TEOLOGIA DA ESPERANÇA
"Deus elevou o ser humano e concedeu-lhe perspectivas de liberdade e amplidão, mas o ser humano fica para trás e se recusa a acolher esta perspectiva. Deus promete uma nova criação de todas as coisas em justiça e paz, mas o ser humano faz e age como se tudo permanecesse como sempre foi. Deus o faz digno de suas promessas, mas o ser humano não confia naquilo que lhe é proposto. Este é o pecado que mais profundamente ameaça o crente. Não o mal que ele faz, mas o bem que deixa de fazer; não são as suas más ações que o acusam, mas as suas omissões. Elas o acusam de falta de esperança; pois os assim chamados pecados de omissão se fundamentam todos na desesperança e pouca fé. 'O pecado não nos precipita na desgraça tanto quanto o desespero', dizia João Crisóstomo. Por isso, a Idade Média contava a acedia ou tristitia entre os pecados contra o Espírito Santo, que levam à morte".
(JÜRGEM MOLTMANN. Teologia da Esperança. Ed. Loyola, p. 38)
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