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A redenção foi um ato de amor do Pai e não um evento para aplacar sua ira

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As Escrituras dizem que Deus amou o mundo e deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna (João 3.16). Outros autores do novo testamento também enfatizam que é o amor de Deus que está na base da redenção, como por exemplo, quando Paulo diz que "Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Deus não tem prazer na morte de ninguém e quer que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Por isso, a meu ver, é equivocada a ideia de que a morte de Cristo foi de um tipo de propiciação para aplacar a ira de Deus. Penso que não seja isso. Deus é amor, e tudo o que fez por nós foi baseado neste amor. Mas as Escrituras não dizem que Deus também se ira? A meu ver, a ira de Deus, se volta contra o pecado, e não contra o pecador. Obviamente, que o pecador impenitente irá sofrer as consequências da dureza de seu próprio coração, pois abriga o pecado em si. Caso se arrep...

O conceito de propiciação em John Stott

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  John Stott, ao comentar o versículo 2 do Capítulo 2 da epístola de João, menciona que o termo “propiciação” (do substantivo grego “hilasmos”) expressava no paganismo a ideia de oferta a uma divindade irada, quase que o pagamento de um suborno. Assim sendo, diante da grosseria de tal ideia aplicada ao Deus das Escrituras Sagradas, muitos teólogos abandonaram a ideia de “propiciação” com o intuito de apaziguar uma divindade, e trocaram pela ideia de expiação, ou de purificação, no sentido de se livrar da culpa. Seria que como um ritual de purificação, porém, sem ter a Deus como objeto. Entretanto, Stott ressalta que, embora se possa dar valor a tal interpretação, e que, mesmo não havendo uma ideia explícita de que Deus seja o objeto da propiciação, é muito clara no Novo Testamento a ideia da ira de divina. Logo, no mínimo, há a necessidade que tal ira seja afastada a fim de que haja perdão, e que efetivamente o foi pelo sacrifício de Cristo. Logo, percebe-se que Stott não des...

Sobre a Reparação a Deus por nossos pecados

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Vejo muitos até hoje que se escandalizam mesmo nas fileiras do cristianismo, contra a doutrina pela qual Jesus se oferece a Deus em sacrifício para o perdão dos nossos pecados. Dizem que tal doutrina é abominável, e que não são capazes de acreditar em um Deus que exige que o filho morra para que possa perdoar o pecador; que um Deus de misericórdia simplesmente perdoaria, não levando em conta os pecados cometidos; que este sim seria um ato digno de um Deus que merece ser adorado e propagado. Entretanto, a meu ver, algumas coisas (dentre tantas outras) precisam ser levadas em consideração nesta questão, antes de descartarmos a doutrina da expiação feita por Cristo a Deus pelos pecadores. A primeira questão é a doutrina da Santíssima Trindade. Deus não exige o sacrifício de seu Filho para a remissão de nossos pecados, mas é o próprio Deus, que no Filho, oferece-se a si mesmo, por nós os pecadores. Então, trata-se de um ato de entrega do próprio Deus, e não de ...