Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor (1 Pe 4.15)

 "Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem" (1 Pedro 4.15).

É impressionante como temos constantemente que voltar a tais textos para nos servirem de alerta.

Quando Pedro escreveu esta epístola,  a igreja já estava começando a passar por um processo de perseguição em meio gentílico.

Cristãos corriam o risco de desanimar de sua caminhada a medida que o sofrimento aumentasse.

Por isso, os autores do novo testamento, desde os evangelhos, já advertem acerca da possibilidade de perseguição, e da necessidade de perseverança.

Jesus mesmo enfatizou que era necessário perseverar até o fim, e Paulo escreveu que, mesmo que sendo como ovelhas entregues ao matadouro, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou. Mesmo Pedro escreveu que é melhor sofrer por praticar o bem do que o mal.

Entretanto, mesmo com tais advertências acerca de possível sofrimento imposto pelos de fora, de forma injusta, ainda assim, o apóstolo adverte a igreja a fim de que ninguém padeça como malfeitor.

Por que a necessidade de um alerta deste tipo?

Em primeiro lugar, porque somos seres tendentes ao mal, ao egoísmo, ao pecado.

Isso está realmente bastante claro nas Sagradas Escrituras.

Jesus disse que é do coração que surgem toda sorte de más atitudes.

Mesmo com muitos anos de caminhada, mesmo com muito tempo de consagração, ainda assim, não se deve deixar de vigiar. Um pequeno espaço ao inimigo, e ele já poderá tomar toda a base. Não se deve fazer nenhuma concessão. Nem aos olhos, nem à ganância, nem ao poder.

Muitas pessoas experientes ficam pelo caminho por não terem vigiado como deveriam.

Jesus mandou vigiar!

Vigiemos, ora, porém, não a vida do outro. Vigiemos a nós mesmos, em primeiro lugar!

O outro motivo é que nem todos os que estão na igreja,  são verdadeiramente cristãos

Nem todos os de Israel, são de fatos israelitas!

lobos disfarçados em pele de cordeiro.

Há aqueles que farão da igreja negócio!

E aí surgem toda sorte de escândalo, que não se vê muitas vezes nem mesmo entre os gentios!

Assim sendo, pelo menos algumas ações devem ser realizadas por cada um de nós.

Primeiramente, um rígido auto-exame sobre nossas próprias vidas.

Uma auto-negação radical, como a que determinou o nosso Senhor Jesus, o Cristo.

Não darmos vazão à nossa carne, e nos enchermos do Espírito!

Também é necessário voltarmos a aplicação de uma disciplina saudável na igreja.

Quando Paulo escreveu sua primeira epístola aos coríntios, determinou que certo homem fosse afastado da igreja, por ter tido relações com a esposa do próprio pai, algo que não se via nem entre os gentios.

A igreja parece ter resistido um pouco a tal ideia, e Paulo considerou tal atitude como orgulho.

Porém, se alguém é declaradamente ladrão, adúltero, homicida, e não se arrepender, não pode fazer parte do rol de membros da igreja.

Tem que ser excluído, seja leigo, seja ministro.

Mas e quando esta corrupção está nos líderes da igreja?

Sinceramente, se fores profeta, você pode tentar confrontar, denunciar.

Mas saiba que dificilmente você terá alguma chance, ainda mais levando-se em consideração o modo ditatorial que muitas igrejas são organizadas.

Além do que, será perseguido e caluniado, como fizeram com o Senhor.

Assim sendo, talvez o melhor mesmo seja abandonar tal agremiação, pois pode ter se tornado um covil de salteadores.

Tudo isso deve ser feito regado à muita oração!

Igrejas pouco transparentes em suas finanças, que líderes vivem de forma luxuosa e cometendo diversos pecados de pública notoriedade, que misturam política partidária em suas reuniões e eventos, devem ser evitadas pelo povo de Deus.

É por conta de coisas assim que a igreja padece de um modo como não deveria.

Se agirmos assim, sendo radicais em relação a nós mesmos, seremos capazes de evitar o padecimento por algo ruim e cumpriremos a determinação apostólica.


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