, notabilizando-se por uma vida honesta e decente. Jamais culpei as pessoas por serem pentecostais e não creio que seriam capazes de serem outra coisa, mas de minha parte prefiriria que tais pessoas não tivessem religião alguma (estendo as mesmas criticas ao catolicismo popular e a ortodoxia folclorica). Jamais encarei com bons olhos a associação> miséria, ignorância e religião pois conheço muito bem os efeitos de tal associação no Oriente... Nem por isso negarei que em alguns casos ao menos, a adoção do pentecostalismo por tais pessoas tem redundado numa mudança positiva de carater. Mas como o amigo bem sabe não creio que uma simples mudança com relação a conduta pessoal seja a meta do Cristianismo se ela não altera por completo nossa

Que graça é essa?

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Que graça é esta? Que graça é esta que, quando merecemos a maior repreensão, a maior correção, a maior dura da parte de Deus, Ele nos vem como um bálsamo, um regozijo? Que graça é essa? Que graça é esta que, quando merecemos o seu castigo, a sua distância, ele se aproxima, como um amigo. Que graça é essa? Que quando aumenta a vergonha, batemos no peito, sequer temos coragem de olhar para a sua face, Ele está lá a nos justificar? Que graça é esta? Que, mesmo quando estamos como Pedro, o pescador, diante do Filho, e dizemos: aparta-te de nós, pois somos pecadores, Ele insiste em ficar conosco? Que graça é esta que, quando Ele tinha todos os direitos e prerrogativas para rejeitar todo o gênero humano, pois nos tornarmos terrivelmente perversos, Ele ainda nos envia seu Filho, e n'Ele reconcilia consigo o mundo? Que graça é esta? Graça do amor, do cuidado, da provisão, da correção, da paciência, do amor, da bondade, da santidade, da purificação dos pecados e das intenções, graça do Espí

Olhai para os lírios do campo

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"Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam..." (Mateus 6.29) Todo o espírito da mensagem do Sermão da Montanha nos leva a ensinar uma bendita confiança em Deus, e abrirmos mão de toda auto-justiça, de todo esforço por se fazer prevalecer a vontade, seja através da vingança, da reação, da contenda. Dar a outra face, caminhar mais uma milha, dar também a túnica, etc. Um verdadeiro convite a abrir mão de nossos direitos. Também no que tange à provisão diária de nossas necessidades. Assim como o lírio cresce naturalmente, sem trabalhar nem fiar, assim também, na vida humana, o impulso que deve nortear nossas ações são alicerçados na confiança, não na ansiedade; e o fruto de nosso trabalho, o pão de cada dia virá naturalmente. No mundo selavgem que vivemos somos o tempo todo desafiados a competir. A fazer marketing de nós mesmos. A puxar o tapete, discretamente, de nossos concorrentes. A lutar pelo nosso próprio espaço. E geralmente o cristão acaba aderin

Os lírios dos campos

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"Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam..." (Mateus 6.29) Todo o espírito da mensagem do Sermão da Montanha nos leva a ensinar uma bendita confiança em Deus, e abrirmos mão de toda auto-justiça, de todo esforço por se fazer prevalecer a nossa vontade, seja através da vingança, da reação, da contenda. Dar a outra face, caminhar mais uma milha, dar também a túnica, etc. Um verdadeiro convite a abrir mão de nossos direitos. Também no que tange à provisão diária de nossas necessidades o ensino do Senhor não é diferente. Assim como o lírio cresce naturalmente, sem trabalhar nem fiar, assim também o impulso que deve nortear nossas ações são alicerçados na confiança, não na ansiedade; e o fruto de nosso trabalho, o pão de cada dia virá naturalmente. No mundo selvagem que vivemos somos o tempo todo desafiados a competir. A fazer marketing de nós mesmos. A puxar o tapete, discretamente, de nossos concorrentes. A lutar pelo nosso próprio espaço. E geralment

Sobre o evangelho

Sempre achei bastante estranha aquela tendência presunçosa que muitas vezes temos de contabilizar quantas pessoas foram salvas, decididas, etc, em nossas cruzadas evangelísticas, utilizando justamente das técnicas que são criticadas pelo pregador da mensagem abaixo.

Contraponto

Lí, como alias sempre leio, o artigo do Dr Seino, sobre suas experiências pessoais em torno do pentecostalismo, um tanto diferentes (rsrsrs) das minhas... Afinal cada ser humano é um universo com suas peculiaridades, e especificidades, e singularidades. Folgo que com meu amigo as coisas tenham se sucedido de modo diverso de como se sucederam comigo. Pois minha convivência com a igreja em que nasci e fui criado - a C C B - nunca foi fácil, pelo contrário sempre foi problemática. Já descrevi em minha auto biografia como meu falecido pai, ensinou-me a ler e a contar com cerca de quatro anos de idade, de modo que aos cinco anos fui capaz de ler meu primeiro livro e desde então o ato de ler converteu-se numa constante para mim. Basta dizer que aos dez anos de idade lí "Crime e castigo" e aos onze "O Egipcio" de Watari. Infelizmente chegou o dia em que minhas leituras em matéria de profanidade chegaram aos ouvidos de um dos profetas ou anciãos e tive de sofrer uma reprim