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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Governo e serviço

O evangelho inspira a aqueles que estão na posição de poder e autoridade a serem servos. Nada mais distante da prática brasileira, em que os políticos têm aumento de salários, verbas e outras coisas enquanto que toda a população precisa apertar os cintos. Coisa triste um país em que os poderosos não servem o povo, mas se servem do povo. E tal discussão, nada tem a ver com capitalismo, socialismo, esquerda ou direita. Tem a ver com caráter. Acredito que sistemas podem ser melhores ou piores em uma determinada sociedade. Mas o que realmente determina ou não o seu sucesso é o caráter das pessoas. No Brasil, desde o menor até o maior, desde o pequeno até o  grande, em todos os extratos sociais parece haver o germe da corrupção. Basta dar poder a alguém, e este se comportará exatamente como aqueles que ele criticava. Aumentará seu próprio salário e fará de tudo para promover o seu próprio futuro. Poucos são como aquele presidente latino americano que doa boa parte do seu próprio salário e c

As características de um verdadeiro adorador

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"Por volta da meia noite, Paulo e Silas cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros da prisão escutavam" (Atos 16.25). Não havia palco, nem cachê. Não havia mídia, nem tevê. O que havia eram dois homens em missão (o contexto era da segunda viagem missionária). Por isso, a primeira característica de um verdadeiro adorador é que ele sabe que está em missão para Deus . Não canta pra si próprio, nem para obter vantagens pessoais. Canta com a intenção de evangelizar, para a proclamação. Canta para a glória de Deus. Assim também nós, enquanto igreja, temos que ter a consciência de que alguém só é adorador de verdade se estiver em missão para com Deus, se estiver envolvido na grande obra de fazer discípulos de todas as nações. Cada cristão deve fazer do ganhar almas o grande objetivo de sua vida (Finney). Eles estão na prisão porque expulsaram um demônio adivinhador da vida de uma moça, e que acabava dando muito lucro aos seus senhores. Se você  notar bem, este espírito adivi

Islamismo tolerante

A mídia, como no programa Fantástico do domingo passado, está fazendo um esforço no sentido de se separar aquilo que é Islamismo dos atos terroristas que estão acometendo o mundo. O repórter do fantástico ontem até chegou a dizer dos terroristas: “Grupos estes que se dizem islâmicos...” fazendo uma apologia ao verdadeiro islamismo. De fato, a imensa maioria dos muçulmanos não são violentos. Imaginem se um bilhão e seiscentas milhões de  pessoas pegassem em armas e partissem para a guerr a... Entretanto, é preciso notar que estes grupos, Al Qaeda, Estado Islâmico, Boko Haram, Talibã, entre outros, representam um número muito grande de pessoas e instituições que utilizam da violência e da barbárie para impor o seu ponto de vista. Eu chego então a singela conclusão (que pode estar errada, diga-se de passagem, aberto estou à correções) que há alguma brecha nesta religião que permita que determinadas interpretações venham dar origem a grupos assim. Portanto, precisamos, a meu ver, incentiva

Calvinismo e intolerância

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Leia abaixo um trecho do Sermão "Graça Livre", de John Wesley, acerca da doutrina da Predestinação conforme defendida pelos calvinistas: "Assim como diretamente esta doutrina tende a destruir vários outros ramos da santidade. Tais como a humildade e o amor, - amor, eu quero dizer, de nossos inimigos, - dos maus e ingratos. Eu não estou dizendo que ninguém que a defende não tem humildade nem amor; (pois como é o poder de Deus, é sua misericórdia;), mas que ela naturalmente tende a inspirar, ou aumentar, uma impetuosidade ou impaciência de temperamento, que é totalmente contrária à humildade de Cristo ; como então especialmente aparece, quando são contrariados neste assunto. E isto naturalmente inspira desprezo ou indiferença em relação àqueles que supomos serem rejeitados de Deus. “Ó, mas,” você diz, “Eu não suponho que ninguém seja um reprovado.” Você quer dizer que você não suporia se pudesse evitar: Mas você não pode deixar de algumas vezes aplicar sua doutrina geral a

Eu sou Charlie Hebdo. Eu não sou Charlie Hebdo

Estes últimos dias houve uma onda de solidariedade para com o cartunista francês e sua equipe mortos em um atentado terrorista expressa com a famosa frase "Je suis Charlie Hebdo" (Eu sou Charles Hedbo). E de fato, caso se trate de defender a liberdade de expressão em todos os níveis, sou mui favorável a esta identificação. Sou favorável a uma liberdade de expressão praticamente irrestrita, com base na célebre frase do filósofo que disse: "Posso não concordar com nada do que v ocê diz, mas defenderei até a morte o teu direito de dize-la". Que sejam permitidas piadas, críticas, frases em relação a brancos, negros, japoneses, católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas, muçulmanos, indianos, capitalistas, socialistas, héteros, homossexuais, travestis, pastores, padres, rabinos, artistas, governadores, presidentes, reis, políticos, etc, etc, etc. Uma sociedade do tipo "dodói", uma ditadura do politicamente correto, inibe o poder crítico, a criatividade, e a

Um chamado para ação

Resumo de mensagem baseada em Tiago 2.14-17 – ministrado em 31 de dezembro de 2014, na Igreja Manaim em Guaianazes Tiago escreve para judeus da diáspora. Provavelmente, judeus cristãos. Esta é uma epístola eminentemente prática, que nos chama para a ação. Ao que indica, o público de Tiago possuía uma fé meramente teórica.  Podemos aprender pelo menos três coisas com base na mencionada passagem. Primeiramente, podemos entender que “palavras, por si só, não refletem necessariamente a realidade como ela é”. Provavelmente aquelas comunidade, receptora da carta de Tiago, era orgulhosa de sua condição judaica, ainda mais agora, fazendo parte ainda da nova aliança. Talvez eles gostassem de serem chamados de filhos de Abraão, Isaque e Jacó. Entretanto, pelo que podemos ler desta carta, tudo o que eles tinham era uma fé morta, uma ortodoxia sem vida. Daí não adianta palavras, autopromoção, ou coisa do tipo, pois palavras, por si só, não refletem a verdadeira realidade das coisas. O verdadeiro s

Prostituição espiritual

Um velho amigo, sacerdote que decidiu se tornar barman em Amsterdã, disse certa vez: “não quero ser chamado de ‘pastor’ porque já vi muitos chamados pastores que são prostitutos espirituais que vendem seu amor sob a condição de mudança. Se minha relação com as pessoas, como pastor, é uma pressão sutil para pararem de beber tanto, ou afastarem-se das drogas, serem menos promíscuos, cortarem o cabelo, irem ao tribunal, à igreja ou à prefeitura, ainda não estou realmente com elas, mas com minhas próprias preocupações, sistema de valores e expectativas e me tornei um prostituto degradando meus irmãos e irmãs, transformando-os em vítimas de minhas manipulações espirituais”. Muitos ministros reclamam que ninguém diz “muito obrigado” a eles, que as horas gastas com as pessoas não provocam nenhuma mudança nos outros, que depois e muitos anos de ensino, pregação, aconselhamento, organização e celebração, as pessoas ainda estão apáticas, a igreja ainda é autoritária e a sociedade corrupta. Mas s