Da Ausência de Candidatos que atendam a uma visão mais conservadora da sociedade

A pedra no sapato dos candidatos são os grupos evangélicos. Dias atrás, ao participar de um encontro com pastores, Kassab quase foi confrontado com um abaixo-assinado contra o Projeto de Lei 122 - que tramita no Congresso e propõe a criminalização da homofobia. O prefeito saiu do encontro antes que lhe trouxessem o texto, mas avisou: "Minha posição é a favor da diversidade." Nesta semana foi a vez de Marta. Diante de um grupo de batistas, frisou: "Sou a favor do respeito à dignidade das pessoas[1]."

Há pouco tempo atrás, foi publicada a matéria acima, sustentando que quase todos os candidatos escondem os seus projetos "polêmicos" de boa parte do público mais conservador. (Clique no link indicado no “rodapé” para ler a matéria na íntegra).

Fato é que, os candidatos precisam dos votos dos evangélicos, que fazem parte de uma parte considerável do eleitorado. Entretanto, não dizem claramente os projetos que desagradam tal segmento religioso. E o que qualquer cidadão precisa saber é que, será com o dinheiro dos seus impostos que os referidos projetos serão aplicados. No caso dos evangélicos e a questão da homossexualidade, parte de seus impostos poderá ser utilizada, tanto para a propaganda homo afetiva, bem como disseminar, talvez através de apostilas e materiais didáticos infantis a cosmovisão dos grupos mais liberais que estiverem no poder.


Kassab, de acordo com a matéria, afirma ser a favor da diversidade. Quanto a isso, ninguém pode impedir que dois adultos do mesmo sexo, caso queiram, tenham uma relação homoafetiva; não na sociedade em que vivemos. Entretanto, podemos ser contra a cosmovisão que tenta convencer que isto seja uma coisa totalmente natural e normal. E, uma vez imposta por determinação da lei que tal "diversidade" é coisa "normal", a própria diversidade pode ficar ameaçada, pois grupos que forem contra tal cosmovisão serão coibidos de expor sua opinião.

Ainda em relação à matéria, Marta disse ser a favor da dignidade das pessoas. É uma afirmação que nas entrelinhas afirma que, quem for contrário à legalização da relação homoafetiva fosse contrário à dignidade das pessoas (como mais explicitamente afirmou o Presidente Lula pouco tempo atrás), quando, na verdade, segundo a visão mais conservadora, é a própria dignidade humana que está sendo defendida, primeiramente, pela própria liberdade de expressão, e em segundo lugar, por expor uma forma familiar que tenha mais a ver com a razão e a religião cristã.

Portanto, e considerando que todos os principais candidatos possuem projetos nestes sentido, ao que parece há um certo “vazio” eleitoral para o público relativamente mais conservador (quase a totalidade dos evangélicos). É interessante como a mídia vê os evangélicos como “a pedra no sapato” dos candidatos, pois, apesar de uma minoria, é uma minoria militante.

[1] http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080920/not_imp245138,0.php acessado em 05/10/2008, as 11:03

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