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Mostrando postagens de março, 2010

Sobre a naturalidade de nossa bondade

"...quando deres esmola, não saiba sua mão esquerda o que faz a direita..." S empre achei este mandamento de Jesus um tipo de força de expressão para reforçar a determinação de que não deveríamos dar esmola e fazer "tocar a trombeta diante de nós", ou seja, não fazer cariade para "aparecer" diante dos homens. Também já fiquei matutando como esta passagem do sermão do monte poderia se harmonizar com a passagem do mesmo sermão que diz que nossa luz deve brilhar diante dos homens para que eles vejam nossas boas obras para que glorifiquem ao Pai que está nos céus. Curioso. Como fazer com que vejam nossas boas obras quando ao mesmo tempo não é nem pra nossa mão esquerda saber o que faz a direita? Bom. Outro dia ocorreu um fato corriqueiro que me fez pensar acerca desta questão. Cheguei ao meu trabalho, já fui sentando em minha mesa, etc, quando me ocorreu se eu havia batido ou não o ponto eletrônico. Tive que pedir a minha supervisora que verificasse através de

Sacerdócio e Pedofilia

E is ai um assunto muito complicado, em que me arrisco a escrever um monte de bobagens... E ao falar dele, sempre tomo o máximo cuidado para não ofender os meus irmãos católicos. Bom. Penso que a maior parte dos leitores viram a semana passada o agito na mídia por conta dos casos de pedofília que voltaram a rondar o clero católico. É uma questão bastante delicada e complicada, principalmente pelo fato de envolver fé e confiança em toda esta questão. Por exemplo, eu tenho uma filha que, quando começou ir para a igreja, se relacionar com o povo, era bastante tímida e temerosa. Praticamente não cumprimentava ninguém e se escondia. Vamos e convenhamos, era um bebezinho... Entretanto, poucos meses depois, elas se desprende de minhas mãos e se emaranha no meio do povo, cumprimentando todo mundo sem sequer eu pedir, adiantando-se a mim, impressionantemente. Há um bigodudo, um homem grande, que no início ela parecia ter muito medo. Agora, ela para em frente dele e fica fazendo pose de bailarin

A Natureza do Reino de Deus

  Domingo de Ramos A Natureza do Reino de Deus Bispo Ildo Mello (Assista também o vídeo do sermão desta mensagem cliclando  aqui ) É uma pena ver que boa parte dos evangélicos ignora o Domingo de Ramos. Alguns, em sua ignorância, chegam até a alegar que isto é coisa de católicos. Por estas e outras, as celebrações evangélicas da Páscoa estão cada dia mais pobres, limitando-se à comemoração do Domingo da Ressurreição. Assim, não apenas o Domingo de Ramos, mas até mesmo a Sexta-Feira da Crucificação está sendo ignorada. Um absurdo, pois o tema central do Evangelho é a mensagem da cruz (1 Co.2.2). Se pensarmos bem, até mesmo por uma questão pedagógica, seria interessante aproveitarmos melhor as datas festivas para comunicar o seu significado. Por exemplo, um culto temático, cujas canções, encenações, decoração, ramos, leituras bíblicas e mensagem estivessem focadas no evento, contribuiria em muito para a fixação dos ensinamentos deste que foi o primeiro dia da Grande Semana de Jesus n

Justiça! Justiça!....Justiça?

U ma criança morta... Um crime... Um julgamento... Uma multidão grita lá fora... Justiça! Justiça! Justiça! Prisão!... Alguns bem que gostariam de gritar... Morte, Morte, Morte!!! Mas será que esta multidão é tão justa asim?... A atitude coerente não seria o de luto, o de silêncio?... O de aguardo, o de lamentação?... Que a justiça seja feita sim... A comoção ocorre quando de algum modo um valor prezado pela sociedade é violentamente violado.... Mas, se este "big brother" servir de alguma coisa, que seja para lembrar que crimes tão bárbaros quanto este, ou até piores, ocorrem sempre, entretanto, por algum motivo, não dão o suficiente ibope para ganharem o horário nobre da mídia...

Paz, perdão, reconciliação...

