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Mostrando postagens de outubro, 2013

Do cuidado com as más alianças

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A s Escrituras Sagradas nos dão algumas histórias muito interessantes em que podemos extrair tremendas lições para as nossas vidas. Uma destas histórias é a do rei Asa. Eu já fiz uma meditação acerca da vida dele que você pode ler clicando aqui . O rei Asa foi alguém que começou muito bem sua carreira. No início, ele foi muito fiel a Deus, fez grandes reformas em Judá, e até levou o seu povo a fazer aliança com Deus: "Entraram em aliança de buscar o Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma" (2 Cr 15.12). Ele também venceu muitas guerras e batalhas, e em todas eles, sempre confiou no Senhor, que lhe deu vitória (2 Cron 15.8). Entretanto, ele cometeu um erro estratégico. Sabemos pela história que o reino do norte (Israel) e o reino do sul (Judá) estavam separados desde o fim do reinado de Salomão. Asa reinava no sul, e Baasa, no norte. O norte mantinha aliança com o rei da Síria, mas Asa retirou os tesouros da casa do Senhor e do palácio real e os ofereceu

É o arminianismo antropocêntrico?

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O arminianismo ficou conhecido como o conceito teológico que não aceita o dogma calvinista de que Deus predestinou os eleitos para a salvação e deixou que todos os demais seguissem o seu curso natural para a perdição. Ou seja, os arminianos creem que é possível rejeitar a graça de Deus, que a eleição é um conceito mais corporativo que individual, e que o amor de Deus é para todos, e não somente para um grupo de eleitos. A acusação então que se faz contra a teologia arminiana é que ela é antropocêntrica, ou seja, centrada no homem, pois é este em última instância que "decidirá" se será salvo ou não. De fato, o arminianismo confere alguma participação humana no que concerne a salvação, daí, muitos o acusarem de semi-pelagianismo (acusação esta que discordamos, pois tal concepção indica que primeiro o homem tem que dar "um passo para Deus" para que este possa vir ao seu encontro, e Armínio nunca ensinou isso). Mas daí a dizer que o arminianismo é antropocêntrico, são

Vidas desperdiçadas: Nadabe e Abiú

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A s Escrituras Sagradas nos trazem exemplos de pessoas que desperdiçaram suas vidas, das quais podemos ter algo a aprender. Dois exemplos de pessoas assim foram os filhos de Arão, Nadabe e Abiú (Números 26.60). Arão era irmão de Moisés e Sumo Sacerdote de Israel. Seus dois filhos mencionados faziam parte neste que era o ministério de maior honra entre o povo de Deus. Para se ter uma ideia da importância que aqueles dois poderiam ter tido em Israel, basta lermos, por exemplo, Êxodo 24, em que Deus os convoca para uma importante reunião para selar a aliança com o seu povo: "Disse também Deus a Moisés: Sobe ao Senhor, tu, e Arão, e Nadabe e Abiú , e setenta dos anciãos de Israel e adorai de longe". Vejam que o nome dos dois são mencionados logo após os de Moisés e de Arão, e antes dos setenta anciãos, que representavam a totalidade do povo. Eles tinham um grande futuro pela frente como sucessores de seu pai e tio! Em outra ocasião, eles são instituídos pelo próprio Deus como sa

Sobre projeto de lei que proíbe a presença de homossexuais em cultos religiosos

Há um projeto que do Deputado Feliciano que pretende vetar a presença de pessoas homoafetivas em templos religiosos que vedam a prática da conduta homossexual. Uma das matérias a respeito deste assunto pode ser lida clicando-se aqui . Não sei o teor do projeto, mas, pela forma como está sendo colocada, não será bom, ao que parece, para a comunidade evangélica de modo geral. Será, em minha opinião, mais um desgaste à imagem dos evangélicos na sociedade. Uma religião não precisa, em minha opinião, de autorização legislativa do estado para poder fixar determinadas regras. Se uma determinada religião proíbe o casamento de seus clérigos, não precisa de autorização estatal para tanto. Se ela proíbe que mulheres tenham posição de liderança clerical, também não precisa. Se ela não casa divorciados, tampouco. Agora, uma lei que proíba a mera presença de alguém em um templo religioso por conta de sua conduta, creio, pode dar ares de segregacionismo, o que não é nada bom. Um projeto desse não pas

A fraca liderança de Arão

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A rão era da tribo de Levi, o primeiro sacerdote de Israel e irmão de Moisés. Ou seja, um grande personagem bíblico, e alguém de grandiosíssima importância para os judeus, cristãos, e todos quantos reverenciam as Sagradas Escrituras.  Entretanto, embora Arão tenha toda esta importância nas Escrituras Sagradas e na história do povo de Deus, ele cometeu alguns erros em sua caminhada, como líder sacerdotal que todos os que militam na liderança de alguma organização, eclesiástica ou não, deveriam se atentar. Uma primeira ocasião que podemos vislumbrar a "fraqueza de Arão" foi quando Moisés havia subido ao monte para receber a lei do Senhor. O povo viu que Moisés demorava para descer, e pressionou Arão a que construísse um bezerro fundido a ouro. Incrivelmente, este aparentemente não apresentou nenhuma resistência ao povo, de modo que fez o referido bezerro. Quando foi confrontado por Moisés, acabou por oferecer a mais esfarrapada desculpa descrita nas Sagradas Escri

