O pão que é nosso



O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11);




Já meditamos um pouco sobre a dimensão comunitária do Reino quando pensamos acerca do Pai que é "nosso".


Agora, a oração do Pai nosso continua com esta mesma tendência, ao recitar o pão que é "nosso".


Jesus me ensina a não pensar somente no pão que é "meu".

Somos capazes de passar dias, meses, anos, e ainda assim não darmos nem um pedaço de pão ao necessitado.

É possível que muitas vezes, o Pai queira dar o pão que é do outro através de tua vida.

"Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício" (Prov 19.17).

Nas Escrituras, a assistência ao necessitado é tão recorrente que a sua recusa é uma das causas da oração de alguém não ser ouvida: "O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido" (Provérbios 21.13).

No relato entre rico e Lázaro, o primeiro foi mandado para um lugar de tormento porque não deu assistência ao pobre. Leiam Lucas 16.19-31.

Os cristãos da igreja primitiva repartiam seus bens entre todos até que não houvesse quem tivesse necessidade (Atos 2.45).

O apóstolo Paulo disse que era uma recomendação de Pedro e dos demais para que os pobres fossem sempre lembrados: "Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência" (Gálatas 2.10).

E o próprio Paulo convoca os cristãos da igreja em Corinto para mandar provisão aos necessitados de Jerusalém, disse que era para que houvesse igualdade, dizendo que "ao que muito colheu, não sobrou; ao que nada colheu, não faltou" (2 Co 8.15).

Tiago disse que "a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo" (Tiago 1.27).

Há quanto tempo não visitamos um órfão ou uma viuva? Poderíamos pelo menos contribuir para com quem os ajuda, os assistencia, os visite, não é mesmo?

Logo, seja no ensino da Lei, dos Profetas, de Jesus, e dos Apóstolos, a assistência aos pobres é sempre determinada como mandamento divino. Tanto é que, no dia do Juízo final, a ausência de tal assistência é dita por Jesus como uma das causas pelas quais muitos não entrarão no Reino:

Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Portanto, a oração do Pai nosso é sempre um constante lembrete que não podemos pensar somente no "pão que é meu", mas também no pão que é do meu irmão.

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