"...deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão" Q ue sublime coisa quando adversários entram em reconciliação. Você estará disposto a abrir mão daquilo que entende que é seu por direito, por tua própria justiça, por tuas próprias razões, em nome da paz? Assim como o próprio Cristo, que, mesmo sem nós termos razão alguma, nos acolhe em seu ser? Não há nada de mais sublime quando alguém, ciente da presença, e na força do Cristo, pela paz, pelo próximo, pelo amor, esforça-se para manter uma atitude reconciliadora em que, ainda que tudo não volte a ser como antes, pelo menos o estado de guerra se eesvai, e se dá uma chance para a paz. Você estará disposto em manter uma postura pacífica, prerrogativa para ser um mensageiro da pacificação? Ao que tudo indica, no mundo das crianças tudo é mais fácil. Mas fácil a paz, mais fácil a reconciliação. Mais fácil voltar a brincar. Elas ainda pouco entendem sobre traição, engano ou somar créditos, desc

Dez virtudes que fizeram de José um vencedor

Tinha sonhos, uma visão do plano de Deus para sua vida (Gênesis 37:5).   Confiava no amor e no cuidado de Deus – Sabia que Deus o amava. Sentir-se amado por Deus faz muita diferença na vida!   Andava por fé e não se deixava abater pelas circunstâncias. Muitos desanimam em sua fé e outros tantos chegam a blasfemar de Deus diante de provações menores do que as que José enfrentou. Era otimista – conseqüência natural de sua fé no amor de Deus e na sua Palavra, na visão que tinha do plano de Deus para a sua vida. Era paciente e aprendeu a esperar em Deus – foram treze anos de grande provação: Odiado pelos irmãos que o invejavam; foi colocado no  fundo do poço, pensaram em matá -lo, mas acabaram vendendo-o como escravo. Foi acu sado injustamente e condenado à  prisão . Experimentou a solidão e o desamparo familiar. Via cada crise e dificuldade como uma oportunidade de crescimento – não se deixava abater – se sentia desafiado pelas tribulações. Adaptava-se facilmente a cada uma das situ

Fé e Dúvida

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"Pensada de forma radical, a experiência da fé se revela como irmã gêmea da dúvida. Não, de forma alguma estou sugerindo que falte alguma coisa a fé, que a fé seja incompleta por estar ainda assombrada pela dúvida. Exatamente o contrário. Fé e dúvida se pertencem. A dúvida é uma das dimensões da fé, exatamente porque existe um abismo intransponível entre a intensidade da paixão subjetiva e a incerteza permanente da experiência objetiva. (...) Na realidade existe uma incompatibilidade entre a certeza objetiva e a paixão da fé.... (...) Tudo o que é objetivamente verdadeiro permanece dentro da esfera do finito. E 'aquilo que é finito para a compreensão é nada para o coração'. A verdade objetiva, portanto, não pode ser objeto de fé: ela nada tem a dizer acerca do sentido da vida. (...) Podemos, pela linguagem, tentar descrever a beleza de uma sonata de Mozart. A descrição brota de uma experiência de beleza. Mas ninguém seria tolo a ponto de pensar que aquele que entendeu a de

Quem é você?

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S emana retrasada houve, na maior parte das igrejas que seguem o calendário litúrgico, a leitura da conhecida parábola do filho pródigo (Lucas 15.11), ou parábola do pai misericoridoso, como preferem alguns. Quem sabe poderia ser também chamada de parábola do irmão mais velho, haja vista a participação também deste terceiro elemento. Bom. O nome não importa; aliás, Jesus não ficava dando títulos ao seus contos e ensinamentos. Nós é que o fazemos. O interessante nesta parábola é que podemos vê-la sob diferentes perspectivas. Podemos vê-la da perspectiva do pai, do filho gastão, ou do irmão mal humorado e enciumado, além de outras abordagens talves. Fato é que, quando Jesus faz tal narrativa, ele está na casa de um fariseu, justamente em um contexto em que este grupo de religiosos tem dificuldade em aceitar pecadores para o reino, bem como parecem ter uma dificuldade em aplicar a misericórdia para com os que necessitam da graça divina. Daí, Calvino ter ensinado que a ênfase da parábola e
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O que Deus quer de nós

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U m aspecto de alguns ramos do cristianismo é que centralizam toda a piedade nos atos religiosos de cada qual. Crente poderoso, crente fiel é aquele que jejua muito, que ora muito, que lê bastante a Bíblia e se achega para ouvir sermões. É alguém que constantemente vai à sua agremiação religiosa. Um verdadeiro exemplo para os fiéis. Mas será mesmo que atos piedosos particulares logram êxito em mover o coração de Deus, alcançando o seu favor? Será que tudo o quanto muitos aprendem sobre religião está realmente errado? Será que a religião, muito mais do que voltada para o metafísico, o totalmente distante, a fuga do mundo não deveria obedecer justamente o caminho contrário, de volta para o ser humano, para o pobre, para o necessitado, para a encarnação? De vez em quando, precisamos revisitar antigos textos para revitalizar a nossa fé: "...me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça, e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelo

