tag:blogger.com,1999:blog-29212058672142847792024-03-17T13:03:07.049-03:00Vida CristãTeologia e Espiritualidade Cristã
CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.comBlogger1695125tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-23364757571661890662022-12-31T18:28:00.002-03:002022-12-31T18:29:45.689-03:00O que buscar para este ano novo e para todos os demais?<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Quando ocorre a virada de ano costumamos, como de praxe, fazer alguma avaliação do ano que se passou e traçar metas para o próximo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Não tem nada errado com isso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Também é costume, em muitas igrejas evangélicas, ter o chamado "culto da virada", em que se costuma dar graças ao ano que termina e rogar bençãos para o novo que se inicia.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">As mensagens costumam ser motivacionais (em um bom sentido) e esperançosas, e tudo isso serve de edificação.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Porém, há um caminho sobremodo excelente que quero propor.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">As Escrituras nos dizem que Deus predestinou a cada um de nós para sermos conforme a imagem e semelhança de Cristo (Romanos 8.29).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Assim sendo, o objetivo de Deus, o maior, ou talvez o único, seja nos transformar à imagem de Jesus.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Tudo em nossas vidas, pela soberania de Deus, contribui para isso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Entretanto, embora esse seja o objetivo de Deus, talvez poucas vezes nos lembremos que também deve ser o nosso objetivo. O de sermos imitadores de Deus e de Cristo. Tentar viver como ele viveu.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E como fazemos isso?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Quando nos preparamos para um teste físico, nos exercitamos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Se vamos prestar um concurso, estudamos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E assim sucessivamente.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Mas como se treina para se tornar à imagem e semelhança de Jesus?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Isso não é um ato nosso, exclusivo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">É um ato da graça de Deus.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">É o Espírito de Deus, em nós, que faz esse serviço.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Por nós mesmos, não temos essa capacidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Não vamos até Deus por nossos próprios esforços e capacidades.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Deus vem até nós.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Mas isso não significa que não devamos fazer nada.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E como fazemos isso?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Nos unindo a Ele pela fé.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Praticando a verdade em amor.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Negando-nos a nós mesmos muitas vezes.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Tendo uma vida de oração.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Participando de sua Igreja.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E realizando muitas, muitíssimas boas obras, cada vez mais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Se nos preparamos muitas vezes com tanto afinco para outras coisas menores, também devemos ter zelo por esta que é o maior objetivo de Deus em nós. Devemos ser cooperadores com Ele.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E não somente no próximo ano, mas para sempre.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGeHNzzNnbIMQJz1TK2xOPITGxgFoxm1AAynv0bFc8yosXFdyRg6__ZSVZmXFPPqgjcdWnOESXxR5L4NtWfLkvcPYWRp0vPWBr1frXqhVyBAQuNPYjwZpHxW4qxpX8AZXAzufzkmHj8Dkz4Vutkllw9jdbqO27e4rFtq-3jRWWFbq9fbqFoz57OyuH/s409/C:%5CDocuments%20and%20Settings%5CCarlos%5CMeus%20documentos%5CMinhas%20imagens%5C2007.diversas%20imagens%5Cjesus%20sozinho%20no%20deserto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="409" data-original-width="359" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGeHNzzNnbIMQJz1TK2xOPITGxgFoxm1AAynv0bFc8yosXFdyRg6__ZSVZmXFPPqgjcdWnOESXxR5L4NtWfLkvcPYWRp0vPWBr1frXqhVyBAQuNPYjwZpHxW4qxpX8AZXAzufzkmHj8Dkz4Vutkllw9jdbqO27e4rFtq-3jRWWFbq9fbqFoz57OyuH/w351-h400/C:%5CDocuments%20and%20Settings%5CCarlos%5CMeus%20documentos%5CMinhas%20imagens%5C2007.diversas%20imagens%5Cjesus%20sozinho%20no%20deserto.jpg" width="351" /></a></div><br /><p><br /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-40211962654277992402022-12-30T20:02:00.007-03:002022-12-30T20:04:58.823-03:00Atributos incomunicáveis e comunicáveis de Deus<p style="text-align: center;"> "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados" (Efésios 5.1)</p><p style="text-align: justify;">Geralmente, na teologia, se costuma dividir os atributos (características) de Deus de dois modos: atributos incomunicáveis e comunicáveis.</p><p style="text-align: justify;">Os atributos incomunicáveis seriam, por exemplo, sua onisciência, onipresença, soberania, entre outras características que só pertencem a Ele, não se comunicando às suas criaturas.</p><p style="text-align: justify;">Comunicáveis seriam, por exemplo, sabedoria, amor, santidade, alegria, entre muitas outras. Todas estas, comunicáveis às suas criaturas.</p><p style="text-align: justify;">A lição prática que tiramos disso é que, se formos imitar a Deus, conforme mandamento apostólico, isso deve ser feito em relação aos seus atributos comunicáveis.</p><p style="text-align: justify;">Confessa a fé cristã que todas as coisas boas que temos em nós têm sua origem em Deus.</p><p style="text-align: justify;">Isso está em todas as suas criaturas, tendo em vista termos sido criados à sua imagem e semelhança.</p><p style="text-align: justify;">Entretanto, muito disso foi distorcido por conta da presença do mal no mundo e em nós.</p><p style="text-align: justify;">Alguns, pela sua própria consciência, se esforçam ao máximo para serem bons, porém, não conseguem escapar completamente de tendências ruins em si.</p><p style="text-align: justify;">Daí, para, por assim dizer, ativarmos de modo mais vívido, estes atributos em nós, precisamos da ajuda do próprio Deus,</p><p style="text-align: justify;">E é isso que Ele o faz ao nos enviar o seu Espírito Santo, que é o próprio Espírito de Deus em nós. </p><p style="text-align: justify;">Assim, combatendo as tendências da carne (que é o modo como as Escrituras chamam esta tendência para o mal), e nos abrindo para o Espírito, temos condições de nos tornarmos imitadores de Deus, porém, somente naqueles atributos que são chamados de comunicáveis.</p><p style="text-align: justify;">E imitar a Deus é todo o sentido da vida cristã.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGnr2L3cYsCQlTzc0zC_ZJ0gdWsTGEBiByhKzvHM4Sjqgr6wfOSm2I6vu7LYIUtHI0d8-i4l65Jh-VDOzrYjE_xLP4JBagU87h8o3yWIbrFyDbKDE42Ptot2XXbR22qOyzw5e0MhZCqr4x92ntcVBGHUX-WR6BeJrEAH42vGnKUT_OGO-f-YstT-QI/s259/leitura.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGnr2L3cYsCQlTzc0zC_ZJ0gdWsTGEBiByhKzvHM4Sjqgr6wfOSm2I6vu7LYIUtHI0d8-i4l65Jh-VDOzrYjE_xLP4JBagU87h8o3yWIbrFyDbKDE42Ptot2XXbR22qOyzw5e0MhZCqr4x92ntcVBGHUX-WR6BeJrEAH42vGnKUT_OGO-f-YstT-QI/w400-h300/leitura.jpg" width="400" /></a></div><p><br /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-73989252074692057252022-12-29T19:16:00.005-03:002022-12-30T20:15:03.346-03:00A redenção foi um ato de amor do Pai e não um evento para aplacar sua ira<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">As Escrituras dizem que Deus amou o mundo e deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna (João 3.16).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Outros autores do novo testamento também enfatizam que é o amor de Deus que está na base da redenção, como por exemplo, quando Paulo diz que "Deus <b><u>prova o seu amor para conosco</u> </b>pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Deus não tem prazer na morte de ninguém e quer que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Por isso, a meu ver, é equivocada a ideia de que a morte de Cristo foi de um tipo de propiciação para aplacar a ira de Deus.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Penso que não seja isso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Deus é amor, e tudo o que fez por nós foi baseado neste amor.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Mas as Escrituras não dizem que Deus também se ira?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">A meu ver, a ira de Deus, se volta contra o pecado, e não contra o pecador.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Obviamente, que o pecador impenitente irá sofrer as consequências da dureza de seu próprio coração, pois abriga o pecado em si. Caso se arrependa e creia, será imediatamente perdoado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O que Jesus fez na cruz então? Jesus carregou na cruz os nossos pecados (1 Pe 2.24), aniquilou, pelo sacrifício de si mesmo o pecado (Hb 9.26), e nos purifica com seu sangue (1 Jo 1.7). Os efeitos da nossa redenção não são algo que aconteceu em nossa vida no passado, mas acontecem sempre.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Uma vez lavados dos pecados, não há mais a ira de Deus sobre nós, pois estamos purificados e perdoados. Aquilo que atrairia sua ira foi removido. Se entendermos que Deus foi aplacado neste sentido, não incorremos em erro. Se entendermos que Deus foi aplacado pelo fato de alguém ter que ser punido em nosso lugar, penso que nãos seja esse o melhor ensino.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">A redenção é um ato de amor de Deus.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Não faz sentido que Deus fez um ato de amor para que Ele próprio, Deus, deixasse de ser irado com alguém. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Não.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Deus deu a solução do problema do pecado em nossas vidas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O Pai não puniu Jesus em nosso lugar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Isso é equivocado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">O Pai deu seu Filho para que morresse por nós, levando sobre si os nossos pecados, possibilitando a nossa reconciliação com Ele. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">E o sangue de Jesus foi mais poderoso do que o poder do pecado e do diabo, por isso nos libertou.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Portanto, repito, a base da redenção não é um Deus que precisa ser apaziguado, mas o próprio amor de Deus que possibilitou a nossa cura e o nosso perdão.</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQ0ww00bONXgLVFwkEeWR-Npd7yzrYOv5RI32h-FXo-8qtI9XR_ywYqPYVAjenYxsnvDMxGgStdfa_Yu06Kz_mAwazz8PfN55c4PbGBMYiZFpayYKahXhJjiTdZ__nbjbxYaeEMOy1Mi2XDSr4-DrrVhQZv7iHTfzeHp-CufePRiBelLXWwAb49VS/s197/cruz2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="185" data-original-width="197" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWQ0ww00bONXgLVFwkEeWR-Npd7yzrYOv5RI32h-FXo-8qtI9XR_ywYqPYVAjenYxsnvDMxGgStdfa_Yu06Kz_mAwazz8PfN55c4PbGBMYiZFpayYKahXhJjiTdZ__nbjbxYaeEMOy1Mi2XDSr4-DrrVhQZv7iHTfzeHp-CufePRiBelLXWwAb49VS/w400-h376/cruz2.jpg" width="400" /></a></div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-65979269586861187242022-12-28T22:24:00.004-03:002022-12-28T22:29:05.979-03:00O conhecimento de Deus<p>Deus só pode ser conhecido se Ele se revelar.</p><p>Isto porque, Deus é infinito e eterno, e o ser humano, finito e temporal.</p><p>Deus está para além de tudo aquilo que eu possa investigar.</p><p>Não posso colocá-lo em um laboratório, fazer análise dele.</p><p>Além disso, segundo as Escrituras, nossa percepção está meio estragada por conta do pecado.</p><p>Então, o único modo de Deus ser conhecido, é se Ele se revelar.</p><p>E como Ele faz isso.</p><p>Primeiramente, o faz pela própria natureza.</p><p>A observação do sol, da lua, das estrelas, das montanhas, dos mares, sempre suscitou na humanidade a sensação de algo muito poderoso, que pudesse ter criado todas estas coisas. </p><p>Desperta assombro, senso de gratidão, entre outros sentimentos. </p><p>E como parte desta natureza, temos o próprio ser humano, que é a imagem de Deus.</p><p>O ser humano, com seus atributos, também é um espelho da revelação divina.</p><p>Nada na natureza é tão complexo, tão assombroso como o ser humano e suas complexidades.</p><p>Além disso, há, em todo ajuntamento humano, uma ideia de lei, de moralidade, de certo ou errado, bem ou mal.</p><p>Há uma lei moral, com algumas diferenças entre os povos, mas a necessidade de uma moralidade, sempre esteve presente.</p><p>Porém, diante de tudo isso só se poderia chegar à conclusão de que há um poder maior, uma divindade, uma força que a tudo criou. Também é possível chegar a alguma ideia de certo ou errado, de boa ou má consciência.</p><p>Maiores detalhes acerca de Deus, precisariam de uma revelação especial.</p><p>Pela natureza, a aprendo que Deus é poderoso, criativo, entre outras coisas.</p><p>Mas havia maiores detalhes que a simples observação da natureza não seria suficiente para conhecer.</p><p>Precisavam ser revelados.</p><p>E foi isso que o próprio Deus proporcionou.</p><p>Para os judeus, e consequentemente, para os cristãos, tal revelação especial esteve sobre a vida incontáveis profetas, antes chamados de videntes. </p><p>Deus se revelava a eles, dando detalhes de sua personalidade, e sua vontade.</p><p>E o básico de tal revelação foi escrito, no que viria se tornar as Escrituras Sagradas.</p><p>Entretanto, a revelação mais importante, máxima, incomparável de Deus vem na pessoa de Cristo, para nós, os cristãos.</p><p>Quem vê Jesus, vê o pai.</p><p>Jesus é a máxima revelação para de Deus para torná-lO inteligível a cada um de nós. </p><p>Ele se submete à nossa esfera de existência, para comunicar Deus de um modo que possamos compreender.</p><p>Podemos perceber então que a revelação de Deus vai do todo (natureza, universo), para um povo, e depois para um indivíduo. </p><p>Vai ocorrendo uma concentração.</p><p>Tudo isso para que a humanidade venha a conhecer a Deus.</p><p>As Escrituras já não davam desculpa, pela revelação geral, ou natural, do homem ser ruim, pois por tal revelação, já era possível saber que havia um Deus criador, e uma lei moral.</p><p>Ainda mais agora, com a revelação especial vivida e propagada por Cristo, mais indesculpáveis ainda serão os homens por ignorarem tal conhecimento.