Solidariedade diante da tragedia

“...para que vejam vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.



Há muitos que dizem não serem muito bons com as palavras. Têm dificuldade de divulgar a mensagem do evangelho, e proclamar as boas novas.

Entretanto, existe outro modo de falar, que é pelas nossas ações.

Jesus ensinou que, quando o mundo enxergar as nossas boas obras, glorificaria o nosso Pai que está nos céus.

Tragédias com a do Rio de Janeiro e de outras cidades paulistanas deveriam movimentar de tal modo os filhos de Deus, como se a dor das vítimas fossem sua própria dor.

Os cristãos deveriam ser um povo tal que diante da dor alheia fossem uma comunidade presente, consoladora, que ajuda.

É um momento excepcional. Projetos pessoais e projetos institucionais deveriam reduzir-se para dar lugar ao interesse alheio.

É triste quando vemos muitos caminharem como se nada tivesse acontecido.

Não é o momento somente de oração, mas de ação e de doação.

Quando a mídia parar de noticiar os acontecimentos, tudo cairá no esquecimento; mas a dor e a dificuldade das vítimas continuarão.

Jesus fundou uma comunidade que viva de forma simples, e que se esforçava para ajudar os que tinham necessidades.

A igreja primitiva está repleta de exemplos de cristãos que muito fizeram pela miséria alheia, ao ponto de uma autoridade romana dizer que o problema de enfrentar os cristãos é que eles cuidavam “dos pobres deles e também dos nossos”.

Se lermos a história de São Basílio, ficaremos impressionados com a ação social promovida por sua comunidade monástica, a ponto de ter fundado um bairro inteiro da caridade, com asilos, local de acolhida aos estrangeiros, órfãos e viúvas.

Ou ainda, de São João Crisóstomo, como a basílica que ele comandou durante alguns anos, foi pródiga em ajudar os pobres e necessitados.

Agora, óbvio que a ação social não deve visar o marketing, afinal, isso seria mais uma manifestação da nossa carência e egoísmo

A ajuda aos necessitados deveria tornar-se um estilo de vida de todos nós, algo de nossa própria natureza cristã.

Os que professam seguir Jesus deveriam por demais atentar a isso, mas infelizmente, parece que cada instituição se fecha em si mesma. Será que o nosso modelo de cristianismo evangélico que está doente, completamente equivocado, por privilegiar mais estruturas do que pessoas?

Independente da resposta a esta pergunta, fato é que, cada filho de Deus, cada discípulo de Cristo tem que viver sempre com o pobre, com o necessitado diante dos olhos, para não perder de vista o verdadeiro sentido de sua vocação. Há muitas formas de ajudar as vítimas das enchentes de nosso país. Seja de iniciativa das igrejas, ou da própria sociedade civil, isso não importa. Importa é ajudar.

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