O herege é o mais perigoso

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" O ladrão que atenta concretamente contra a propriedade privada é menos perigoso que aquele que, não sendo ladrão, contesta, no nível intelectual, a legitimidade da propriedade privada. O primeiro apenas deseja resolver um problema prático particular. O segundo nega a validez da ordem social como um todo. De forma idêntica, num país comunista, um cidadão que se comporta concretamente de forma burguesa (talvez desejando enriquecer-se operando no mercado negro de dólares) é menos perigoso que o filósofo que, aderindo a uma ética de austeridade proletária, rejeita a legitimidade da ordem politicamente instituída. O primeiro, como no caso anterior, busca somente uma vantagem pessoal. O segundo, ao contrário, sem buscar vantagens pessoais, denuncia todo um sistema e uma filosofia de vida. A prostituta, igualmente, é menos perigosa que o eunuco que afirma uma filosofia de amor livre. O desvio intelectual, em todos estes casos, é subversivo de uma totalidade, enquanto o desvio comporta

A ordem dos cata lixo

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" S ugeri ao Sumo Pontífice que criasse uma nova ordem religiosa, a Ordem dos Cata-lixo. Sua missão seria ir pelas cidades e pelos caminhos catando lixo e ensinando os fiéis a catar lixo. Mais importante que construir igrejas é catar lixo. Porque Deus não mora em igrejas. Mora no bom mundo que criou como Paraíso e os seres humanos estragaram com lixo. Enquanto isso, as penitências poderiam ser transformadas de repetições de rezas (Deus e a Virgem já as sabe de cor e estão cansados de ouví-las sempre as mesmas...) em sacos de lixo a serem catados. Uma mentira, um saco de lixo. Um xingamento: cinco sacos de lixo. Infidelidade: dez sacos de lixo. Corrupção: o corrupto iria dentro do saco e teria de viver por um ano no lixão, na companhia dos urubus, seus colegas..." (Rubem Alves, in "Ostra Feliz não faz pérola", Ed. Planeta, p. 235-236

Impugnação racional ao 'miraculosismo'

P or miraculosismo compreendemos a doutrina assente em diversas orgs religiosas modernas e contemporâneas segundo a qual o milagre possui uma finalidade existêncial ou imanente capaz de se esgotar em si mesma e não uma finalidade meramente funcional ou instrumental na medida em que esta a serviço da verdade e do bem. Nós encaramos o milagre como instrumento ou recurso adstrito a certas circunstâncias e situações específicas. Outros lho tem encarado como fim ou meta a ser obtido e como fim mesmo da instituição Cristã. Segundo este modo de encarar as coisas o Cristianismo consistiria antes de tudo e acima de tudo em falar em linguas, profetizar, curar os enfermos, enfim proporcionar beneficios materiais de modo imediato a cada fiel. As escrituras no entanto nos convidam a honrar aquela razão que é a imagem mesma de Deus no mais evoluido dos seres inteligentes: o homem. "Prestai a Deus um culto que seja racional." decreta um apóstolo. "Estejai de protidão para dar a quem lh

Continuando a refletir sobre os milagres e sua possibilidade

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T enho minha posição claramente delineada e de pleno acordo com o juizo da igreja: recebo com fé divina apenas e tão somente os milagres feitos pelo Verbo perpétuo de Deus e por seus bemaventurados apóstolos. Pois creio que a funcionalidade dos milagres diz respeito a natureza divina de Cristo. Os milagres são como que um sinal pertinente a messianidade do Filho de Maria e como que uma vara destinada a apoiar a vinha nascente da igreja. Patenteada a messianidade de Jesus diante dos israelitas e firmada a igreja apostólica entre as nações gentílicas a funcionalidade dos milagres cessou e sua econômia foi substituida pela econômia do serviço fraterno, econômia tanto mais elevada e nobre quanto pautada no exemplo que nos foi legado pelo Senhor. Afinal que foi Jesus? Um Benfeitor e Mestre que fazia milagres ou um milagreiro que ocasionalmente beneficiava e ensinava seus ouvintes? Como encaramos o Cristo? Como uma espécie de Asklépios judeu ou como instrutor divino que nos foi enviado pelos