</p><p>Portanto, como disse o profeta, conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3ogpu1CZt-x-9g0Q3VXzYQTRVZ9rcyeyk3puP-ktsazHbdiaJfV0Xn0RJcABJjEG7eaowT9xrGWxz5sLb6_WxMnvCQDzSrA6xVU4W0htjEBPhC-lk0PN6hO8Z1U1lysj_Npc4FDpEZfLP89BHRc3vRp8QF0l1Gy3mj2-wHYtJXI6T5qWWxZ2FJuhF/s960/cora%C3%A7%C3%A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="679" data-original-width="960" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3ogpu1CZt-x-9g0Q3VXzYQTRVZ9rcyeyk3puP-ktsazHbdiaJfV0Xn0RJcABJjEG7eaowT9xrGWxz5sLb6_WxMnvCQDzSrA6xVU4W0htjEBPhC-lk0PN6hO8Z1U1lysj_Npc4FDpEZfLP89BHRc3vRp8QF0l1Gy3mj2-wHYtJXI6T5qWWxZ2FJuhF/w640-h452/cora%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="640" /></a></div><br /><p><br /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-21207868728585951502020-11-18T08:49:00.001-03:002020-11-18T20:19:53.928-03:00Aprendendo a evangelizar com Jesus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiznK5jxwImlTyXCoGOi_u7imNdm7wD6t_Px6hVJUp_rbXUIzL097wZkOIrAFEZvrHnRC0-JW3f15SVUBSeLOPEK17mVKuVA4NZhaxl6zkzPbW0lkQmBWBrglNOV5MT8md_lpYrG4AzrTV9/s1600/mulhersamaritana2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="A mulher samaritana" border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiznK5jxwImlTyXCoGOi_u7imNdm7wD6t_Px6hVJUp_rbXUIzL097wZkOIrAFEZvrHnRC0-JW3f15SVUBSeLOPEK17mVKuVA4NZhaxl6zkzPbW0lkQmBWBrglNOV5MT8md_lpYrG4AzrTV9/s320/mulhersamaritana2.jpg" title="Aprendendo a evangelizar com Jesus" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;">A</span>s Escrituras Sagradas nos dão o privilégio de termos em nossas mãos uma narrativa em que Jesus nos ensina a evangelizarmos com o próprio Jesus. O Filho de Deus encarnado nos deixou princípios muito bonitos de como compartilhar, coração a coração, a sua Palavra, e faríamos bem em aprender. Todos os princípios aqui expostos estão embasados no <a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/4" target="_blank">Evangelho segundo São João, Cap. 4</a>. Cuida-se da conhecida narrativa entre Jesus e a mulher samaritana. Será uma postagem um pouco longa, mas creio que vale a pena meditarmos nela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jesus nos ensina, em primeiro lugar, a <b>termos uma postura humilde</b>. Ele se aproximou daquela mulher e lhe pediu água para beber (v. 7). Ora, era impensável que um homem, judeu, fizesse tal pedido a uma mulher samaritana. Nosso Senhor mostrou fragilidade, vulnerabilidade, humildade. Foi um modo de aproximação. Assim também nós, quando comunicamos o evangelho, não podemos nos achegar como seres superiores, arrogantes, colocando o outro em posição de inferioridade. Somos chamados para compartilhar o evangelho, e não para sermos colonizadores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em segundo lugar, percebemos que Jesus <b>rompeu barreiras</b> para estar com aquela mulher. Jesus rompeu a barreira de <b>gênero</b>, pois não era dado a um judeu ensinar pessoalmente uma mulher. Ele rompeu a barreira <b>religiosa</b>, pois havia séculos uma ruptura e concorrência entre judeus e samaritanos. Ele rompeu a barreira <b>racial</b>, pois o judeu considerava o samaritano como que de uma raça inferior. Assim também nós, se quisermos comunicar o evangelho, temos que romper estas e outras barreiras de igual tipo. Talvez romper também as próprias barreiras interiores que existam em nós, como o medo, a timidez, a preguiça, a insegurança, a fim de que possamos aprender a comunicar o evangelho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em terceiro lugar, vemos que Jesus <b>evita discussões inúteis e vai sempre direto ao assunto</b>. Primeiro, aquela mulher invoca uma discussão racial: "como tu, sendo judeu, pede água para mim que sou mulher samaritana?" (v. 9). Jesus foi direto ao ponto: "...se soubesse quem é o que te pede, tu lhe pediria e ele lhe daria água viva (v. 10). Jesus fala de vida com aquela mulher! Depois ela invoca uma discussão religiosa: "és tu maior que nosso pai Jacó?" (v. 12). Jesus não se deixa levar pela dispersão dela e volta ao que é importante: "quem beber da água que eu der nunca mais terá sede" (v. 14). Assim também nós, quando comunicamos o evangelho, temos que nos ater ao que é essencial, ao que é a verdadeira vida, àquilo e Àquele que pode salvar. A coisa mais difícil muitas vezes, é comunicar o evangelho ao lado de outro cristão, principalmente quando não é de nosso ministério, pois aí começam as discussões sem fim, e acabamos perdendo a alma que iria nos ouvir. Nos atentemos sempre ao que é essencial, e não nos percamos em discussões periféricas!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em quarto lugar, Jesus <b>exaltou a leve virtude moral que aquela mulher expressou</b>. Jesus pediu que ela chamasse o seu marido (v. 16) e ela disse que não tinha marido (v.17). E Jesus, apesar de saber que ela já tinha tido cinco maridos, e que o que ela estava agora sequer marido era não lhe aplica um sermão, e sim elogia o fato dela ter falado a verdade (v. 18)! Ou seja, Jesus é realmente aquele que não esmaga a cana quebrada nem apaga a brasa que fumega (Mateus 12.20). Ele percebe o pouco de dignidade que ainda há naquela mulher, e a exalta. Assim também não devemos sair por ai como policiais da moral, e sim procurar resgatar os seres humanos, atolados até o pescoço em seus embates cotidianos, e lhes restaurar a pouca dignidade que lhes resta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em quinto lugar, <b>há sempre o momento do confronto com a verdade</b>. Após toda esta aproximação que Jesus realizou em relação àquela mulher, chega o momento do confronto. Jesus disse a ela: "vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus" (v. 22). Talvez fosse tudo o que um samaritano não gostaria de ouvir. Mas não é possível negociar a verdade. Por maior que seja a nossa aproximação de alguém, chega um momento do confronto, e ele é duro. Podemos dizer a um budista: gostamos de Buda, e de muitas coisas que ele ensinou, mas "a salvação vem dos judeus", somente Cristo ressuscitou. Podemos dizer a um espírita: "gostamos das obras sociais que vocês realiza, e são pessoas muito bem intencionadas, mas a salvação vem por meio da fé em Cristo, e não pelos ensinamentos de kardec, e assim sucessivamente. O problema de muitos cristãos dito "progressistas" é que eles só fazem, muitas vezes, o caminho do amor, de ida ao próximo, mas se esquecem da verdade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em sexto lugar, verificamos que Jesus <b>viu potencial em alguém que o mundo geralmente despreza</b>. Para entendermos o evangelho de João, precisamos aprender a lê-lo não somente como uma cronologia, mas também nos paralelos que ele nos apresenta. Por exemplo, no capítulo anterior Jesus teve um diálogo com Nicodemus. Este era homem, judeu, fariseu, membro do sinédrio. No capítulo quatro, Jesus dialoga com uma mulher (cujo nome nem é dito), samaritana, e talvez vivendo em adultério ou prostituição. São pessoas completamente diferentes. Só que Nicodemus procurou Jesus a noite (João 3.2) e o encontro de Jesus com a mulher samaritana foi durante o dia (João 4.6). Nicodemus meio que se torna um discípulo secreto do Senhor (que terá a sua importância futuramente sim), mas aquela mulher se torna uma evangelista de mão cheia. Ela evangelizou toda a sua aldeia e os levou até Jesus (João 4.29-30). Assim também nós temos que procurar enxergar o potencial das pessoas, e não desprezar ninguém. Deus usa as coisas loucas do mundo para confundir as sábias. Aqueles que o mundo despreza poderão ser muito usados por Deus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E em sétimo lugar, vemos que <b>Jesus faz do compartilhar do evangelho a missão de sua vida</b>. Ele disse que a sua comida "consiste em fazer a vontade daquele que me enviou" (v. 34), e depois disse que "os campos estão brancos para a ceifa" (v. 35), ou seja, uma menção ao trabalho evangelístico. Assim também, se nós quisermos ser cooperadores do evangelho de Cristo, temos que fazer da proclamação de sua palavra e do apostolado a nossa paixão, o motivo de nossa própria existência. E Jesus disse que isso ainda dá recompensa, pois afirmou que "o ceifeiro desde já recebe a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e dessarte, se alegram, tanto o semeador quanto o ceifeiro" (João 4.36).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estes foram sete princípios práticos para aprendermos a evangelizar com Jesus, utilizados neste contexto analisado. Faremos bem se aprendermos a aplicá-los em nosso dia a dia.</div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-43735033170253153882020-11-02T19:57:00.000-03:002020-11-02T19:57:00.855-03:00Reflexões sobre a Reforma e Unidade<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Entendo que a Soteriologia (doutrina da salvação) do protestantismo, com a crítica anabatista e a correção armínio-wesleyana é o ponto alto da teologia evangélica. Penso que faz juz à grande obra do Redentor e à graça de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Compreender que o homem pelas obras possa fazer algo para ser salvo, ainda que seja um programa sacramental eclesial pode tornar vã a graça, porém, entender que Deus de antemão escolheu, por um absoluto decreto quem será salvo e quem será condenado faz dele autor do mal e do mau (para Wesley, pior que o diabo).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Entretanto, a eclesiologia protestante é o seu ponto mais fraco. Ao desprezar a eclesiologia patrística, a sucessão apostólica, os protestantes se condenaram a dividirem-se em milhares e milhares de grupos, sendo muitos antagônicos entre si, espalhando o individualismo em um primeiro momento, e talvez sendo autor indireto da onda de ceticismo que varreu o ocidente. Só para se ter uma ideia, presbiterianos e metodistas já se dividiram centenas de vezes entre si.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">O tempo todo damos uma demonstração pública deste antagonismo e nesse ponto a reforma falhou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">O anglicanismo poderia ter sido uma resposta eclesiológica bastante atraente, pois conservou a substância católica e o princípio protestante. Entretanto, o próprio anglicanismo parece ter sido duramente atingido pelo pensamento iluminista e está hoje mundialmente dividido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">O catolicismo romano não é mais uma opção para a grande maioria dos evangélicos, por conta de suas estranhas práticas e doutrinas para a mentalidade protestante. Mas é preciso reconhecer que a Igreja Católica se reformou em muitos pontos, ainda que com 400 anos de atraso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">A ortodoxia, a meu ver, poderia sim ser uma opção teológica para uma mentalidade evangélica pronta a aprender (sem doutrina do purgatório, papa infalível, mariologias exageradas, etc), porém, culturalmente estão muito distantes da mentalidade ocidental, e sua presença é muito pequena nestas terras, não parecendo haver muito interesse em uma significativa expansão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Portanto, para minimizar tal falha eclesiológica, penso que os protestantes deveriam priorizar o diálogo, uma espécie de ecumenismo dentro de suas próprias confissões (metodistas com metodistas, presbiterianos com presbiterianos, batistas com batistas, e assim sucessivamente, em busca de unidade). Tentar desenvolver uma mentalidade que evite novas e inumeráveis divisões. Em segundo lugar, desenvolver um diálogo fora de suas confissões, ainda que dentro do próprio protestantismo, o que é um grande desafio. E finalmente, os evangélicos precisam ensinar a seus fiéis que há verdadeiros cristãos também fora do mundo protestante popular, desenvolvendo um diálogo fora de seu mundo religioso cultural. No contexto atual, isso é ainda mais desafiador. Mas ressalto, isso só minimizaria. Não resolveria o problema.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9MjpgybTFDBBzlFPyt6knNskiuBqJSA7LbPER1bvfuFkhTT8uOAcqZIGx3p7Wm6TMosgcJ5mF27SpQcIYj8w_UqRI00iW660C3ch5MwIKc1_W8-rAIMK8Ik83SEXz54IOwEA2f_opDkA/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="933" data-original-width="1400" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9MjpgybTFDBBzlFPyt6knNskiuBqJSA7LbPER1bvfuFkhTT8uOAcqZIGx3p7Wm6TMosgcJ5mF27SpQcIYj8w_UqRI00iW660C3ch5MwIKc1_W8-rAIMK8Ik83SEXz54IOwEA2f_opDkA/w640-h426/image.png" width="640" /></a></div><br /><br /></span></div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-83061157631276580032020-10-24T11:50:00.004-03:002020-11-18T20:12:31.070-03:00As bem aventuranças<p> <span style="font-family: "Book Antiqua", serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">O evangelho de Mateus, a partir
do capítulo cinco, relata o que ficou amplamente conhecido como o Sermão do
Monte.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Este sermão começa com as
chamadas bem aventuranças, termo que traduz a palavra “makarios”, que significa
feliz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Essa felicidade não significa
necessariamente que a pessoa está sempre em estado de alegria emocional, mas sim o
modo como Deus declara tais pessoas que apresentam as qualidades ali
demonstradas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Tais qualidades devem ser
desejadas em sua inteireza, ou seja, todas. Quem for humilde de espírito, deve
procurar também ter fome e sede de justiça, quem for manso deve desejar a pureza de coração, e assim sucessivamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Somente com a ajuda de Deus
podemos alcançar tal padrão. Elas não nascem conosco. Uma pessoa pode até ser
um pouco mais mansa do que as demais, porém, isso não significa que
necessariamente será pura de coração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Para cada bem aventurança há
uma promessa para o futuro, porém, o cumprimento de alguma delas já se poderá
sentir no aqui e agora, como por exemplo, o consolo prometido aos que choram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Percebemos que na ótica
divina, ser feliz está mais ligado ao campo dos valores, do ser, da
transformação pessoal. Ter tais qualidades significa ser cada vez mais parecido
com Jesus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Book Antiqua",serif; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Portanto, cada um que se considera
discípulo deve perguntar a si próprio se tem tais qualidades. Nisso consiste o
evangelho. Na transformação humana à luz dos ensinamentos de Jesus. Esforce-se,