A fraqueza de Arão

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A rão era da tribo de Levi, o primeiro sacerdote de Israel e irmão de Moisés. Ou seja, um grande personagem bíblico, e alguém de grandiosíssima importância para os judeus, cristãos, e todos quantos reverenciam as Sagradas Escrituras.  Entretanto, embora Arão tenha toda esta importância nas Escrituras Sagradas e na história do povo de Deus, ele cometeu alguns erros em sua caminhada, como líder sacerdotal que todos os que militam na liderança de alguma organização, eclesiástica ou não, deveriam se atentar. Uma primeira ocasião que podemos vislumbrar a "fraqueza de Arão" foi quando Moisés havia subido ao monte para receber a lei do Senhor. O povo viu que Moisés demorava para descer, e pressionou Arão a que construísse um bezerro fundido a ouro. Incrivelmente, este aparentemente não apresentou nenhuma resistência ao povo, de modo que fez o referido bezerro. Quando foi confrontado por Moisés, acabou por oferecer a mais esfarrapada desculpa descrita nas Sagradas Escrituras, em min

Confirma, Senhor, a obra de nossas mãos

"Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra de nossas mãos" (Salmo 90.17). Não existe maior alegria do que ter confirmada por Deus a obra de nossas mãos. Esta foi a oração do salmista, que antes disso, neste mesmo salmo, havia pedido a saciedade concedida por Deus desde a manhã (v. 14) e sabedoria para contar os dias (v. 12). Como poderemos saber se o Senhor tem confirmado as obras de nossas mãos? Parece uma resposta um pouco simples, mas acredito que é quando tudo começa a transcorrer de maneira boa, pacífica, agradável na presença d'Ele, ainda que com muitas dificuldades. Houve uma ocasião em que Paulo e Silas tentaram pregar, com muita boa vontade, em determinada região, mas foram impedidos pelo Espírito Santo (Atos 16.6-7). Entretanto, depois Paulo teve uma visão, de um homem macedônio que pedia para que eles fossem à Macedônia (Atos 16.10). As Escrituras nos dizem que Paulo e Silas concluíram (e não q

A verdadeira experiência com Deus

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Q uais são as verdadeiras características de alguém que teve uma experiência real de Deus? Meditando no texto de Isaías 6 , podemos ver algumas características de alguém que teve um encontro real com Deus. Primeiramente ele teve um vislumbre da soberania e da santidade de Deus. Ele disse que viu o Senhor "assentado em um alto e sublime trono" (v. 1) e que os anjos ao redor do trono clamavam uns para os outros dizendo "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos. Ou seja, Isaías recebeu uma real percepção de que o Senhor é o verdadeiro governante do Universo, e de que este mesmo Senhor é três vezes Santo (revelação da Trindade no Antigo Testamento). Tão Santo a ponto dos serafins, membros de uma superior ordem angelical, sentirem vergonha de estarem diante do trono, tendo em vista que cobriam os seus rostos e os seus pés. Assim também, hoje em dia, quem diz ter tido uma real experiência de Deus, deve ter esta percepção da soberania e da santidade de Deus, sendo-lhe um fi

Teologia da Espiritualidade: o tratamento das paixões III - A cobiça e a ira

A postagem anterior sobre este assunto pode ser lida aqui . Philarguria (cobiça, avareza). Diferente da gula e da luxúria, ela nasce “de fora para dentro”, no sentido que de não se trata de uma necessidade fisiológica do ser humano (comida e sexo). A cultura humana é geralmente baseada na cobiça, que gera o acúmulo e a avareza. Para Cassiano, a avareza está demonstrada quando surge no monge o desejo de multiplicar dinheiro. Logo, ele fica insatisfeito com a vida monástica, se torna bastante crítico, e quer arrumar uma desculpa para abandonar o mosteiro (será que podemos ver um paralelo aqui com a vida de alguns irmãos que desejam abandonar a igreja, o ministério, e começam a se tornarem críticos com tudo e com todos?).  São Bento ensinava que a propriedade privada era um vício . Resistir era uma luta mental, e o monge deveria se contentar com aquilo que o mosteiro oferece, sendo que o abade deveria providenciar o necessário para cada qual. Hoje, a cultura do consumo estimula a ideia de

A fé cheia de esperança de François X. N. Van Thuan

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fonte da foto: clique aqui . O bispo vietnamita François X. N. Van Thuan foi um exemplo de fé, de perseverança e esperança. Desde criança ele foi educado na fé católica por sua estimada mãe, que sempre lhe contou a história dos mártires da igreja, notadamente de pessoas de sua própria família que foram perseguidas pelo regime comunista. O sistema comunista do Vietnã perseguiu o cristianismo. Em 1975, Van Thuan, já consagrado como bispo, foi preso, ali permanecendo até 1988. O governo vietnamita acusava o Vaticano de ter nomeado o referido bispo para desestabilizar o comunismo da região.  Na prisão, o bispo Van Thuan ficou pelo menos nove anos sozinho. Sua cela era bastante úmida, e para respirar, ele precisava ficar com o rosto perto de um buraco, quase no chão. Sua cama tinha muitos fungos. Ele quase enlouqueceu. Tinha que ficar andando de um lado para o outro da cela para não ter muitos problemas físicos.  Em meio a tanto sofrimento, ele resolveu amar e ter