Reverência pela vida

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" A Igreja Católica é radicalmente contrária ao aborto. Trata-se de uma postura ética que merece todo o meu respeito. Um teólogo católico, explicando a posição da Igreja na televisão, declarouu: 'Somos contra o aborto porque somos a favor da vida'. Fiquei encantado! Eu também sou a favor da vida. E Gandhi. E Albert Schweitzer. Reverência pela vida. É isso mesmo! É preciso ser a favor da vida. Uma das virtudes intelectuais dos pensadores católicos desenvolvidas através dos séculos, é a coerêncai lógica. Coerência lógica é aceitar todas as consequências de um princípio que toma como normativo. No nosso caso, o princípio de que toda a vida é sagrada. Se toda a vida é sagrada, então, juntamente com o aborto, devem ser colocados na lista dos pecados mortais tudo aquilo que contribua direta ou indiretamente para a morte. Hoje as armas matam um número infinitamente maior de pessoas que o aborto. Mas não conheço nenhuma atitude da Igreja contra a fabricaçáo, venda e posse de arma

Conversando sobre Direitos Humanos...

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E stive hoje com alguns irmãos anglicanos em um grupo de estudos discutindo um pouco a questão acerca dos Direitos Humanos. Após uma devocional acerca do texto da mulher samaritana que dialogou com Jesus, começamos a conversar acerca do tema. Quando falamos sobre tal assunto, lembro-me das minhas aulas de Direito, quando estudei um pouco acerca dos direitos humanos em diversas gerações. Costumamos a aprender que os Direitos Humanos de primeira geração foram as liberdades, os direitos individuais, cujo marco foi a Declaração Universal dos direitos do homem e do cidadão. Era uma reação ao Estado feudal em que o ser deixava agora de ser servo para ser cidadão, não somente com obrigações, mas também com direitos. Criara-se, pelo menos no campo intelectual uma esfera de direitos subjetivos do qual o estado não poderia se intrometer. A independência dos EUA, a revolução Gloriosa espelham um pouco tal época. Entretanto, alguns foram percebendo que garantir somente os direitos individuais não

Se o exame é livre, porque a intolerância?...

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H á um certo paradoxo no protestantismo. Paradoxo este daqueles complicados de entender, daqueles em que, um mesmo fenômeno apresenta tantas contradições em um mesmo aspecto que é de deixar qualquer um meio tonto, ou atônito... Um destes paradoxos do protestantismo é: como um movimento que, de certa forma, esteve na vanguarda do chamado individualismo no Ocidente (isto, tanto no bom como, talvez, no mau sentido) possa desenvolver características, as vezes, tão intolerantes? Explico. O protestantismo é, em tese, o ramo da cristandade que tem o menor espectro dogmático de todos; ou seja, comparado com o catolicismo romano e com a ortodoxia do oriente, há pouquíssimas crenças absolutamente obrigatórias no protestantismo. De modo geral, no protestantismo as crenças tradicionais na Santíssima Trindade, mais as teses protestantes do "Somente a Cristo", "somente a Graça", "somente a fé" e "somente a Escritura" são, de modo geral, são as crenças que toda
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Se o exame é livre, porque a intolerância?

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H á um certo paradoxo no protestantismo. Paradoxo este daqueles complicados de entender, daqueles em que, um mesmo fenômeno apresenta tantas contradições em um mesmo aspecto que é de deixar qualquer um meio tonto, ou atônito... Um destes paradoxos do protestantismo é: como um movimento que, de certa forma, esteve na vanguarda do chamado individualismo no Ocidente (isto, tanto no bom como, talvez, no mau sentido) possa desenvolver características, as vezes, tão intolerantes? Explico. O protestantismo é, em tese, o ramo da cristandade que tem o menor espectro dogmático de todos; ou seja, comparado com o catolicismo romano e com a ortodoxia do oriente, há pouquíssimas crenças absolutamente obrigatórias no protestantismo. De modo geral, no protestantismo as crenças tradicionais na Santíssima Trindade, mais as teses protestantes do "Somente a Cristo", "somente a Graça", "somente a fé" e "somente a Escritura" são, de modo geral, são as crenças que toda

A doutrina e a praxis do milagre no pentecostalismo.