com a ajuda da graça de Deus, a obedecer aos ensinamentos de Jesus.</span></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-QyUzOEkLxJS-HmgDCptv4Yszyfc3nHicaNqCvsZ62cY8iejuYaVHEbgcctB452xHMnWquUweDEZn6ZwFwvwHf7kigXO6NTiJdPh9sdnlmil_2PHGjzEiAj1yt6-U76BlpMZhtb10xvQ/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="340" data-original-width="510" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-QyUzOEkLxJS-HmgDCptv4Yszyfc3nHicaNqCvsZ62cY8iejuYaVHEbgcctB452xHMnWquUweDEZn6ZwFwvwHf7kigXO6NTiJdPh9sdnlmil_2PHGjzEiAj1yt6-U76BlpMZhtb10xvQ/w640-h426/image.png" width="640" /></a></div><br /><p><br /></p><div></div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-10994124013790976402020-09-22T20:12:00.001-03:002020-09-23T20:00:49.893-03:00O Brasil é um país cristão?<p style="text-align: justify;">O Brasil não é um país cristão, nem na lei, nem na essência.</p><p style="text-align: justify;">Não é na lei, pois somos um país laico, conforme nossa constituição.</p><p style="text-align: justify;">Durante muito tempo, fomos oficialmente um país católico romano, entretanto, a minoria protestante (como todas as minorias religiosas) sempre ansiaram por um estado laico.</p><p style="text-align: justify;">Também não somos um país cristão na essência, pois se a santidade, justiça, amor e paz são os resultados da fé, ninguém precisa ser especialista em teologia para sabermos que estamos muito longe disso.</p><p style="text-align: justify;">No máximo, um país com uma cultura cristianizada, mas provavelmente em decadência.</p><p style="text-align: justify;">Quem diz que o Brasil é um país cristão ou coisa do tipo, está procurando votos, apelando para uma base eleitoral.</p><p style="text-align: justify;">Aliás, não existe isso de país, ou nação cristã.</p><p style="text-align: justify;">A igreja é uma comunidade voluntária de fiéis que se reúne em torno da Palavra, das orações, dos sacramentos. e isso jamais poderá ser estendido artificialmente por um poder estatal. Mesmo se o fizer, só será formalmente cristão, mas nunca essencialmente, pois isso pertence às coisas do espírito.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: center;"><img alt="Comunicação - As 13 Bandeiras do Brasil e sua importância histórica e cultural para o povo brasileiro - Governo do Estado de Rondônia" class="rg_i Q4LuWd" data-atf="true" data-deferred="1" data-iml="1058.614999998099" height="400" jsname="Q4LuWd" 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width="400" /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-5595293768807631702020-09-17T20:42:00.001-03:002020-09-17T20:42:15.443-03:00Simplicidade não é necessariamente pobreza<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UwbSXLPZkEBaznHsYgcrDjykSZkboUqs7rbILY3tYpjIAUOK1AtN-sDXhAcuyUg_OfZQou82h2JfjLii6w5c5-56tMNBN72A-XxiFNp7r0BGDY0GLDRDJfU9l53XpST5t987kDg4IlM/s1280/macdonald.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UwbSXLPZkEBaznHsYgcrDjykSZkboUqs7rbILY3tYpjIAUOK1AtN-sDXhAcuyUg_OfZQou82h2JfjLii6w5c5-56tMNBN72A-XxiFNp7r0BGDY0GLDRDJfU9l53XpST5t987kDg4IlM/w640-h360/macdonald.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>Não são poucos os que parecem se escandalizar com a proposta à simplicidade feita por muitos homens de Deus durante a história do cristianismo.<p></p><p>Entretanto, simplicidade não significa necessariamente pobreza material absoluta.</p><p>A pobreza, quando não é voluntariamente abraçada, é algo muito triste na vida das pessoas que acabam carecendo de recursos.</p><p>A simplicidade é algo voluntariamente assumido com o intuito de ter mais tempo e recursos para aquilo que realmente importa.</p><p>O pacto de Lausanne propôs que cada qual vivesse com simplicidade para ter mais recursos para doar para a ação social e para as missões evangelísticas.</p><p>Assim viveram Wesley, Stott, George Müller, William MacDonald, entre muitos outros, que abriram mão de uma vida de grande conforto e prosperidade material para se dedicarem e dedicarem mais recursos ao evangelho.</p><p>Quanto caberá a cada qual possuir ou renunciar, é algo que cada um terá que decidir diante de Deus, e ninguém deve impor um padrão a outrem.</p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-83177962498120204862020-09-11T19:59:00.004-03:002020-09-11T19:59:48.332-03:00O conceito de propiciação em John Stott <p> <span style="text-align: justify;">John Stott, ao comentar o
versículo 2 do Capítulo 2 da epístola de João, menciona que o termo “propiciação”
(do substantivo grego “hilasmos”) expressava no paganismo a ideia de oferta a
uma divindade irada, quase que o pagamento de um suborno.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim sendo, diante da grosseria
de tal ideia aplicada ao Deus das Escrituras Sagradas, muitos teólogos
abandonaram a ideia de “propiciação” com o intuito de apaziguar uma divindade,
e trocaram pela ideia de expiação, ou de purificação, no sentido de se livrar
da culpa. Seria que como um ritual de purificação, porém, sem ter a Deus como
objeto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entretanto, Stott ressalta que,
embora se possa dar valor a tal interpretação, e que, mesmo não havendo uma ideia
explícita de que Deus seja o objeto da propiciação, é muito clara no Novo
Testamento a ideia da ira de divina. Logo, no mínimo, há a necessidade que tal
ira seja afastada a fim de que haja perdão, e que efetivamente o foi pelo sacrifício
de Cristo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Logo, percebe-se que Stott não
descarta totalmente a ideia de que em algum sentido, Deus precisa ser
propiciado, e demonstra alguns motivos pelos quais não se pode confundir o
conceito cristão de propiciação com o pagão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em primeiro lugar, ele diz que a
ira de Deus não é <b>arbitrária ou caprichosa</b>. Ela se volta totalmente
contra o mal, e não pode ser subornada por presentes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em segundo lugar, <b>a iniciativa
da propiciação parte do próprio Deus</b>. Deus é a fonte e o objeto da
propiciação. Ele, pelo Filho, realiza pelo amor a propiciação. Em nada o Filho
foi relutante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em nota adicional ao seu
comentário, em que relata o minucioso estudo linguístico elaborado por Leon Morris,
Stott ressalta a necessidade de se manter um conceito tradicional de propiciação,
não significando algo com o sentido somente de purificação, mas sim de tornar o
outro, no caso Deus, propício.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Logo, teologicamente ressalta <b>a
necessidade da propiciação</b>, no sentido de que, sim, o pecado é removido,
mas sem deixar de considerar a ira divina que estava sobre o mal. “A necessidade
da expiação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>não se constitui somente da
ira de Deus isoladamente, nem do pecado do homem isoladamente, mas de ambos
juntos” (aqui, eu vejo a habilidade de Stott em sempre harmonizar ideias que muitas
vezes são colocadas em antagonismo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Além disso, ressalta que <b>a
natureza da expiação é o próprio Cristo</b>. “Ele próprio é a oferta
propiciatória e o sacerdote”.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Anteriormente Stott havia colocado a questão de “em que sentido” Jesus
seria a propiciação pelos nossos pecados, e admite que o versículo em si (1
João 2.2) não faz menção direta, mas que a epístola já apontara para ideia de
perdão (1.9) e purificação pelo sangue (1.7) que deriva diretamente da ideia de
sacrifício levítico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Enfim, <b>ressalta q</b><b>ue a origem
da expiação é o próprio Deus</b>, o que já apontava para o Antigo Testamento,
sendo o próprio Deus que havia proporcionado um meio para que a expiação se
realizasse (Lv 17.11), do mesmo modo que foi o Pai que deu o Filho, sem resistência
deste, mas de livre vontade também se entregou, não se tratando portanto de
alguém apaziguando uma divindade irada, mas do próprio Deus realizando os atos
necessários para tanto. “É um apaziguamento da ira de Deus pelo amor de Deus,
mediante da dádiva de Deus”. Cuida-se, portanto, da dádiva de si mesmo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">(maiores detalhes você pode ler
em <i>1, 2 e 3 João. Introdução e Comentário. Série Cultura Bíblica. Editora
Vida Nova</i>).<i><o:p></o:p></i></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img alt="A cruz de Jesus Cristo ou a sua cruz? – Biblia.com.br" class="rg_i Q4LuWd" data-atf="false" data-deferred="1" data-iml="938.2149999946705" height="428" jsname="Q4LuWd" src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxAQEBAQDxAQDw8PDw8QEA8PEA8PDw8PFREWFhURFRUYHSggGBomHRUVITEhJSkrLy4uFx8zODUsNygtLisBCgoKDg0OGhAQGy0dHh0tLS0tKystLSstLS0rLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLSstLSstLS0tLS0tLS0tLS0tK//AABEIALgBEwMBIgACEQEDEQH/xAAcAAACAgMBAQAAAAAAAAAAAAADBAAFAgYHAQj/xAA+EAACAgIABAMGAwYEBAcAAAABAgADBBEFEiExE0FRBgdhcZGhIjKBFCNSYpKxQnLC0RUzQ8EkRFNzoqPw/8QAGQEAAwEBAQAAAAAAAAAAAAAAAgMEAQAF/8QAKBEAAgMAAgICAQQCAwAAAAAAAAECAxESIQQxE0EiFDJhsZGhBUKB/9oADAMBAAIRAxEAPwDmIWe8sIomYSUCcBBZkEhhXCpVM03ACJDLXDrTDJVM5GqIBa4RaoylUMtMFyCUBdKYwlEYrpjCVQHMNQFUojCURqumMJRFOY1Vii0wi0R5MeFSmLcxirEVx4VcaWCUQy0wHYMVRWrizMY0tVpmXgQPkD+JFWMeQ48s/BkamZzN+MrBjzIUR/w574c7md8Yj4MG1EsvDg3rmqRzgVjUwFlMtHrgHqhqQtwKp6YM0yzaqDNcYpC3AQFE8GPHxTMvC1O5HcBD9kgnxxLUUmYPjzeZrgVD0Ra2iXLUQFtENSFuBSGmSPmkz2HyA4mrIIZRPFWGRI7RCRFWGRZlWkZrrgthpGKVwqVRiqqMJRFuQxQFlqhq6o4mNDpjxbmMVYtXTGEpj2Pi7jQxIqVg+NLK+uqNVVRtMWN04/wipWDo0srxSYRaJa+BMTVFOwaqRNKIdKI1TXGVpgOYSrwSSmGGPHUqhlrg8mdiRVnFmJxpaOknhTOTOxFOaZPBlmaJg1E3kdxK40wTVSyaqAdISkdxK564BqpZMggmrhqYDgVrUzA0yz8GeGsCFzA+MrBRMxjRqwgTDxIXI7ggfIBBWJHq0J8oSzG+Ezkbw0pXrmJxyR2lucInyjuPggKSYXyYCqdNOejqekk2G3CGz85IfyoD4GcvRYdEhFoh66TLXIgUTBEjNSzJaDDV1RbkMUQtKywx6dwGNTNi4ZhBpPZZhVTVyA4+AT5Sxo4PsblrTjKg6mS3IVe0ldjZaq4/QinDeWZPjgDcyszYq+VA1sZiQRSIZHErjdM1tmM7UPl9zyAFkgtgmjtUaQyuqePVGA2Y10MrCgwKmZhhM5CGgnLueiueK8OjiEmmLbaBGiBevUsPEGohkWTZNI6uUmxdxFLkhrHi1tsBSKuIBxBs4EHfkSvyMiPimxUpJDtmUBFmypW2ZECbjHxrEO0uEPN2lji4HmRKHELgg6M2zFtbkBIAEXZsRtf5BqcVQNz2xk7HUXyMoAEb0ZT5GeD0J1qBHWMeL2PZeciEa6g/aCszd9jNWzss77wK53Tv1lCp6Jn5KTNhfK6mSa0eIyQ/iA/UIrqCDG+QeUo8e+PpkSmSZNFoslAjNSgyrryI5TkCKkmOi0bBw/h/N5y3xk8KUXD+KAajuTnAjYIkU1JvGehXKCjqHM/iA8jKi3PO+8Rycjr3iTWxsKhNl/0i2/bZkuTKcWQqWwnBCvlZci8SDIlbWxjFamLcUhqm2WK3iFV4ilZjtNRiJYh0W2Hrsj1V8QWqM10mIm0OQ8tsyDwCIYZUieRjSM/FMzqtgzQTPBWRO5ANRY3Y/SK9TJ1jFJGp3LQc4owTH3KridRHaX9Y32nmVigjZ84cXnYCs7xmh5FpilhMvOKYKgnUqMgHWpfXNNdCbIteyvtbUCLtSX7ibtK4okky9w+JEdPKXVXEuYDba7TS0t5YzXmD11FzpTGQ8hxLvi+b1OjKG7MPnPL8rfnK/IyB5RtdeLBdlzk9PMvMMDjWsWHpFDZsx+i4KNR+YiblrGWGzJMgQeskwM10dIZLTCeGD2kFOppmMJXdDrdFPDMIqmY0EmPJkmFGWfWICZrAaQakx79oM88SARSYauswTdYZTGsfrAUrHKK/vFyYyKHsdBLXCxATvpqULAr5wqcRZRrcmshKXplULIx9mx2Y4B6Q2MglFi5zNobh7bLF7HvJZVy9NlCsT7RcOw30jFZlTgXEnqOpl7hV77iTTXF4G5rjoaqncMyAd41RofpCFFPUzlHoila9AVDflNd9tfaGrhtK32122I1gr1UFJDFWIJ5iND8P3E2xVX4zRPetZiW4GRjvlYy5ChXWl7qltL90HJvm6/KUV1qUkn2hLta1o0vM9869RTgk9OjW3a6/5VX/ALy/92/tk/FGyEuSuuyrkdFr5tNUeh3snZB11/mE4HNl93fH1wOIU32ErQeau8gFv3TjW9DqdHlbp/DPRs8Kv42oLsRDyZ8tb6Pp6lAomF+Qp2DPCVtRXrcMjqroynasrDYYHzBBERurKnrPKerothGMu2yu4ggbt3lRkYulJlzlWaMrci7vH1JobZJM13Op0JTWCbFnDps9B6noJr2Zm41f58ikH+EWKzD5gEkT0q30edYuzEH1gbrgJW5PtLirvTtZ/kQ/6tSnyvaVT+Stj8WYD7DcekIbNgbK30g2fc1R+O2nsEX9CT9zFn4pef8AqMP8ul/tD6A7Nw5YFrDuF4LcL6w479mHow7/AO/6yxbB6dpuo7i2Iradd5Iz+yTydp2MraciWWMwaa7XbH8bM1OaCjI2GrHBhjhfCJ4/EV116GP08VXXbcRLkURcX7PKuGk+ULZw0qNmP4GeN/A/aW9grcdSNAd5PO2UX2UwpjJdM1VadQgGo9lqN/h7QH7K58jD5CnFp4LhoZbZZY3CCV2em5l/wGzfQRbth9sYqp+8E/F2NamLYzd9GbHgcG5dFxLpKayNFR0+Eln5Si+uxyobWyNa4Rgg9W6a9ZdHwUXr1P8AaONw9COnT5RS7g++xkk7FN63g+ORWIWqXfVfLzl/hueXfnKmvE8EEsyqvqxCj6mBs9seG44bxM3H6dwlgtb+lNmLknN/itMslHj2bF4ujPBeZoGf72eGp/yzdf8A+3UVH/2FZQ5fvmXeqcIkeTW3BT/Sqn+8OPieRL1F/wBf2TO2pe2dlqu+M+dvfPRycYyGB/5qUWfL90q/6Ixne93iL78NMegHsVrZ2H6uSD9JqfFvaPLyrGtyLi9jItbMFRCUUkhfwgaH4j9Z6fheNbVLZZhHdZCS/ErbO+/Xr9ZhPSZ5PSJjrvsX7zMXF4fVRlG9rsctWq1IG5qt7Q7JA6A8uv5YfiPvopI1ThWOf4rrVr+yhv7zjckm/SVOTk17HK+aSSfo3viHvTzbPyV49Q8tK7sP1ZtfaUGX7XcQt/NlWL1/6eqtfqgBlHJGxqhH0gHZJ+2Hys2207ttstPrY7OfuYCegb6DqTLXE9mc63Xh4mQQezGpkX+ptCHqQKTf8lTJD5uI9LtXYAHQ6YB0flPmCVJG/hLXgfszfkMCytVT3NjLokeXID3369v7TtR2P0Uck6Ljew+OPzGx/wDMwUfYSzxvZzFq/wDL1n4uPEP/AMtweaCVbNW93SE23eaCtdj+Yt+E/QNN3spHmD8hM/HSsarRVA8lAA+0A+aWPkNwe29G9RWCzoNnXaSODGJ67HWSFyQPFnM1aGreDCT0LHkw9VdH6LpT1mN1vBaCTL+jN12ljTmFtbPSaulkcx8nWoqUENjY0bjiVFyNfpLuq5VHLob7HfQzW+C8RA6H9D6H1jV2bt++9+fTvIbK3J4ehXbGMdXs2WjKQD8Y7fSHp4mOp18pQ4ytZrZ2D0j9GMVI5wQB9zJJ1xXserJMps33scOQaVci5v5KgoB+POQftNezPfB1/c4fTyNtv+lV/wC85txmvkychB2W+5fo5ETnoR8KnPWnnS8u31uG+ZXvY4k4IT9np9ClRYj+tiPtKPM9tuJ2/nzbwPSt/BH0r1Nfkj40VR9RQmVs5e2FyMl7DzWO9jfxOxdvqYKSWeF7O5t+vBxMmwHzSmwr9dajG0vfQHbKySbrg+6zi9vfHWkfxXW1D7KSftL7C9y2QRvIzKa/hUj3fduWJl5VMfcl/Yaqm/SOWSTumD7nMBdG27Ju13AaupD8wFJ+82jhfu74PVrlwq3Prc1l32ckfaJ/X1fWsP8ATzXs+Y5J9X8Y4RgU4eQooxsekU2MzJTXWqgDfMeUfCfLPEcU022VH/A5UE+Y8j+o0Y6m5Wb0LlDiArXZA2Bsgbboo2e5+E6Dhe6q9iBbkIvqKkaz7nlnPJ9L+7Piq5nDsezYNta+Dd2LCyv8O2+JHK36wfJnOCTiMojCTyRrPC/c7hDTX2ZFg8xzJWv0C7+82jC93PCauqYaP8bS92/6yRNqOl+UwGYB8BIvknL2yrhFftRWrwbHpQ+HVXQqjf4FRNADv0HScf8Abj3iElsfCfYBKtkA9PT936/5vp6yz98nt5zhuHYrDW95ViEdR5UbH1b9B6icq4Tw2zJtFVY6nqWP5UXzY/CV0UL90hNt7/ai79ieBHKuNtqlqaiC29kWWdwvx9T+nrOq/snMByj8XoYpwSyvDoSiqsEIPzN3dj+Z2+JP07eUzPFHB2Dr4RkuUmDBwiu2ZZGGV8iPnKu9j2lhkcXdvzAGVd15Pp5woRl9gzlH6M/DGgT2g+ZAekUtZj5xZgY1Q/kU5l6uYNdx9pJr/WSb8SO+ZlF4U8FcsUpHrIuOCYWgYVnJ1hQhlovCyevlGquGDtv5wXNGqDKfHQ7G421BB1LSvhSgg72DH1we2gNa7kxbsQxVMQw8cgR6kddk7jqY+hynl23nuYDh9g7DY9R1iXNMaq2hvAzCh2JtfD+I+ICrgEHXSapjYjaJPTXrHquZRzA619ZJdCMvXsrqlJe/RpHtL7ts6/iGS2NUi49tpsSyy1FUlwGYa2W6MWHbymdP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style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;" title="A ideia de propiciação em John Stott" width="640" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte da imagem: biblia.com.br</span><br /></td></tr></tbody></table>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-3137942004802709662020-09-09T21:41:00.007-03:002020-09-11T11:16:05.462-03:00A impressionante biografia de William MacDonald<div class="separator"><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><br /></p></div><p style="text-align: justify;">Por esses dias resolvi ler novamente a obra "<a href="https://www.amazon.com.br/discipulado-verdadeiro-2%C2%AA-edi%C3%A7%C3%A3o-ampliada/dp/8573255749" target="_blank">O discipulado verdadeiro</a>" de William MacDonald.</p><p style="text-align: justify;">Na verdade, estou lendo este livro juntamente com um grupo de amigos que se reúne semanalmente para discutir acerca da obra de algum autor.</p><p style="text-align: justify;">É um livro sobre discipulado que eu sempre achei bastante radical, sendo que já havia tido contato com esta obra lá pela década de noventa.</p><p style="text-align: justify;">Porém, eu não sabia nada da biografia deste autor, então fui dar uma singela pesquisada.</p><p style="text-align: justify;">Fiquei impressionado com o pouco que vi.</p><p style="text-align: justify;">William MacDonald foi educado por uma família muito piedosa, sendo que aos cinco anos de idade, ele quase veio a óbito por uma grave doença. Quando sua mãe achava que iria perder o menino, um parente apareceu, recitando o Salmo 91, dizendo que Deus havia lhe revelado que o menino seria curado.</p><p style="text-align: justify;">MacDonald, ou "Bill" para os íntimos, se converteu aos 18 anos, segundo ele mesmo conta, embora sempre tivesse sido um moço respeitoso.</p><p style="text-align: justify;">Ele chegou a fazer mestrado em administração de empresas pela <i>Havard Businesse School </i>e foi analista de investimentos do<i> First Bank of Boston</i>.</p><p style="text-align: justify;">Ou seja, poderia ter tido uma vida brilhante e muito próspera do ponto de vista profissional.</p><p style="text-align: justify;">Entretanto, resolveu dedicar toda a sua vida ao aprendizado e estudo das Sagradas Escrituras.</p><p style="text-align: justify;">Lecionou e pregou por mais de 60 anos, tendo feito viagens a muitos países.</p><p style="text-align: justify;">Jamais se casou.</p><p style="text-align: justify;">Morou por cera de 35 anos em um mesmo apartamento, em que havia um único quarto.</p><p style="text-align: justify;">Vivia uma vida simples, com poucos bens, poucas roupas.</p><p style="text-align: justify;">Dizem que usou a mesma mala de viagem por 50 anos.</p><p style="text-align: justify;">Mal assistia televisão (a não ser para assistir noticiários), não ia ao teatro nem ao cinema.</p><p style="text-align: justify;">Retinha para si somente o necessário para o momento, e doava tudo para missões e implantação de igrejas.</p><p style="text-align: justify;">Foi um ardoroso defensor da igreja local.</p><p style="text-align: justify;">Embora tenha produzido cerca de 84 obras, não aceitava pagamento pelos seus livros.</p><p style="text-align: justify;">Essa obra "Discipulado Verdadeiro" chegou a ser traduzida para mais de 45 idiomas, com milhares de cópias vendidas/distribuídas.