Solidários com a Igreja Perseguida

Geralmente, quando estudamos algo acerca da história da Igreja, ficamos muito emocionados com os relatos de perseguição sofridos pelos cristãos de épocas passadas.

Sabemos, por exemplo, com quanta dificuldade o cristianismo foi implantado no mundo greco-romano.

Também costumamos nos emocionar com o relato dos mártires protestantes, em diversas localidades em que a mensagem da reforma procurou ser implantada.  E porque também não pensar nos mártires católicos, no lugar em que o protestantismo se instaurou com maior sucesso?

Entretanto, o olhar para o passado não pode nos fazer desviar os olhos do presente.

Isto porque, é possível que na época presente o cristianismo seja mais perseguido do que em qualquer outra.

Costumamos tomar o todo pela parte, e achamos que o mundo inteiro é tão tolerante quanto o nosso parece ser, no que tange à liberdade de opinião e de religião, ou seja, achamos que o acesso às garantias fundamentais, como o de liberdade de expressão e de religião é uma coisa natural em todo mundo.

Ledo engano.

Esquecemos, por exemplo, a complicação de se pregar o evangelho em um país como a China comunista, com praticamente um sexto da população do globo. Ou sua impossibilidade em países como a Coréia do Norte. Ou a imensa dificuldade de se pregar na maioria dos países islâmicos, ou mesmo na Índia. Somente nestes exemplos, estamos falando de bilhões de pessoas.

Bento XVI chegou a dizer que vivemos uma “Cristianofobia”.

Daí, a importância sempre grande da Igreja urbana, da Igreja local, na alocação de recursos e de pessoas que voltem seus olhos para missões, bem como das agências que focam neste tipo de trabalho, como a Missão Portas Abertas.

Por mais importante que seja o trabalho evangelístico em nosso meio (este não pode parar jamais), o apostolado (o verdadeiro apostolado) se dá no lugar ainda não alcançado pela mensagem cristã. É importantíssimo que cada cristão deste país tenha também os seus olhos voltados para a missão trans-cultural.

Se cada cristão contribuísse com uma agencia missionária, ou com missões de sua igreja, ainda que com um valor pequeno, fosse de dez, vinte reais mensais, uma imensa ajuda já poderia ser prestada.

Os teólogos que elaboraram e redigiram o Pacto de Lausanne, em companhia de John Stott chegaram a se comprometer em levar uma vida simples para poderem ter recursos para investirem em Missões, seja em seu aspecto proclamatório (“querigma”), seja na questão social (“diaconia”).

Daí, esta postagem ser um incentivo para que cada cristão tome consciência da sua própria participação neste processo, visto que, pregar a todos os povos foi uma determinação do próprio Cristo. Podemos ajudar com nossas orações, com nossa presença física, ou mesmo contribuindo financeiramente. Não temos motivos para ficarmos inertes, se nos consideramos verdadeiramente discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Parece bobagem, mas uma pizza que você deixa de comer, por mês, para ajudar na missão, somada à atitude de outros cristãos que assim agirem, fará toda a diferença. Imaginem. Dizem que nós, evangélicos, somos vinte milhões no Brasil. Se cada um destes der um real para missões, por mês, são vinte milhões. Seu um real faz diferença. Já parou para pensar, por exemplo, em contribuir com a Missões Portas Abertas? Pode ser um bom começo.

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