Por que algumas pessoas não param nas igrejas?

Um pastor fica muito contente quando chega alguém na comunidade!

É uma alegria no inicio!

Porém, não raras vezes, aquele que chegou, vai embora; e nem se despede.

Esse é um fenômeno muito comum nas igrejas.

O que será que explica isso?

Acredito que uma das explicações é que muitas pessoas vão para a igreja com uma certa mentalidade de consumidor.

Como assim?

Eles querem um louvor, uma palavra, e atividades e serviços que os agradem.

Ora, mas o que há de errado nisso?

Todos não querem isso?

Sim, mas o problema é que, quando alguém tem essa mentalidade de consumo, ela não se sente parte do todo, e, ao menor desagrado, se vai da comunidade e parte para outra que satisfaça seus próprios anseios.

E não podemos nos esquecer que o culto não é para agradar aos homens, mas sim a Deus!

São, o que o Pr. Ricardo Bitun chamou de Mochileiros da fé.

O fato é que, por mais importante que seja um louvor e uma palavra que nos agrade, com serviço de estacionamento, ar condicionado, um bom culto infantil para os pequeninos, tudo isso não é motivo suficiente para alguém querer ficar ou sair de uma comunidade.

Comunidade, segundo as Escrituras, é um organismo, em que cada pessoa é um membro.

E cada qual deve fazer a sua parte para a melhora do todo.

Se todas as vezes que algo nos desagradar, nos mudarmos, não iremos parar em lugar algum.

Um outro motivo para tal trânsito, é um certo perfeccionismo almejado por alguns.

Alguns vão a igreja e querem que tudo seja perfeito!

Querem uma excelente Palavra, uma grande plano de discipulado, uma escola bíblica de qualidade, grupos pequenos, trabalho engajado com jovens e crianças, e um belo programa de ação social.

E que tudo funcione direitinho! Não toleram erros!

Mas isso é muito difícil.

Em qualquer instituição, não é possível ter tudo o que se almeja, se a exigência for muito alta!

Estamos todos em constante construção!

Mas o pior acaba sendo para quem se muda com muita facilidade.

Não experimenta crescimento, desenvolvimento do seu próprio ministério.

É como uma planta arrancada de lugar a todo momento.

Não gera raiz.

Os antigos diziam que o ideal é você ficar no “lugar em que foi plantado”, no sentido de ficar onde conheceu o evangelho.

Claro que mudanças podem ocorrer, pelos mais diversos motivos, porém, não devem ser banais.

Às vezes, a visão da igreja muda no meio do caminho. Não é mais o que era antes. Ou pastores caem em heresia, se tornam exploradores. Nesse caso, talvez o melhor é mudar.

Não raras vezes, quem discorda é até convidado a sair.

De qualquer modo, se  não pararmos em igreja nenhuma, nunca haverá crescimento e maturidade.

De certa forma, é bom sofrer certas coisas desagradáveis na comunidade em que frequentamos, pois isso irá nos ajudar a moldarmos também o nosso caráter.

E também nós, os pastores, temos um grau de responsabilidade nisso, ao tratarmos o público como consumidores de religião.

Ou por não ouvirmos os seus mais profundos anseios, praticamente obrigando-os a se mudarem.

De qualquer modo, devemos pregar e buscar viver o evangelho fielmente, e deixar os resultados nas mãos do Senhor, sem querer sempre adaptá-lo para "agradar o freguês".

E você? Tem alguma opinião sobre o assunto? Deixe alguma sugestão nos comentários!

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