</p><p style="text-align: justify;">Embora tenha produzido tanto, parece não ter se tornado assim tão conhecido. Seus amigos relatam que ele fazia questão de manter uma vida discreta.</p><p style="text-align: justify;">Você pode conhecer muito mais detalhes sobre sua vida e obra em <a href="https://www.william-macdonald.org/">https://www.william-macdonald.org/</a> </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><img alt="William MacDonald (Author of Believer's Bible Commentary)" src="https://images.gr-assets.com/authors/1429906403p8/179032.jpg" /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-55443256756526619482020-09-09T20:58:00.007-03:002020-09-09T21:05:03.095-03:00Graça e comunhão no pensamento de Bonhoeffer<p style="text-align: left;"><span style="background-color: white; color: #757575; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;">A comunidade da Igreja confessante, fundada por Bonhoeffer sob a sombra do nazismo, o inspirou a escrever o livro "Vida em Comunhão" (Editora Sinodal).</span></p><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;">No trecho abaixo, o autor nos adverte da necessidade de dependermos graça do Senhor para formarmos uma comunidade, e não dos nossos próprios ideais do que seja uma verdadeira comunhão cristã:</div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;">“Numerosas vezes, toda uma comunhão cristã faliu porque vivia de um ideal. Justamente o cristão sério, aquele que pela primeira vez entra em contato com uma comunhão de vida cristã, muitas vezes trará consigo uma determinada imagem do tipo de vida em comum cristã e se empenhará em colocá-la em prática. No entanto, é a graça de Deus que logo levará tais sonhos ao fracasso. A grande decepção com os outros, com os cristãos em geral e, se correr tudo bem, também conosco mesmos, precisa nos vencer, tão certo como Deus que nos levar ao conhecimento da verdadeira comunhão cristã. Em sua imensa graça, Deus não permite que vivamos, nem por poucas semanas, em um sonho que nos entreguemos àquelas experiências embriagadoras e a essa euforia que nos assalta como um êxtase. Pois Deus não é o Deus das emoções, mas da verdade. Somente a comunhão que passa pela grande decepção, com seus maus e desagradáveis aspectos, começa a ser o que ela deve ser diante de Deus, começa a apossar-se na fé da promessa recebida. Quanto mais cedo a pessoa e a comunidade passarem por esta decepção, melhor será para ambas. Uma comunhão que não suporte e não sobreviva a uma tal decepção, que se agarre a seu ideal quando ele é para ser destruído, perde na mesma hora a promessa da comunhão duradoura, e desmanchará mais cedo ou mais tarde. Qualquer ideal humano, introduzido na comunhão cristã, impede a comunhão autentica e precisa ser destruído, para que a autêntica comunhão possa existir. A pessoa que mais ama mais seu sonho de uma comunhão cristã do que a própria comunhão cristã, destruirá qualquer comunhão cristã, mesmo que pessoalmente essa pessoa seja honesta, séria e abnegada”. (in Vida em Comunhão, p. 17, editora Sinodal).</div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;">Ou seja, a comunhão cristã é fruto da graça de Deus, e não a projeção de um ideal humano. É necessário sempre se lembrar disso ao buscarmos edificar uma comunidade cristã, a fim de que não sucumbamos a determinados métodos como fins em si mesmos, caso contrário, tal comunhão redundará em fracasso.</div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: white; color: #757575; font-family: georgia, utopia, "palatino linotype", palatino, serif; font-size: 16px; text-align: left;"><img alt="19 Insightful Dietrich Bonhoeffer Quotes" src="https://www.learnreligions.com/thmb/VtQz12ABG2N-hBSWAD3lbgcEMnY=/768x0/filters:no_upscale():max_bytes(150000):strip_icc()/DietrichBonhoeffer-50543756-28442ea53cf3402cbb12defdece4bf3a.jpg" title="Graça e comunhão no pensamento de Bonhoeffer" /></div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-31600666924516617972020-09-07T19:41:00.003-03:002020-09-09T19:58:14.738-03:00Receba bem as pessoas que forem à sua igreja<p><span face="" style="background-color: white; color: #444444; font-size: 18px;">Você poderá estar salvando uma vida se agir assim.</span></p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Lembro-me certa vez que uma moça foi na igreja que eu frequentei há muitos anos.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Essa moça foi em uma vigília, por indicação de alguém.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Chegando lá ela já foi muito bem recebida.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">No intervalo para o lanche, não deixamos que ela ficasse sozinha.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Perguntamos seu nome, sua história.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Ela começou a fazer parte do nosso grupo de amigos.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Tempos depois ela revelou que estava com intenção de se suicidar naquele dia.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E que dependendo do modo como fosse tratada ao entrar na nossa igreja, levaria seu plano adiante.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Se ninguém desse atenção para ela, iria se matar!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Mas graças a Deus, ela foi acolhida!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Porém, tomei conhecimento a pouco de uma outra história que não acabou bem.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Um amigo que faz trabalho social convidou dois moradores de rua para irem à sua igreja</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Um deles disse que queria por fim em sua vida.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Esse meu colega, com muita confiança, disse a ela que seria um tempo de muita alegria, e que Jesus poderia tirar essa vontade de seu coração.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Essa pessoa então mandou uma mensagem para meu colega dizendo que estaria em sua igreja, e que se daria mais uma chance.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">O convidado chegou ao local junto com o outro que também havia sido evangelizado, e o culto já tinha começado.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Os bancos da igreja eram estofados, lindos.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Mas o obreiro da igreja que os recepcionou não deixou que se sentassem nos bancos normais, mas lhes deu duas cadeira de plástico para que se sentassem nos fundos da igreja, pois eram moradores de rua, e não estavam limpos.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Passou pouco tempo, e aquele que disse que iria por fim à sua vida, não ficou no local.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Acabado o culto, meu colega tomou conhecimento de que seu convidado havia ido à reunião.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Foi procurá-lo.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Não encontrou.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Juntou um grupo de irmãos e foi atrás, tentar saber o que ocorreu.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Procura daqui, de lá, faz uma ligações…</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Fica sabendo que alguém foi até o viaduto perto do Beneficência Portuguesa (de onde alguns costumam se jogar).</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E de fato, alguém tinha se suicidado naquela noite.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Nem preciso dizer quem foi.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Por isso, recebam muito bem quem for à sua comunidade.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Pessoas que vão às igrejas estão atrás de esperança, de acolhimento, de algo que as faça mudar de ideia.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">É talvez o último reduto do abraço que tanto almejam.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Por isso, é importante que sejam bem recebidas.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: center;"><img alt="Mãos, Compaixão, Ajuda, Antigo, Cuidados, Apoio" src="https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/30/14/36/hands-699486_960_720.jpg" style="background-color: transparent; font-family: "Times New Roman"; text-align: left;" /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-64941891187417013002020-09-04T19:51:00.004-03:002020-09-05T18:57:15.832-03:00Por que algumas pessoas não param nas igrejas?<p><span face="" style="background-color: white; color: #444444; font-size: 18px;">Um pastor fica muito contente quando chega alguém na comunidade!</span></p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">É uma alegria no inicio!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Porém, não raras vezes, aquele que chegou, vai embora; e nem se despede.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Esse é um fenômeno muito comum nas igrejas.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">O que será que explica isso?</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Acredito que uma das explicações é que muitas pessoas vão para a igreja com uma certa mentalidade de consumidor.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Como assim?</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Eles querem um louvor, uma palavra, e atividades e serviços que os agradem.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Ora, mas o que há de errado nisso?</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Todos não querem isso?</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Sim, mas o problema é que, quando alguém tem essa mentalidade de consumo, ela não se sente parte do todo, e, ao menor desagrado, se vai da comunidade e parte para outra que satisfaça seus próprios anseios.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E não podemos nos esquecer que o culto não é para agradar aos homens, mas sim a Deus!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">São, o que o Pr. Ricardo Bitun chamou de <a href="https://www.editorareflexao.com.br/mochileiros-da-fe/p/165" rel="noopener" style="box-sizing: border-box; color: #13c4a5; margin-bottom: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.1s ease-in-out 0s, all 0.1s ease-in-out 0s;" target="_blank">Mochileiros da fé</a>.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">O fato é que, por mais importante que seja um louvor e uma palavra que nos agrade, com serviço de estacionamento, ar condicionado, um bom culto infantil para os pequeninos, tudo isso não é motivo suficiente para alguém querer ficar ou sair de uma comunidade.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Comunidade, segundo as Escrituras, é um organismo, em que cada pessoa é um membro.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E cada qual deve fazer a sua parte para a melhora do todo.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Se todas as vezes que algo nos desagradar, nos mudarmos, não iremos parar em lugar algum.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Um outro motivo para tal trânsito, é um certo perfeccionismo almejado por alguns.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Alguns vão a igreja e querem que tudo seja perfeito!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Querem uma excelente Palavra, uma grande plano de discipulado, uma escola bíblica de qualidade, grupos pequenos, trabalho engajado com jovens e crianças, e um belo programa de ação social.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E que tudo funcione direitinho! Não toleram erros!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Mas isso é muito difícil.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Em qualquer instituição, não é possível ter tudo o que se almeja, se a exigência for muito alta!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Estamos todos em constante construção!</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Mas o pior acaba sendo para quem se muda com muita facilidade.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Não experimenta crescimento, desenvolvimento do seu próprio ministério.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">É como uma planta arrancada de lugar a todo momento.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Não gera raiz.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Os antigos diziam que o ideal é você ficar no “lugar em que foi plantado”, no sentido de ficar onde conheceu o evangelho.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Claro que mudanças podem ocorrer, pelos mais diversos motivos, porém, não devem ser banais.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Às vezes, a visão da igreja muda no meio do caminho. Não é mais o que era antes. Ou pastores caem em heresia, se tornam exploradores. Nesse caso, talvez o melhor é mudar.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Não raras vezes, quem discorda é até convidado a sair.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">De qualquer modo, se não pararmos em igreja nenhuma, nunca haverá crescimento e maturidade.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">De certa forma, é bom sofrer certas coisas desagradáveis na comunidade em que frequentamos, pois isso irá nos ajudar a moldarmos também o nosso caráter.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E também nós, os pastores, temos um grau de responsabilidade nisso, ao tratarmos o público como consumidores de religião.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">Ou por não ouvirmos os seus mais profundos anseios, praticamente obrigando-os a se mudarem.</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">De qualquer modo, devemos pregar e buscar viver o evangelho fielmente, e deixar os resultados nas mãos do Senhor, sem querer sempre adaptá-lo para "agradar o freguês".</p><p style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 32.4px; margin: 0px 0px 1.1em; overflow-wrap: break-word; padding: 0px;">E você? Tem alguma opinião sobre o assunto? Deixe alguma sugestão nos comentários!</p><div><img height="427" src="https://memoriasdeumpastor.files.wordpress.com/2018/12/pexels-photo-1457691.jpeg?w=1400" width="640" /></div><div class="wpcnt" id="wordads-preview-parent" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: roboto, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 0; text-align: center;"><div class="wpa" style="box-sizing: border-box; display: inline-block; margin-bottom: 0px; max-width: 100%; position: relative; text-align: left; transform: translate3d(0px, 0px, 0px);"></div></div>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-27621678736269816572020-09-03T21:26:00.001-03:002020-09-03T21:26:22.251-03:00A missão da Igreja, no pensamento de John Stott<p><span style="font-size: 14pt; text-align: justify;">John Stott, participando de algumas conferências mundiais, relata em sua obra “<a href="https://www.amazon.com.br/Miss%C3%A3o-Crist%C3%A3-Mundo-Moderno/dp/8577790398#:~:text=A%20Miss%C3%A3o%20Crist%C3%A3%20no%20Mundo%20Moderno%20%C3%A9%20uma%20abordagem%20equilibrada,trabalho%20da%20igreja%20no%20mundo.&text=estimulante%20e%20esclarecedor.%E2%80%9D-,Alguns%20enfatizam%20que%20a%20miss%C3%A3o%20crist%C3%A3%20%C3%A9%20%E2%80%9Cproclama%C3%A7%C3%A3o,%E2%80%9D%20ou%20%E2%80%9Csalvar%20almas%E2%80%9D." target="_blank">Missão Cristã no mundo moderno</a>” que havia dois grupos que discordavam entre si.