Natal e mercado gospel
Antigamente, era comum dizer que o espírito do Natal era distorcido pelo capitalismo. Presentes, enfeites, Papai Noel, eventos; nenhum relacionado ao nascimento de Jesus Cristo.
Tudo isso era, e é normal, conforme o espírito do capitalismo, que transforma em comércio tudo em que toca.
Entretanto, o triste é quando observamos crescentemente a lógica do mercado adentrar ao reduto dos que se intitulam cristãos; quando estes começam a gerar um lucro astronômico àqueles que nenhum comprometimento tem com a fé cristã.
E é fraco o argumento que a isso se adere por se estar fazendo missão.
Por maior que possa ser a tarefa evangelizadora no Brasil, fato é que, vivemos em um país cristianizado. Por maior que possa ser a alegria de alguém aderir à uma igreja cristã, fato é que, o cristianismo em si só cresce quando é implantado a um povo que nada sabe sobre Cristo. Ou seja, será que o lucro obtido com o mercado gospel é utilizado na verdadeira missão? É duvidoso, pois tais povos não alcançados não dão retorno mercadológico. A missão, no seu sentido pleno, não é somente doméstica, mas a busca incessante em levar a mensagem àqueles que não ouviram falar de Cristo. Coisa que o mercado gospel não faz.
A notícia do nascimento do menino é maravilhosa. Que Deus se tornou tão frágil, humilde e fraco a ponto de se tornar um de nós. Foi Deus, tornando-se humano para que o humano pudesse divinizar-se (Atanásio) por co-participação. Os verdadeiros apóstolos levaram esta mensagem de graça; e se recebiam algo, era para custear sua própria sobrevivência. O que aconteceu com “o de graça receberam, de graça devem dar”?
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