A fraqueza de Deus...
Sempre recordo-me de um dito de Bonhoeffer acerca da presença de Deus no mundo...
O referido teólogo alemão, quando preso em um campo de concentração nazista, e a meditar, entre outras coisas, acerca do sofrimento humano, escreveu sobre a fraqueza de Deus, e que a maturidade do cristão exigia que ele aprendesse a viver o abandono da cruz, querendo dizer vivendo como se não houvesse Deus no mundo, assim como nosso Senhor quando se sentiu abandonado (Resistência e Submissão, editora Sinodal).
Vivos no mundo, mas sem Deus no mundo...
E não teria sido assim que muitos naqueles campos de concentração talvez tenham se sentido?
E que, se Cristo era a expressão máxima de Deus no mundo, isto significaria que, na cruz, em certo sentido, Deus se permitiu ser expulso do mundo!
Ou seja, a cruz não foi somente a mensagem de Deus ao mundo, expressando o seu máximo amor!
A cruz também foi, em contrapartida, a mensagem do mundo para Deus: "não te queremos mais aqui!!! Fora daqui!!! E o expulsaram do mundo, crucificando-o numa cruz...
E o que é pior (ou melhor). Ele deixou. Ele permitiu.
O Filho de Deus se permitiu ser crucificado, anulou-se a si mesmo, e deu de si mesmo...
Foi a fraqueza de Deus que venceu o mundo...
Daí, o cristão ser chamado a trilhar o caminho da fraqueza...
A se abandonar em Deus, e permitir ser resistido, ser afastado, ser ignorado...
Aquele que a estas coisas não se permite, pode acabar se tornando o assassino de seu irmão...
Quando age por força ou por violência, age, não como o Deus em Cristo, mas coloca-se ao lado das forças opressoras do mundo...
E também hoje, pode-se entender que a presença de Deus é fraca no mundo, a ninguém força...
O Espírito permite ser resistido, ser apagado, ser deixado de lado, e até se entristece...
E, assim, de certa maneira, continuamos "expulsando" Deus do mundo, pelo menos em sentido muito pessoal, com nosso ódio, agressividade e desamor.
Ostentações de força e poder não combinam com o homem de Nazaré...
Daí, a presença de Deus no mundo está aí para convencer o homem a amar, e a renunciar aquelas forças de morte que parecem atuar de dentro para fora de si.
É uma influência de amor; do Espírito de amor...
Roger, de Taizé, costumava dizer, com seu costumeiro fervor: "Jesus é o Cristo, o Deus que continuamente vem até cada um de nós..."
Entretanto, ainda não deixa de ser uma presença, embora sublime, cheia de beleza e graça, ainda assim "fraca", pois pode ser resistida por cada um de nós.
Mas quando reconhecermos nossa fraqueza, assim sim seremos fortes, pois a fraqueza de Deus é mais forte do que todo o mundo, assim como sua loucura é mais sábia do que a sabedoria dos homens.
E se você, eventualmente, estiver se sentindo como que abandonado, talvez esteja na verdade, se elevando a patamares de maturidade dos quais ainda ainda não havia trilhado.
Anime-se, pois a ressurreição virá!
O referido teólogo alemão, quando preso em um campo de concentração nazista, e a meditar, entre outras coisas, acerca do sofrimento humano, escreveu sobre a fraqueza de Deus, e que a maturidade do cristão exigia que ele aprendesse a viver o abandono da cruz, querendo dizer vivendo como se não houvesse Deus no mundo, assim como nosso Senhor quando se sentiu abandonado (Resistência e Submissão, editora Sinodal).
Vivos no mundo, mas sem Deus no mundo...
E não teria sido assim que muitos naqueles campos de concentração talvez tenham se sentido?
E que, se Cristo era a expressão máxima de Deus no mundo, isto significaria que, na cruz, em certo sentido, Deus se permitiu ser expulso do mundo!
Ou seja, a cruz não foi somente a mensagem de Deus ao mundo, expressando o seu máximo amor!
A cruz também foi, em contrapartida, a mensagem do mundo para Deus: "não te queremos mais aqui!!! Fora daqui!!! E o expulsaram do mundo, crucificando-o numa cruz...
E o que é pior (ou melhor). Ele deixou. Ele permitiu.
O Filho de Deus se permitiu ser crucificado, anulou-se a si mesmo, e deu de si mesmo...
Foi a fraqueza de Deus que venceu o mundo...
Daí, o cristão ser chamado a trilhar o caminho da fraqueza...
A se abandonar em Deus, e permitir ser resistido, ser afastado, ser ignorado...
Aquele que a estas coisas não se permite, pode acabar se tornando o assassino de seu irmão...
Quando age por força ou por violência, age, não como o Deus em Cristo, mas coloca-se ao lado das forças opressoras do mundo...
E também hoje, pode-se entender que a presença de Deus é fraca no mundo, a ninguém força...
O Espírito permite ser resistido, ser apagado, ser deixado de lado, e até se entristece...
E, assim, de certa maneira, continuamos "expulsando" Deus do mundo, pelo menos em sentido muito pessoal, com nosso ódio, agressividade e desamor.
Ostentações de força e poder não combinam com o homem de Nazaré...
Daí, a presença de Deus no mundo está aí para convencer o homem a amar, e a renunciar aquelas forças de morte que parecem atuar de dentro para fora de si.
É uma influência de amor; do Espírito de amor...
Roger, de Taizé, costumava dizer, com seu costumeiro fervor: "Jesus é o Cristo, o Deus que continuamente vem até cada um de nós..."
Entretanto, ainda não deixa de ser uma presença, embora sublime, cheia de beleza e graça, ainda assim "fraca", pois pode ser resistida por cada um de nós.
Mas quando reconhecermos nossa fraqueza, assim sim seremos fortes, pois a fraqueza de Deus é mais forte do que todo o mundo, assim como sua loucura é mais sábia do que a sabedoria dos homens.
E se você, eventualmente, estiver se sentindo como que abandonado, talvez esteja na verdade, se elevando a patamares de maturidade dos quais ainda ainda não havia trilhado.
Anime-se, pois a ressurreição virá!
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