</span></p><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;">O primeiro, a quem denominou de “evangélicos”, entendia que <b>missão seria somente pregar o evangelho</b> e conseguir o maior número possível de convertidos. Não havia interesse em transformar o mundo, pois este era irremediavelmente mau. Alguma transformação, no máximo pelo exercício de alguma influência cristã na sociedade por parte dos convertidos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;">Já, o segundo grupo, a quem denominou de “ecumênicos”, entendia que <b>missão era justiça social</b>, trazer a paz de Deus sobre a terra. A ideia seria apoiar aquilo que Deus estivesse fazendo no mundo por intermédio de algum grupo de pessoas que nem precisava ser da igreja (e geralmente não é). Então, por exemplo, se alguém estivesse combatendo o racismo, era dever da igreja apoiar tal grupo. Entretanto, tal grupo não tinha mais nenhum interesse no evangelismo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;">Contra o primeiro grupo, Stott tece a crítica no sentido de que há uma visão muito limitada de Deus, e uma rejeição clara que do que ele define como “mandato cultural”, que é justamente a ideia de que o cristão deve atuar no mundo que Deus criou e se esforçar para que este seja administrado da melhor forma possível para o Criador, o que significa batalhar por estruturas justas, bem como na promoção de dignidade para todos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;">Contra o segundo, é justamente pelo fato deste ignorar o mandato de pregar o evangelho. Além do que, Stott considerava que essa ideia de trazer a <i>shalow </i>de Deus para o momento presente acabava por ignorar um pouco o aspecto escatológico desta noção de paz. Também considerava ingenuidade achar que todo e qualquer movimento revolucionário pudesse ser considerado como uma atividade de Deus no mundo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;">A resposta que Stott dá para tais questões é considerar que a Missão cristã envolve <b>tanto a pregação do evangelho, quanto a responsabilidade social</b>. E ambas são coisas independentes entre si, no sentido de que não devemos só ajudar quem for irmão na fé, e nem devemos ajudar alguém somente com a intenção de que se torne cristão. Essa responsabilidade vem justamente do exemplo de Jesus em ser um servo, que derramou sua graça e dom de serviço sem exigir nada em troca. Stott diz que geralmente os evangélicos dão maior ênfase ao que foi determinado na conhecida “grande comissão”, que era de pregar e ensinar, porém ressalta que “guardar todas as coisas que Jesus ensinou” envolve seus ensinamentos de amor e cuidado para com o próximo.<o:p></o:p></span><br /><span face="" style="font-size: 14pt; line-height: 19.9733px;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""><span style="font-size: 18.6667px;">Stott, nesta obra, não deixa de reconhecer que a ênfase da missão está sim na salvação eterna, e que esta é a sua função principal. Entretanto, realizar o trabalho amoroso de Deus no mundo também é responsabilidade dos discípulos do Senhor, sendo parte da missão, não nos cabendo negligenciar tal incumbência.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""><span style="font-size: 18.6667px;"><br /></span></span></div><img alt="The Mind of Christ on Missions- John Stott - OMF | UK" height="444" src="https://omf.org/uk/wp-content/uploads/2016/10/john-stott-2-1.jpg" title="A missão da Igreja, no pensamento de John Stott" width="640" />CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-9283023216161917032020-09-02T20:45:00.009-03:002020-09-04T19:03:56.682-03:00Por que devemos evitar que pastores sejam candidatos a cargos políticos?<p style="text-align: justify;">Periodicamente ocorrem eleições em nosso país.</p><p style="text-align: justify;">E não são poucos os pastores, ministros do evangelho, que se candidatam a algum cargo político.</p><p style="text-align: justify;">Seria tal prática recomendada para o povo de Deus?</p><p style="text-align: justify;">Pessoalmente, entendo que não e exponho aqui alguns motivos.</p><p style="text-align: justify;">Em primeiro lugar, correrá o risco de se <b>desviar de suas principal função</b>, que é anunciar o evangelho, discipular pessoas, aconselhar, disciplinar, apresentar cada qual <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/cl/1/28+?q=apresentar+perfeito+em+Cristo" target="_blank">perfeito em Cristo</a>. Corre o risco de haver<b> impureza de intenções</b>, e começar a tratar os membros como eleitores. A mais alta vocação que alguém pode almejar é a de ser um ministro da Palavra. A vocação política também é muito importante, mas comparada àquela, sai perdendo em grau de importância.</p><p style="text-align: justify;">Existe também a tentação de <b>fazer de sua igreja um curral eleitoral</b>. A igreja é como uma família, com pessoas das mais variadas tendências. Quando a liderança da igreja apresenta um determinado candidato, partido, estará <b>desrespeitando parte da congregação</b>, gerando tristes divisões e descontentamentos. Não seria isso, de certa forma, <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/2pe/2/3+?q=far%C3%A3o+neg%C3%B3cio+de+v%C3%B3s" target="_blank">fazer negócio do povo de Deus</a>? </p><p style="text-align: justify;">Todo estudante evangélico antigo de história sabe também que lhe foi contado um dia que o erro da Igreja Católica foi ter<b> se envolvido demasiadamente com o poder temporal</b>. Parece que sempre esquecemos antigas lições, e acabamos precisando contá-las novamente. Para que correr esse risco? Jesus e seus apóstolos usaram somente da persuação, do poder da Palavra, sem se valerem de nenhum tipo de poder institucional.<a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/18/36+?q=meu+reino+n%C3%A3o+%C3%A9+deste+mundo" target="_blank"> O Reino de Jesus não é deste mundo</a>. Igreja e Estado não precisam estar uma contra a outra, porém, devem caminhar separadas.</p><p style="text-align: justify;">Outro risco, é o terrível<b> mal testemunho que pode cair sobre a igreja</b>. Todos sabemos que o meio político tem severas complicações, e que não é difícil alguém se corromper a medida que cresce em poder. Jesus disse que os escândalos viriam, <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/18/7+?q=%C3%A9+necess%C3%A1rio+que+os+esc%C3%A2ndalos+venham" target="_blank">mas ai daqueles que os provocassem</a>. No meio político, não há graça; há sempre algo em troca de algo, favor em troca de favor.</p><p style="text-align: justify;">Enfim, não parece haver vantagens em se permitir que ministros do evangelho sejam candidatos, púlpitos funcionem como palanques, e igrejas, como currais eleitorais.</p><p style="text-align: justify;">Claro que cristãos podem se sentir vocacionados para a participação política, que também é uma função muito importante. Entretanto, deverá desenvolver sua carreira como qualquer outra pessoa, em meio à sociedade civil, sem utilizar o poder eclesial para seus propósitos, como fazem os cristãos nas mais variadas vocações. E se for pastor, o ideal talvez seja suspender por um tempo suas funções ministeriais, pelo menos no que se refere à administração eclesiástica e similares.</p><p style="text-align: justify;">Você saberia expor mais alguns motivos para que não se use a igreja para fins políticos partidários? Ou tem alguma opinião diferente a respeito? Se quiser, deixe um comentário para meditarmos a respeito do assunto.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="384" src="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/23139645-dc9-b56/FT1086A/652/72978932_BSBBrasiliaBrasil14-11-2017PAPlenario-da-Camara-Vazio-durante-Sessao-..jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Por que devemos evitar que pastores ser tornem candidatos" width="640" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte da foto: O Globo</span></td></tr></tbody></table>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-40813535118876913732020-08-30T09:04:00.004-03:002020-08-31T20:50:48.106-03:00Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor (1 Pe 4.15)<h4 style="text-align: left;"> "Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem" (1 Pedro 4.15).</h4><p style="text-align: justify;">É impressionante como temos constantemente que voltar a tais textos para nos servirem de alerta.</p><p style="text-align: justify;">Quando Pedro escreveu esta epístola, a igreja já estava começando a passar por um processo de perseguição em meio gentílico.</p><p style="text-align: justify;">Cristãos corriam o risco de desanimar de sua caminhada a medida que o sofrimento aumentasse.</p><p style="text-align: justify;">Por isso, os autores do novo testamento, desde os evangelhos, já advertem acerca da possibilidade de perseguição, e da necessidade de perseverança.</p><p style="text-align: justify;">Jesus mesmo enfatizou que era necessário <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/busca?q=Aquele+que+perseverar+ser%C3%A1+salvo" target="_blank">perseverar até o fim</a>, e Paulo escreveu que, mesmo que sendo como <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/8/36+?q=somos+como+ovelhas+entregues+ao+matadouro" target="_blank">ovelhas entregues ao matadouro</a>, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou. Mesmo Pedro escreveu que é melhor <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/1pe/3/17+?q=%C3%A9+melhor+sofrer+por+praticar+o+bem+do+que+o+mal" target="_blank">sofrer por praticar o bem do que o mal</a>.</p><p style="text-align: justify;">Entretanto, mesmo com tais advertências acerca de possível sofrimento imposto pelos de fora, de forma injusta, ainda assim, o apóstolo adverte a igreja a fim de que ninguém padeça como malfeitor.</p><p style="text-align: justify;">Por que a necessidade de um alerta deste tipo?</p><p style="text-align: justify;">Em primeiro lugar, porque <b>somos seres tendentes ao mal</b>, ao egoísmo, ao pecado.</p><p style="text-align: justify;">Isso está realmente bastante claro nas Sagradas Escrituras.</p><p style="text-align: justify;">Jesus disse que é <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/7/21+?q=cora%C3%A7%C3%A3o+adult%C3%A9rios+loucuras+marcos" target="_blank">do coração</a> que surgem toda sorte de más atitudes.</p><p style="text-align: justify;">Mesmo com muitos anos de caminhada, mesmo com muito tempo de consagração, ainda assim, não se deve deixar de vigiar. Um pequeno espaço ao inimigo, e ele já poderá tomar toda a base. Não se deve fazer nenhuma concessão. Nem aos olhos, nem à ganância, nem ao poder.</p><p style="text-align: justify;">Muitas pessoas experientes ficam pelo caminho por não terem vigiado como deveriam.</p><p style="text-align: justify;">Jesus mandou vigiar!</p><p style="text-align: justify;">Vigiemos, ora, porém, não a vida do outro. Vigiemos a nós mesmos, em primeiro lugar!</p><p style="text-align: justify;">O outro motivo é que <b>nem todos os que estão na igreja, são verdadeiramente cristãos</b>. </p><p style="text-align: justify;">Nem todos os de Israel, são de fatos israelitas!<br /></p><p style="text-align: justify;">Há <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/20/29+?q=lobos+vorazes" target="_blank">lobos</a> disfarçados em pele de cordeiro.</p><p style="text-align: justify;">Há aqueles que farão da igreja <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/2pe/2/3+?q=far%C3%A3o+neg%C3%B3cio+de+v%C3%B3s" target="_blank">negócio</a>!</p><p style="text-align: justify;">E aí surgem toda sorte de escândalo, que não se vê muitas vezes nem mesmo entre os gentios!</p><p style="text-align: justify;">Assim sendo, pelo menos algumas ações devem ser realizadas por cada um de nós.</p><p style="text-align: justify;">Primeiramente, <b>um rígido auto-exame sobre nossas próprias vidas</b>.</p><p style="text-align: justify;">Uma <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/9/23+?q=tome+a+sua+cruz" target="_blank">auto-negação radical</a>, como a que determinou o nosso Senhor Jesus, o Cristo.</p><p style="text-align: justify;">Não darmos vazão à nossa carne, e nos <a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/ef/5/19+?q=falando+entre+v%C3%B3s+com+salmos+hinos" target="_blank">enchermos do Espírito</a>!</p><p style="text-align: justify;">Também é necessário <b>voltarmos a aplicação de uma disciplina</b> saudável na igreja.</p><p style="text-align: justify;">Quando Paulo escreveu sua primeira epístola aos coríntios, determinou que certo homem fosse afastado da igreja, por ter tido relações com a esposa do próprio pai, algo que não se via nem entre os gentios.</p><p style="text-align: justify;">A igreja parece ter resistido um pouco a tal ideia, e Paulo considerou tal atitude como orgulho.</p><p style="text-align: justify;">Porém, se alguém é declaradamente ladrão, adúltero, homicida, e não se arrepender, não pode fazer parte do rol de membros da igreja.</p><p style="text-align: justify;">Tem que ser excluído, seja leigo, seja ministro.</p><p style="text-align: justify;">Mas e quando esta corrupção está nos líderes da igreja?</p><p style="text-align: justify;">Sinceramente, se fores profeta, você pode tentar confrontar, denunciar.</p><p style="text-align: justify;">Mas saiba que dificilmente você terá alguma chance, ainda mais levando-se em consideração o modo ditatorial que muitas igrejas são organizadas.</p><p style="text-align: justify;">Além do que, será perseguido e caluniado, como fizeram com o Senhor.</p><p style="text-align: justify;">Assim sendo, talvez o melhor mesmo seja <b>abandonar tal agremiação</b>, pois pode ter se tornado um covil de salteadores.</p><p style="text-align: justify;">Tudo isso deve ser feito regado à muita oração!</p><p style="text-align: justify;">Igrejas pouco transparentes em suas finanças, que líderes vivem de forma luxuosa e cometendo diversos pecados de pública notoriedade, que misturam política partidária em suas reuniões e eventos, devem ser evitadas pelo povo de Deus.</p><p style="text-align: justify;">É por conta de coisas assim que a igreja padece de um modo como não deveria.</p><p style="text-align: justify;">Se agirmos assim, sendo radicais em relação a nós mesmos, seremos capazes de evitar o padecimento por algo ruim e cumpriremos a determinação apostólica.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: center;"><img alt="Prisão, Cela De Prisão, Crime, Prisioneiro, Penal" height="427" src="https://cdn.pixabay.com/photo/2014/12/02/11/21/prison-553836_960_720.jpg" width="640" /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-14018196393013011942020-08-29T22:20:00.006-03:002020-08-29T22:29:18.148-03:00A religião pura e sem mácula (Tiago 1.27)<div class="separator"><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></p></div><div class="separator"><h4 style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;">"A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é essa: visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo" (Tiago 1.27)</h4></div><p style="text-align: justify;">A palavra religião é muitas vezes usada em um sentido negativo pelos evangélicos. Costumam dizer que religião não salva, e que não seguem uma religião.</p><p style="text-align: justify;">Entretanto, eis aqui a palavra sendo usada em um sentido positivo. Na verdade, muito poucas vezes tal palavra aparece nas escrituras.</p><p style="text-align: justify;">E aqui, é nos dado o verdadeiro sentido de uma religião pura, sem mácula (ou seja, sem mancha).</p><p style="text-align: justify;">E tal religião é para com o nosso Deus e Pai. Não é perante os homens em primeiro lugar. É algo de interesse primordial para com Ele. Ele quer isso!</p><p style="text-align: justify;">Essa religião pura e sem mácula é visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações.</p><p style="text-align: justify;">Órfãos e viúvas representam aqui os estratos mais fracos da sociedade de então. E possivelmente, da sociedade atual também.</p><p style="text-align: justify;">Já no Antigo Testamento, eram muitas as recomendações para se se cuidasse dos órfãos e viúvas.</p><p style="text-align: justify;">E isso se repete também no Evangelho, no Novo Testamento.</p><p style="text-align: justify;">Logo, podemos ver por esta passagem que Deus está totalmente interessado no cumprimento desta religião.</p><p style="text-align: justify;">Religião não é construir templos grandes, lotar auditórios, fazer enormes eventos musicais.</p><p style="text-align: justify;">Tudo isso até pode ser feito, se Deus assim o quiser e o permitir.</p><p style="text-align: justify;">Porém, algo plenamente revelado é o seu desejo para que sua igreja se envolva constantemente com o cuidado dos mais vulneráveis deste mundo. </p><p style="text-align: justify;">Deveria ser algo totalmente natural para os cristãos, algo totalmente inerente à sua espiritualidade.</p><p style="text-align: justify;">O outro aspecto da religião pura e sem mácula é guardar-se incontaminado do mundo.</p><p style="text-align: justify;">Mundo aqui é utilizado como uma forma de sistema, de cultura contrária à santidade de Deus.</p><p style="text-align: justify;">Deste mundo, destes valores, o cristão deve se manter incontaminado, pois a amizade com aquele é inimizade para com Deus.</p><p style="text-align: justify;">Não deve se render aos (anti) valores da corrupção, da mentira, do egoísmo, do acumulo desenfreado de bens, entre tantas outras coisas.</p><p style="text-align: justify;">Ou seja, terá que viver em santidade.</p><p style="text-align: justify;">Bondade e santidade.</p><p style="text-align: justify;">Caridade e pureza.</p><p style="text-align: justify;">São estes dois valores que devem nortear a vida dos cristãos.</p><p style="text-align: justify;">Você tem sido uma pessoa caridosa?</p><p style="text-align: justify;">Você tem procurado viver em santidade todos os dias da sua vida?</p><p style="text-align: justify;">Pois essa é a essência da religião pura e sem mácula.</p><p style="text-align: justify;">Fuja de debates inúteis. Fuja de coisas que podem macular sua vida cristã.</p><p style="text-align: justify;">Se envolva com realmente aquilo que é puro e verdadeiro.</p><p style="text-align: justify;">A pureza da religião é a caridade. A pureza da religião é a santidade.</p><p style="text-align: justify;">Vivamos assim e estaremos praticando uma religião pura e sem mácula.</p><p style="text-align: center;"><img alt="Foto, Menina, Retrato, Sorriso, Puro, Rosto, Pureza" height="427" src="https://cdn.pixabay.com/photo/2017/01/28/21/47/photo-2016619_960_720.jpg" style="text-align: left;" width="640" /></p>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-80003135856787172222018-05-06T11:00:00.000-03:002018-05-06T13:34:12.192-03:00A Ceia do Senhor e as Crianças<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidWF8pVH5Q8870f9IdsqRzdZY9nFeyZD12V0n_oY7dT4wKBCRVdHGHksIzww_-jQdf1kreLbFrk-PXqZDp4xHhmBEoYlL12hY7yJfIISFHLhPg_nOqFROZ9U1rS-X59IyY642PhvuHbqw/s1600/a-ultima-ceia-jesus-e-as-criancas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="178" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidWF8pVH5Q8870f9IdsqRzdZY9nFeyZD12V0n_oY7dT4wKBCRVdHGHksIzww_-jQdf1kreLbFrk-PXqZDp4xHhmBEoYlL12hY7yJfIISFHLhPg_nOqFROZ9U1rS-X59IyY642PhvuHbqw/s320/a-ultima-ceia-jesus-e-as-criancas.jpg" width="320" /></a></div>
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<em><strong>Por Bispo José Ildo Swartele de Mello</strong></em><br />
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Não foi por acaso que Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo, morreu na semana da Páscoa judaica. Jesus, na véspera de sua morte, reuniu o seus discípulos para a celebração da Páscoa e a transformou na celebração da sua própria Páscoa, revelando que os princípios de redenção da Páscoa e do Êxodo do povo hebreu encontram pleno cumprimento em seu sacrifício na cruz. As crianças eram incluídas na aliança do Antigo Testamento, tendo acesso aos sinais do pacto tanto da circuncisão como da Páscoa. Toda a família, incluindo as crianças, se reunia ao redor da mesa para comer e celebrar a Páscoa. A aliança do Novo Testamento é superior a do Antigo e não pode ficar aquém no tratamento dado as crianças. Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; Tg 2.9). "Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gl 3:28). Seguindo o mesmo raciocínio de Paulo, podemos concluir também que não deve haver acepção entre adultos e crianças, pois todos devem ser um em Cristo. Jesus Cristo, querendo mostrar que veio dilatar antes que limitar a misericórdia do Pai, abraça ternamente as criancinhas a si trazidas, repreendendo os discípulos que tentavam impedi-las de acesso, afirmando que delas é o reino dos céus (Mt 19:13-15; Mc 10:13-16; Lc 18:15-17). As crianças estão incluídas no pacto de Deus. A ação de recebê-las, o abraço, a imposição de mãos e a oração de Cristo, demonstram que as crianças não apenas são dele, como também são por ele santificadas. A expressão usada pelos evangelistas em Mt 19:14; Mc 10:13; Lc 18:15, designa literalmente criancinhas de peito. Não se fala aqui de crianças já crescidas, portanto já aptas a vir por si mesmas. Vir, nestes textos, fala de ter acesso. As crianças podem vir a Cristo, pois das tais é o reino dos céus.<br />
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<br />
Os metodistas livres vêem a ceia do Senhor não apenas como ordenança, mas também como sacramento. Existem dois sacramentos: a Ceia e o batismo. Tais ordenanças são verdadeiramente meios de graça, ou seja, ainda que sejam rituais simbólicos, representam uma realidade espiritual. No caso da Ceia, os elementos não sofrem nenhuma alteração mística – o pão continua sendo pão, e o vinho continua sendo vinho. Não obstante, o crente, mediante a ação do Espírito Santo, é verdadeiramente nutrido espiritualmente em sua participação. A Ceia é "um banquete espiritual, onde Cristo é o pão vivo que desceu do céu (Jo 6:51), pelo qual são os crentes alimentados para a verdadeira e bem-aventurada imortalidade. A Ceia é um dos sinais da inclusão do cristão na realidade salvífica estabelecida pelo pacto da graça. Por último, a Ceia é também um sinal de nossa participação no Corpo de Cristo que é a sua comunidade de fiéis. A reunião da Ceia é a reunião da família em torno da mesa, partindo o pão e compartilhando de união e intimidade. As pessoas reunidas para essa refeição são diferentes uma das outras. Expressam diversidade, mas estão ligadas na unidade produzida pelo Espírito mediante o sangue da aliança, derramado em favor delas.<br />
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<h2 align="justify" id="ah2l">
Questão histórica</h2>
<div align="justify">
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Na Igreja Antiga era normal a participação das crianças na Ceia do Senhor. O batismo de crianças e sua participação na Ceia eram usuais. Naquela época o Batismo era a única condição para participar da Ceia. A partir do século XI outras exigências foram solicitadas para a participação na Ceia. O IV Concílio de Latrão, em 1215, fixou a idade entre 07 e 10 anos para poder participar na Ceia. Nesta idade as crianças já poderiam ver a diferença da Ceia com a presença da salvação em Cristo e a simples refeição. Assim, na Igreja Ocidental se colocam limites para a participação das crianças na Ceia. Na Igreja Oriental, até hoje, todas as crianças batizadas são convidadas para a Ceia.<br id="sfkm" /><br id="arg:" />Os Sacramentos foram ordenados por Jesus Cristo. Eles são obras d'Ele e não desta ou daquela denominação religiosa. Faz parte de um Sacramento a Palavra de Deus e os elementos visíveis. Os benefícios dos Sacramentos vêm de Cristo. Neste, todos os dons de Deus nos são concedidos por graça: fé/justificação, perdão dos pecados, Espírito Santo/santificação, vida eterna, fortalecimento na fé e no amor. Toda essa "graça" experimentamos na comunhão do corpo de Cristo (igreja = comunhão dos santos).<br id="az7." /><br id="w2xl" />Lutero entendeu o Batismo como presente de salvação. Lutero utilizou a imagem do testamento: Uma pessoa à beira da morte faz seu testamento e a partir da morte desta, que seria a morte de Cristo, este testamento passa a valer. A pessoa que recebe as promessas do testamento, mesmo sendo indigna, tem o direito ao que a ela é presenteado gratuitamente. O mais importante não é o que a pessoa faz ou deixa de fazer, mas o presente que recebe. O peso do testamento está na obra de Deus, e não na dignidade ou mérito do ser humano. Esta obra de Deus em nosso favor vale para sempre, não precisa ser repetida (caso de rebatismo). Quando não colocamos total confiança na graça de Deus. Lei é exigência. Lutero afirmou que ser cristão é saber diferenciar entre lei e Evangelho. A negação da Ceia do Senhor as crianças batizadas é desprezar a graça de Deus, que é dada a todas as pessoas, independente da idade e maturidade. Pois ela é graça, é presente, e cada pessoa batizada tem o direito de participar e viver deste presente na comunhão da família. Todos somos pecadores e necessitamos da mão estendida de Deus.<br id="rqbs" /><br id="ztcv" />Pode acontecer de pais crentes não apresentarem seus filhos para batismo, mas estarem trazendo-os à frente para participação na Ceia do Senhor. Depois, em particular, o pastor deve conversar com os pais mostrando pelas Escrituras a íntima relação entre os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor, de modo que um está atrelado ao outro. Por que participar da Ceia e não também do batismo? O batismo é o sinal da salvação em Cristo, devendo, portanto, preceder a Ceia. O coerente é que aqueles que foram batizados participem da Ceia do Senhor.<br id="dy8d" /><br id="nv-y" />Alguém poderia alegar que as crianças não são mencionadas na realização da primeira Ceia do Senhor. A isto respondemos que nem tão pouco as mulheres são mencionadas. Vamos examinar o seguinte texto: "Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. Todos eles comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo." (1 Co 10.1-4). Paulo estabelece este paralelo para que os cristãos da igreja de Corinto pudessem estar alertas para não incorrer no mesmo erro que levou a maioria do povo a perdição (v. 5-11). É interessante notar aqui algo relevante para o estudo que estamos fazendo sobre batismo infantil e participação das crianças na Ceia do Senhor, pois vemos que Paulo estabelece um paralelo entre os sinais da salvação do povo do Antigo Testamento com os sinais da salvação dos cristãos, o batismo e a Ceia do Senhor estão em foco. Há uma ênfase também na palavra todos. Todos, adultos e crianças foram batizados na nuvem e no mar e todos, incluindo as crianças, comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da rocha espiritual que é Cristo. O termo "todos" aparece também no verso 17 numa referência clara a Ceia do Senhor "pois todos participamos de um único pão".<br id="cy6m" /><br id="envz" />Uma objeção que é feita a participação das crianças na Ceia do Senhor é que Paulo exorta os cristãos a examinarem a si mesmos antes de participarem da mesa do Senhor para não correrem o risco de comerem indignamente, sem discernir o corpo do Senhor, o que traria condenação. Mas pode-se conjecturar que esta exortação de Paulo não se dirigia às crianças, mas aos cristãos adultos que estavam cometendo diversos abusos durante as celebrações dos cerimoniais da Ceia (1 Co 11). <br id="gxih" /><br id="updu" />O cristão é filho de Deus e não existe filiação parcial, pois a graça é total. Não há cristãos pela metade, mas completos, tornados justos pela obra de Jesus e incorporados na comunhão dos santos, da qual as crianças fazem parte, desfrutando de todos as bênçãos e privilégios do Evangelho.<br />
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<span style="font-size: xx-small;">*a imagem refere-se à obra de Joey Velasco</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">fonte da imagem: </span><a href="http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EkpuFpEAplOgYrIxBM"><span style="font-size: xx-small;">http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EkpuFpEAplOgYrIxBM</span></a></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-53357157241062884802017-12-11T10:53:00.000-02:002017-12-11T16:19:26.467-02:00A difícil questão do divórcio.<div align="center">
<em>“...todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de prostituição, faz com que ela ‘adultere’; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério...”</em></div>
<em></em><br />
<div align="justify">
Eis aqui um texto claríssimo, porém dificílimo sobre os ensinos de Cristo. Claro, porque é evidente que Jesus ensina que seus maridos não devem repudiar suas mulheres, salvo, segundo pensam alguns, uma exceção, e que desaprova também um novo casamento da repudiada, estendendo a qualidade de adultério até mesmo para aquele que ficar com a repudiada. Mas é dificílimo, pois deste texto, e demais do mesmo tema nas Escrituras, tivemos diversas posições diferentes na história.<br /><br />A primeira, que podemos citar, é a católica romana, no sentido de que o casamento é para todo o sempre. Novo casamento, somente com a morte de um dos conjuges. Uma simples proibição, e não se fala mais nisso. Esta respeitável posição tem o mérito de espelhar de modo mais perfeito o casamento como analogia da relação Cristo e Igreja, que deve ser uma relação eterna, fiel, compreensiva. Também motiva aos fiéis a tal posição que não coloquem o divórcio como uma opção de solução para as dificuldades conjugais. Estimula o perdão, em caso de adultério, por parte do cônjuge inocente, que acaba vivendo, na prática, o exemplo de Cristo, que dá a outra face, que não julga, e que perdoa sempre. Além do que, é um foco de resistência a uma sociedade secularizada que reduziu o casamento a uma mera questão contratual.<br /><br />A segunda, protestante e ortodoxa, é a de que, caso tenha havido prostituição, adultério, o cônjuge inocente é livre para casar novamente. Não se realiza o novo casamento do cônjuge adúltero (na época de Cristo, isto era possível, caso contrário, não faria sentido a observação de que “o que casa” com a repudiada comete adultério). Mas na prática, é provável que os ministros religiosos não fiquem questionando estas coisas antes de realizar um casamento de alguém que já fora casado. Ao que parece, também o apóstolo Paulo deu permissão para a separação do irmão cristão de seu cônjuge não cristão, quando este quiser ir embora (I Co 7,15). Alguns entendem que neste caso, o cristão está livre para um novo casamento, como é o caso do comentarista da Bíblia de Jerusalém.<br /><br />Mas esta segunda posição terá outros desdobramentos que não parecem ter sido tratados no texto bíblico. Por exemplo, aceita a segunda posição, se o cônjuge inocente se casar de novo, o adúltero ainda assim não é livre para casar? Leia-se “cônjuge inocente” como o homem traído, no contexto das palavras de Cristo. Isto porque, se a esposa trair, é adúltera. Mas se for repudiada (traída?) e casar de novo, também é adultera, segundo tal ensino, e quem com ela casar também comete adultério. Vejamos isso com um exemplo: digamos que hoje, eu expulse minha esposa de casa, coloque outra mulher em seu lugar e diga para a anterior não volta mais. A sociedade de modo geral não entenderá que a minha ex-mulher cometerá adultério caso se case novamente. É seu direito, pois foi expulsa de casa. É inocente. Mas, se aplicarmos literalmente as palavras de Cristo, ela não poderá casar, pois estará cometendo adultério, mesmo tendo sido inocente. Mas se aplicarmos tal posição, a da proibição, que é a católico romana, não estaremos forçando uma pessoa inocente e viver sozinha o resto de sua vida? Imaginem uma sociedade patriarcal (não tão distante de muitas realidades atuais), em que a mulher é totalmente dependente da ajuda, da manutenção masculina, forçar a uma mulher que fique desamparada não seria duro demais? Teria sido este o ensino de Cristo? Uma pessoa querer, por livre e espontânea vontade, sofrer tal “martírio”, é uma coisa; mas impô-la sobre seus ombros, seria algo, ao meu ver, bem diferente.<br /><br />Alguns dizem que o ensino de Jesus deveria ser devidamente contextualizado, e aplicado literalmente somente em seu contexto. Observem que ele só se dirige aos homens (“aquele” que repudiar a sua mulher...). Ou seja, no momento histórico de Cristo, juridicamente falando, somente os homens tinham tal poder. Não se poderia falar em “mulher repudiar o marido” e dar-lhe carta de divórcio, pois estamos diante de uma sociedade patriarcal (a mulher que assim agisse, estaria condenada à morte por adultério). Os defensores desta posição então, entendem que Jesus está atacando aquele costume em que os homens aproveitavam a “brecha” jurídica dada por Moisés, utilizando-a para repudiar suas mulheres quando bem entenderem. Ou seja, o marido enjoava da mulher, lhe dava uma carta de divórcio, e a mandava embora, e ficava com outra. Não deixa, a meu ver, de ser uma respeitável posição. Os defensores desta posição entendem então que, em nosso contexto, o ensino de Jesus seria outro. Já vi alguns dizerem que o ensino de Jesus não condenaria aqueles que, sendo cônjuges, honestamente decidissem terminar o seu próprio casamento, por acordo de vontades, por entender que isso seria melhor, sem traição, sem adultério, colocassem fim à própria sociedade conjugal. Obviamente, os defensores da posição católica romana diriam que a vontade de Deus, que é a indissolubilidade da relação conjugal, não pode ser revogada pela vontade das partes, o que, conforme já mencionei, é uma posição respeitável também.<br /><br />Penso que a vida oferece casos concretos que talvez não possam ser resolvidos somente com uma radical proibição. Que dizer da jovem mulher, abandonada pelo seu marido, que deseja contrair novo casamento? Estará condenada a viver sozinha, ou com um monte de filhos o resto de sua vida? Que dizer do casal que não encontrou forças para salvar o próprio casamento e acabaram se separando e que, neste processo, acabaram contraindo um novo relacionamento? Alguns dizem que, caso tal casal queira ser fiel a Deus, deverá terminar o novo relacionamento e reatarem o casamento. Entretanto me ocorre que, quando eu era advogado, peguei um caso em que um jovem casal evangélico havia se separado, e que a mulher, pouco tempo depois, já estava grávida do novo relacionamento. E agora? Ela deveria, segundo tal visão de fidelidade, abandonar o novo companheiro, e levar o seu filho para o antigo relacionamento? Tal mulher estará condenada a ser adúltera o resto da vida? Deverá, tal casal, conforme o ensinamento católico romano ficar afastada o resto da vida da santa mesa da comunhão? E o que dizer da mulher espancada, ou explorada constantemente por um marido que não tem pretensão de mudar? Deverá sofrer o martírio por amor à idéia casamento? Deve-se pedir a Deus que de algum modo “leve seu marido embora” para casar novamente? Conheci um homem que viveu por anos em um relacionamento abusivo por parte de sua esposa, e que esta o expulsou de casa; e por anos, tal homem esperou por uma reconciliação, até que conheceu alguém e juntos ficaram. Vivem hoje uma ótima relação e todos os filhos, hoje já adultos, do antigo relacionamento estão com o pai e sua companheira. Ele deveria esta até hoje esperando sua antiga esposa? Ou seja, devemos impor o “martírio” ao cônjuge inocente indefinidamente, conforme já questionado? Por isso, digo que a mera proibição não seja talvez a melhor forma de resolver a solução, e os dados da realidade isto comprovam. É preciso muita compaixão, amor, misericórdia ao lidar com estas questões; e não podemos nos esquecer também que Deus também é misericordioso e perdoa o casal que “fracassou”, segundo minha opinião. Alguns pensam inclusive em incorporar na liturgia um pedido de perdão, um “descasamento” por parte de tal casal que se separou. Mas permitir o divórcio também é um problema. Quantas vezes se poderão permitir o divórcio? Uma, duas, três, sempre? Em qualquer caso, em qualquer aspecto?<br /><br />De qualquer modo, independentemente das posições que tomemos, penso que todos concordamos que o ideal é que o casamento dure “até que a morte os separe”, e que os cônjuges têm que ter isto como um ideal, qual seja, lutar sempre pelo próprio casamento. A possibilidade do divórcio não deve servir para afrouxar a intenção de viver para sempre com o seu cônjuge, pois o casamento é uma analogia do relacionamento Cristo e Igreja. No catolicismo, a questão “está resolvida” (se bem que, na minha opinião, na prática não parece estar; basta ver as estatísticas acerca do divórcio nas nações majoritariamente católicas). Para os demais, somos desafiados a pensar cada questão em cada caso concreto, com ponderação, amor, humildade e caridade; não colocar uma carga deveras pesada nos ombros de outras pessoas, não impor proibições, mas ensinar cada qual a agir de acordo com a própria consciência, não deixando de advertir que “bem aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova”, e que todos seremos julgados por Deus em nossos atos. E incentivar as nossas comunidades eclesiais a que apoiem a instituição casamento, esta coisa maravilhosa, que é potencialmente fonte de tanta felicidade, alegria e humanidade. O casamento é parte da “Vida Cristã”, e convido a todos que, seja neste blog, sejam em suas comunidades e igrejas, grupos de discussão, pensem bem sobre este assunto.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7vB3H5e4AUyhhsXxLrjiC8xLO1QtmxqZJrrgKxfYQBLrwyY5b8hZ1WKnEfN5y3iGltG939fRyI-X68bv8pZ95HoMcaRg1y-ko33yodM-Ruw710xIQuPDnPgoRlh_t1njJShyphenhyphenwpm9sOkM/s1600/div%25C3%25B3rcio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7vB3H5e4AUyhhsXxLrjiC8xLO1QtmxqZJrrgKxfYQBLrwyY5b8hZ1WKnEfN5y3iGltG939fRyI-X68bv8pZ95HoMcaRg1y-ko33yodM-Ruw710xIQuPDnPgoRlh_t1njJShyphenhyphenwpm9sOkM/s640/div%25C3%25B3rcio.jpg" width="640" /></a></div>
<i><br /></i>
<i><span style="font-size: x-small;">Publicado originalmente em agosto de 2007.</span></i></div>
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</div>
CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-82441804245827046372017-12-09T20:02:00.000-02:002017-12-09T13:39:23.556-02:00Da Invocação do Nome do Senhor<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho estudado um pouco a espiritualidade cristã antiga. Li alguma coisa sobre a tradição "Hesicasta", ou seja, a espiritualidade ortodoxa, bem como a "invocação do nome de Jesus". Penso que, se no catolicismo romano não se ouve falar muito disso, quanto mais no protestantismo, onde tem havido alguma falta de movimentos mais contemplativos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />Bom, fato é que, uma destas formas de orações que tenho estudado se refere à "oração de Jesus", ou "invocação do Nome". É algo simples (aparentemente), em que o fiel recita o nome de Jesus repetidas vezes. Um livro que trata bastante desta prática é o “Peregrino Russo”, clássico da tradição Ortodoxa Russa. O fiel, em estado de contemplação, ou em seu cotidiano, vai repetindo o nome de Jesus, podendo utilizar de diversas expressões, sendo a mais clássica o <em>Kyrie</em>, dizendo “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim; Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim” (se reparar, nas ditas invocações estão explícitas a natureza humana e divina do Salvador). Poderá somente dizer “Jesus”, ou “Jesus Cristo” conforme preferir. Os grandes mestres desta prática chegam a sugerir que, a partir de determinado momento, o nome de Jesus está inserido na própria respiração da pessoa, como que se as batidas do próprio coração “dissessem” “Jesus”.<br /><br />Certamente, muitos protestantes lembrarão da passagem do Sermão da Montanha em que Jesus ensinava que não devemos utilizar “vãs repetições”. Mas nos perguntamos: será que invocar o nome do Senhor é uma “vã” repetição? Penso que não.<br /><br />Tenho uma filhinha que amo, e lembro-me que quando esta estava começando a balbuciar as primeiras palavras, ela se deitava algumas vezes em meu colo, olhava nos meus olhos e, com sua voz delicada dizia: papa... papa... papa... papa.... Repetindo “papa” dezenas de vezes. Meu coração se enchia de alegria e de orgulho. De modo algum aquilo me incomodava. Ora, se eu, miserável homem que sou, me encho de alegria quando minha filhinha dizia “papa”, quanto mais Deus, todo Santo, não deverá estender conosco sua comunhão quando, com coração de crianças, invocamos o seu nome, ainda que, de certa forma, somos todos crianças, não sabemos orar como convém, e ainda por cima, apenas “balbuciamos” palavras espirituais?<br /><br />Bom. Sei que a analogia não seja bem exata, mas penso que ela acaba por ter o condão de demonstrar que, a invocação do nome, de coração, não pode ser tida como uma mera repetição sem sentido. Obviamente, ela não é para todos; cada um de nós tem que encontrar os modos pelos quais sente que melhor entra em comunhão com Deus. Eu, particularmente, não me atrevo a tentar ser um “místico cristão”, no sentido hesicasta do termo, e, não obstante ter praticado algumas vezes a invocação do nome, estou a milhas e milhas distante da descrição da experiência de seus maiores propagadores (no Brasil, pode-se encontrar algo nos escritos de “Jean-Yves Leloup”, em seu livro “Escritos sobre Hesicasmo”, da Editora Vozes, além de duas obras sobre “O peregrino russo”, que foram editados pela Editora Paulus). Pessoalmente, penso ter maior facilidade para entrar em maior comunhão com Deus na contemplação da natureza, da criação. De qualquer modo, como creio na bondade e misericórdia de Deus, bem como na liberdade do Espírito Santo, penso que, na mística cristã, ou na espiritualidade, está um caminho em que cristãos de todas as tradições se encontram com Deus, e em Deus, todos se encontram. Pela via do diálogo e do debate doutrinário, acho muito difícil se chegar a tal encontro, mas pela espiritualidade e prática cristã, podemos todos estar muito próximos. Por isso, fico fascinado com tanta riqueza sobre a espiritualidade cristã, e faço a proposta para que todos os que tiverem interesse, pesquisem sobre o tema.</span></div>
<div align="justify">
<span style="color: white; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Enfim, que todos possamos de fato invocar no nome do Senhor, pois, todos os que o invocarem, serão iluminados, serão salvos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7SjxJhzCQfh0gPhRyR1ci_oyoa2CGdLwYh9fqA1RSUaHKnG1dvamZUFuTyEjM550Jq-YZT8RlatipLmUKQlgKHyKUPSlWB6AScFCg-1Od4AxBWlNG34EOfw_1u3Xns9zV6D-AYNYtNQA/s1600/ora%25C3%25A7%25C3%25A3o2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="642" data-original-width="960" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7SjxJhzCQfh0gPhRyR1ci_oyoa2CGdLwYh9fqA1RSUaHKnG1dvamZUFuTyEjM550Jq-YZT8RlatipLmUKQlgKHyKUPSlWB6AScFCg-1Od4AxBWlNG34EOfw_1u3Xns9zV6D-AYNYtNQA/s640/ora%25C3%25A7%25C3%25A3o2.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-67451373653067025612017-12-06T12:10:00.000-02:002017-12-06T12:10:08.129-02:00Sobre a (im)parcialidade de Deus. Deus é injusto?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">No evangelho de João há um relato em que Jesus vai diante do chamado poço de Betesda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nestas localidade havia muitos enfermos, incontáveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Segundo o relato, Jesus curou apenas um, e os demais ficaram como estavam.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Muitas outras passagens existem assim na sagrada escritura...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que dizer diante de tal fato? Deus é injusto por curar alguns, e outros não?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Alguns dizem: Deus é soberano, faz o que quer e ponto. É a resposta mais simples. É a resposta do crente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Outros dizem: Deus não existe. Bobeira perder tempo com isso! Ou se existir, não é desse jeito que essas escrituras narram. É a resposta do ateu, do agnóstico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Há que diga: Deus não pode ser injusto, curar uns e outros não. Logo, estes relatos são míticos, e querem comunicar outra coisa, mas não a possibilidade de cura. Eles, apesar de crerem em Deus, querem "limpar sua barra" e justificar sua crença de forma inteligente. Logo, elaboram uma teoria no sentido de que Deus não interfere neste mundo de forma nenhuma, e que estamos por conta de nós mesmos. Os que assim creem são mais difíceis de serem classificados, e acho que eles preferem assim mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quem dá a primeira resposta não quer muito diálogo. Já está seguro do que diz, e não está a fim de discutir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quem dá a segunda resposta, já se posicionou de alguma forma. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quem dá a terceira, me parece que se encontra em uma crise de fé um pouco maior. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Muito bem, o que penso?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A segunda resposta, não vou discutir. A pessoa já negou tudo, não há base comum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Penso que quem dá a terceira resposta se afastou um pouco da tradição bíblica, não tardará, e rejeitará todos as doutrinas (ou dogmas) históricos acerca de Cristo, da Trindade, dos milagres, da ressurreição física, etc. Respeito tais teólogos, mas não sigo esse caminho (já tentei, confesso, mas achei muito árido). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Penso também que não basta dizer Deus é soberano e ponto. Precisamos ir um pouco além disso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dentro da tradição bíblica, existe a ideia de queda do ser humano, pecado original, ou seja, pecado das origens. Isso afetou profundamente todo o modo como a humanidade se relacionou com Deus, nos deixando com uma tendência muito ruim, que em linguagem teologicamente técnica pode ser descrito como "totalidade da depravação humana" Isso não significa que o homem seja tão mau quanto pode ser, mas que frente a um Deus santíssimo, está irremediavelmente perdido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nesta perspectiva, Deus poderia ter acabado com a humanidade desde o momento em que esta pecou. E Ele continuaria sendo quem Ele é, com todos os seus atributos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mas Ele assim não o fez, e vem durante todos estes séculos, permitindo a existência humana, ao ponto de querer resgatá-la. E o mais exuberante ato de amor foi dar o melhor de Si, ou seu próprio Filho, para redimir toda a humanidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ou seja, o que quero dizer é que, se Deus quisesse, poderia ter colocado um fim na história humana desde o seu início. E se ele agisse somente baseado em sua justiça, é isso que poderia ter feito. Entretanto, como está escrito, a misericórdia triunfa sobre o juízo. </span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Logo, se continuamos por aqui, TODOS nós vivemos e existimos por misericórdia divina, pura graça, dom imerecido, não importa que uns recebam um pouco mais, outros menos. E todos nós vivemos em um mundo em que há determinada esfera de liberdade para cada um de nós, e vamos vivendo, ora nos machucando, ora nos ajudando, e todos nós sofremos as consequências do que outros a nós fizeram e vice versa, sem necessariamente isso ou aquilo ser culpa divina.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De fato, isso não significa que tenho todas as respostas. Do porque alguns são curados, outros não. Mas, se posso dizer assim, é precisamente neste ponto que prefiro colocar uma "pitada" de agnosticismo. Confessar minha ignorância e continuar caminhando. Isso faz parte da fé, confessar que não entendo tudo, mas CONFIAR que há um Senhor sumamente amoroso, e bom (como nos dizem as Sagradas Escrituras) e justo, que seja com sua providência, seja com sua permissão, conduz e conduzirá a história de um modo tal que eu não posso conceber. Mas em tudo isso, se as Escrituras forem verdadeiras, também me consolo com o fato de que o Senhor não é um Deus distante, mas em nós, que sofre em nós, e que, no Filho, Aquele que tudo deixou, se esvaziou, e se tornou um de nós, feito pecado sem ter pecado, e foi o que mais sofreu e padeceu com toda a condição humana, e padece até os dias atuais por meio de seu corpo, que é a igreja. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3qXjg0HhDtOm0jFKfABzgsT7dazDedHkhE7reY0SejiHKXryIS5Cz5GGAvg6OCy5dRDjxkehDwOVDi4F5TkEANPBJDm3pHeGEBZb0qFKXy_ozVNsEXTfZcko86Sdq8HwfU761-ctaOEQb/s1600/pensando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Sobre a (im) parcialidade de Deus" border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3qXjg0HhDtOm0jFKfABzgsT7dazDedHkhE7reY0SejiHKXryIS5Cz5GGAvg6OCy5dRDjxkehDwOVDi4F5TkEANPBJDm3pHeGEBZb0qFKXy_ozVNsEXTfZcko86Sdq8HwfU761-ctaOEQb/s640/pensando.jpg" title="Deus é injusto?" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-66363969947175042872017-12-05T11:16:00.000-02:002017-12-05T11:16:02.196-02:00Pastor, não domine os que lhe foram confiados<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um ministro deve, com todo o seu coração, estudar a Palavra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E uma vez estudada, deve transmitir o que aprendeu aos seus ouvintes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E esperar no Senhor para que Ele dê o crescimento de cada qual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Não cabe a um ministro do evangelho querer dominar sobre a vida do seu rebanho.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Deve dar espaço para o agir da Palavra.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E não pode usar o púlpito da igreja para mandar recados indiretos para alguns dos membros. Por isso, o ideal é que sua pregação seja expositiva, e diga somente aquelo que as Escrituras dizem.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É muito comum também determinadas lideranças gerarem uma série de atividades eclesiásticas e fazerem pressão, muitas vezes de forma autoritária, para que todos participem.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Isso, a meu ver, pode se constituir em um abuso de autoridade.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Pastor deve propor, não impor.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tenho observado inclusive que, é interessante o ministro ordenado realmente se ater à pregação da Palavra, propor alguns ministérios, e aguardar também algumas manifestações da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A própria igreja trará propostas: "pastor, podemos entregar comida nas ruas"? "Posso fazer uma cantata com as crianças"? E assim sucessivamente.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Claro que a liderança de uma igreja acabará por propor, de forma mais organizada, as atividades da igreja, os horários dos cultos, mas deverá sempre se esforçar, no sentido de que tais atividades sejam atraentes, para serem realizadas com amor, mas não com base em injetar sentimento de culpa e pressão sobre seus membros. Não acredito sinceramente que um pastor tem a mesma autoridade de Jesus, pois este é o verdadeiro mestre interior e Senhor de cada membro da comunidade.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkh8J3GQ1v4KoPY1R98r3ImY69UzZxMR07xT6noHYPoiUV4yvcAzvlmSSBtNZ2s5bAYlkm79KBJ5OM5bL_hbVQDr6hS93cfZMpqyK34LKvWumvMTbchOwMI1XpJMmrbFlA98Q0I_dUFTY/s1600/jeesus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="589" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkh8J3GQ1v4KoPY1R98r3ImY69UzZxMR07xT6noHYPoiUV4yvcAzvlmSSBtNZ2s5bAYlkm79KBJ5OM5bL_hbVQDr6hS93cfZMpqyK34LKvWumvMTbchOwMI1XpJMmrbFlA98Q0I_dUFTY/s640/jeesus.jpg" width="522" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-59057920869729636242017-12-04T01:11:00.000-02:002017-12-04T11:20:05.342-02:00Igreja X Instituição<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não é nova na história à crítica à Igreja como uma instituição. Principalmente, quando historicamente sabemos que ela causou abusos, tristezas em muitas ocasiões, com suas disputas, maus testemunhos, envolvimentos políticos e coisas do tipo. A crítica da Reforma foi tão mordaz que ressaltou a realidade eclesial como algo invisível (argumento retomado de Agostinho, provavelmente), ou seja, <b>desassociou completamente a Igreja institucional, qualquer que seja, com o corpo místico de Cristo</b>.<br />
<br />
Esta crítica tem muitas virtudes, pois faz a Igreja institucional se lembrar de que ela não é um fim em si, mas um meio para que algo maior seja alcançado.<br />
<br />
Hoje ninguém nega que todas as Igrejas oriundas da Reforma se institucionalizaram, ou melhor, já nasceram institucionalizadas, afinal, criar algo já é institucionalizar. Os que não se organizaram, não sobreviveram, e se hoje algo sabemos de sua história, foi porque alguma instituição, ainda que educacional, a preservou. Mesmo os anabatistas, se estão hoje entre nós, devem muito disso aos menonitas, que também se institucionalizaram.<br />
<br />
Por tudo isso, aprendemos que, querer criar um corpo eclesial sem se institucionalizar parece ser uma grande ilusão. Cedo ou tarde, se tal grupo quiser sobreviver, terá que se organizar, “institucionalizar”, reconhecer uma liderança, um local de encontro, um fundo econômico; se quiser realizar algo juridicamente, terá que ter inscrição em cartório; se quiser sobreviver financeiramente terá que arrecadar dinheiro, abrir conta em banco, e logo terão que contar com a “impessoalidade” de uma personalidade jurídica (ou vão ficar eternamente alugando espaços no nome de uma pessoa física, ou depositando todas as arrecadações na conta de algum membro da comunidade, geralmente do líder?). Logo, institucionalizando-se, estará criada uma nova denominação, com característica própria, por mais que tente negar. Veja nos grupos dos que sustentam um grupo sem líderes, e, os que mais entusiasticamente defenderem tais movimentos, ali está o líder! E digo, com todas as letras, que isso não é ruim. Institucionalizar-se nada mais é do que demonstrar a seriedade do trabalho que está sendo feito. Agora, institucionalizar-se não significa necessariamente ser legalizado. Se lermos com honestidade os documentos dos antigos cristãos, veremos que, apesar de terem vivido no início sob a ilegalidade, já tinham uma respeitável organização (Clemente, Policarpo, Inácio, Didaquê, Pastor de Hermas, etc).<br />
<br />
Dom Robinson ensinou em “Cristianismo e Política” que sustentar um corpo sem liderança é pura ilusão herética. Tillich, em “A História do Pensamento Cristão”, demonstra que, os que lutam contra a instituição, deveriam pensar melhor, pois, tudo o que temos em termos teológicos, nos foi preservado e conservado por ela. Teríamos tantas cópias das Escrituras se durante tantos séculos os monges católicos não tivessem manualmente as copiado, dia após dia? Teríamos um cânon da Bíblia se a Igreja, pelo menos quatro séculos depois da sua existência, não tivesse tentado entrar em acordo do que seria ou não canônico? Teríamos sustentado um pouco da identidade cristã se os grandes concílios não repelissem o que consideraram ensino herético, como o arianismo, entre outros, por melhores ou piores que fossem as decisões advindas dali?<br />
<br />
Portanto, nossa luta não é declarar o fim da instituição, mas sim evitar o institucionalismo (a instituição quanto um fim em si mesma). É humanizar a instituição. Instituir, em seu sentido mais básico é criar, iniciar algo. Quando digo que comecei um grupo de oração em casa, posso dizer também que “institui” tal grupo, com dia certo e horário para se reunir. Não há contradição alguma nisso.</span></div>
<div align="justify">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A igreja é e sempre será sagrada, pois foi comprada com o sangue de Cristo, e uma de suas expressões visíveis é a forma como se institui no mundo. Nossa luta é cuidar para que, a igreja como instituição e comunidade possam viver em harmonia, sem deixar de reconhecer que sempre haverá grandes tensões (como é própria da tensão que existe na luta da carne contra o Espírito), que sempre haverá gente com mais desejo de poder do que de pastorear, e que o santo e o demônico estão juntos em todo agrupamento humano, mesmo na igreja, mesmo dentro de cada um de nós. A igreja que incentivou as cruzadas (o que em si mesmo não foi totalmente um erro, a meu ver), a inquisição (que diga-se de passagem, talvez nem tenha sido sempre injusta), também nos deu S. João da Cruz, São Francisco de Assis, Santa Tereza d’Ávila, Henri Nowen, Thomas Merton. O mesmo movimento que nos deu a supremacia branca, protestante e anglo saxônica, a matança de camponeses, o aparthaid, a escravidão, nos deu Wesleys, Luther King, Bonhoeffer, Desmond Tutu, entre tantos outros. Todas as vezes que tentamos “fugir” deste problema, na verdade, o levamos conosco, e corremos o risco de reproduzir com maior radicalidade aquilo que tanto criticávamos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgjl8nggDyTm_0bWE7psltn-mkUDfwr6lku1bpjaeds-jZjXJ9QoNsNuL-Xqv2yHpSfPe_oQpRnf-P3DVJ5QH7JF9XvUhcF1l94pvU8iSakXiMw92ZA5J6NTvmlUu1ZBCgSnD0zvy3rk/s1600/igrejinha.gif" imageanchor="1" style="font-family: "Times New Roman"; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img alt="Da impossibilidade da igreja não se institucionalizar" border="0" height="583" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgjl8nggDyTm_0bWE7psltn-mkUDfwr6lku1bpjaeds-jZjXJ9QoNsNuL-Xqv2yHpSfPe_oQpRnf-P3DVJ5QH7JF9XvUhcF1l94pvU8iSakXiMw92ZA5J6NTvmlUu1ZBCgSnD0zvy3rk/s640/igrejinha.gif" title="Igreja X Instituição" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adicionar legenda</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br />
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<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(publicado pela primeira vez em fevereiro de 2008)</span></div>
CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2921205867214284779.post-66473142532100418442017-11-29T00:00:00.000-02:002017-11-29T17:17:36.582-02:00Saber ouvir<br />
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">São raros os bons ouvintes hoje em dia. Queremos muito mais ser ouvidos do que ouvir. Ser compreendidos do que compreender. Repare nos momentos informais de nossa vida que praticamente disputamos para ver quem tem o melhor caso para contar, ou ver quem pode se gabar mais de um grande feito, ou ainda, para ver quem tem um problema maior e a vida mais sofrida. Raramente dispomos de nosso tempo e paciência para ouvir acerca das aflições de algum irmão. Na verdade, criamos um clima que, muitas vezes, sequer deixamos nossos amigos à vontade para abrirem o seu coração, ou desabafarem para conosco. Se quisermos bons ouvintes, acabamos por ter que pagá-los, na forma de psicólogos e terapeutas. Nas Igrejas Evangélicas, muitos fiéis não se sentem muito à vontade de se falar profundamente sobre suas intimidades com seus líderes, por diversos motivos, dentre eles, a falta de confiança, ou a vergonha de que tais líderes possam utilizar mal a informação que lhes é prestada. Na Igreja Romana, há muitos fiéis para pouquíssimos padres, nem todas paróquias possuem confessionário aberto todos os dias, algumas, dependendo da localidade, não possuem sequer clérigos, e outras, que possuem, acabam mais por "prestar um serviço" (útil, é verdade), mas pela grande quantidade de fiéis, acaba por haver uma certa impessoalidade. E não é somente sobre confessar pecados que estamos refletindo neste texto. Por isso, o “saber ouvir” tem que estar espalhado por entre o povo, e não concentrado sobre os profissionais da fé.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><div style="text-align: justify;">
O maior requisito para quem quiser ser um bom ouvinte, certamente, é o amor. Tal amor que se porta pacientemente, sabendo ouvir as dores do irmão. É até mais importante demonstrar ao amigo aflito a certeza de que se estará ao lado nas circunstâncias difíceis do que a promessa de que irá resolver todos os problemas dele. Isto porque, às vezes, sequer temos paciência de ouvir o nosso irmão, e já vamos dando a solução para os seus problemas. E nem sequer ponderamos, apenas por um instante, que este nosso amigo já havia pensado em tal solução por nós proposta, já a aplicara, mas por algum motivo, mas não dera certo. Talvez, tudo o que ele esteja procurando seja solidariedade, companheirismo, compreensão. Quando ele finalmente se decide a abrir para com alguém uma questão sua, significa que para ele tal problema pode ser de uma dificuldade enorme. Quando damos uma solução simplista, corremos o risco de até ofendê-lo. Temos que ter muito discernimento nesta questão, talvez sugerindo, do que impondo soluções, talvez o levando a encontrar sua própria saída.</div>
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Em nossa vida cristã, saber ouvir é primordial, afinal, é uma forma de ajudarmos a carregar as cargas uns dos outros.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7WkDYigYQ1Cq8-vYo7zhD6wRke0VCb62iAiuE8CYVBB7g14c8T16Qj3w1WXzF7-AFvTvcZuTOEMHD2LDGsVgsho_icQsbC-jEWxr_5HRW2Gh99RW2CgMdWh8W0KHJ03MvmK-05k3olFA/s1600/ouvir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7WkDYigYQ1Cq8-vYo7zhD6wRke0VCb62iAiuE8CYVBB7g14c8T16Qj3w1WXzF7-AFvTvcZuTOEMHD2LDGsVgsho_icQsbC-jEWxr_5HRW2Gh99RW2CgMdWh8W0KHJ03MvmK-05k3olFA/s640/ouvir.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">pixabay</td></tr>
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CARLOS SEINOhttp://www.blogger.com/profile/04601641612375990792noreply@blogger.com0