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F érias, trabalhos e encargos impediram que retomassemos a sequência de nossos artigos no tempo propício... Aproveitamos porém o pouco tempo de que dispuzemos para aprofundar nossas pesquisas sobre o assunto, tendo em vista seu aspecto polêmico inda que histórico e factual. Pois é de todo inutil fazer sermões sobre milagres e prodigios se eles de fato não são corroborados pela percepção e pela experiência comuns. Haviamos tencionado inclusive 'espiar' alguns cultos pentecostais com o objetivo de examinar a questão tanto mais de perto segundo a velha escola positivista em que foramos iniciados nos velhos tempos e a qual em parte nos atemos até hoje, ao menos enquanto ponto de partida para as consequentes interpretações ou, como preferimos, compreenções. Todavia como não nos seria possivel assistir a tais reuniões sem grave escândalo com relação a nossos alunos, amigos e irmãos em Cristo Jesus - afinal não nos seria possivel informar a todos de que o objetivo de nossas visitação

Protestantismo, ortodoxia e liberalismo

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É comum vermos uma certa "guerra doutrinária" nos seminários e circulos teológicos evangélicos. A bola da vez é atacar o que se convencionou chamar de liberalismo teológico". Entram debaixo desta alcunha desde teólogos neo-ortodoxos como Karl Barth ou mesmo existencialistas como Tillich e Bultmann, que de liberais mesmo, tenho alguma dúvida se algo tiveram... Aliás, conversando aqui ou acolá, a gente fica sabendo que gente que é considerada liberal por um grupo é considerada conservadora por outro. Vejamos o exemplo de Dom Robinson Cavalcanti, o grande anglicano brasilerio. No meio evangélico, é considerado um liberal. Se você ler o blog do Júlio Severo, que, salvo melhor juízo, está entre os ultra conservadores, verá muitas críticas ao socialismo de Cavalcanti. Entretanto, se você conhecer boa parte da liderança da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, igreja da qual o mencionado pernambucano foi consagrado bispo, veríamos que por lá ele é considerado ortodoxo, conserv

Protestantismo, ortodoxia e liberalismo...

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É comum vermos uma certa "guerra doutrinária" nos seminários e circulos teológicos evangélicos. A bola da vez é atacar o que se convencionou chamar de liberalismo teológico". Entram debaixo desta alcunha desde teólogos neo-ortodoxos como Karl Barth ou mesmo existencialistas como Tillich e Bultmann, que de liberais mesmo, tenho alguma dúvida se algo tiveram... Aliás, conversando aqui ou acolá, a gente fica sabendo que gente que é considerada liberal por um grupo é considerada conservadora por outro. Vejamos o exemplo de Dom Robinson Cavalcanti, o grande anglicano brasilerio. No meio evangélico, é considerado um liberal. Se você ler o blog do Júlio Severo, que, salvo melhor juízo, está entre os ultra conservadores, verá muitas críticas ao socialismo de Cavalcanti. Entretanto, se você conhecer boa parte da liderança da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, igreja da qual o mencionado pernambucano foi consagrado bispo, veríamos que por lá ele é considerado ortodoxo, conserv

Seguir o Cristo

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" V ocê que, sem olhar para trás, gostaria de vir após o Cristo, lembre-se de que, ao seguí-lo, você será irresistivelmente arrastado a partilhar e a viver numa grande simplicidade. Você pregará na parede de sua casa estas palavras do Evangelho saídas diretamente do coração do Cristo: 'O que vocês fazem ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazem?" (Roger de Taizé, in "Amor de Todo Amor", Ed. Cidade Nova, p. 23)

Sobre o perdão

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" P erdoe, não com a intenção de mudar o outro, mas simplesmente para seguir o Cristo. Considere o próximo não apenas numa fase de sua existência, mas em todas as etapas de sua vida. Procure a limpidez de coração. Fuja das artimanhas. Jamais manipule a consciência do outro, usando a inquietação que há nele como alavanca para torná-lo dócil ao seu modo de ver". (Roger de Taizé in "Amor de todo amor. As fontes de Taizé", Ed. Cidade Nova, p. 31,)

Orígenes... estará morto o seu pensamento?

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Q uando todo mundo pensa que o pensamento de alguém já está definitivamente morto, eis que ele pode ressurgir com uma força renovada... É uma viagem na maionese, eu sei. Mas criei este espaço justamente para ser a possibilidade de uma viagem mesmo... Afinal, que blog da internet você conhece que reúne tanta gente diferente em um mesmo espaço? Aqui já escreveram um ortodoxo socialista, esquerdista radical, e um católico tradicionalista, de ultra-direita... Meu amigo Tiago, católico tradicionalista, dono de uma comunidade de apologética no orkut, diz que isto tudo é meio inusitado... De qualquer modo, vamos lá... Estudando os progressos da ciência, verificamos que, a hipótese bíblica sobre o surgimento da vida, notadamente, a consideração do relator de gênesis como H istória vem caindo cada vez mais em descrédito. E teólogos católicos e protestantes talvez não estejam meditando totalmente o quanto deveriam nesta mudança copernicana que se tem efetuado em todas as esferas do saber... Ou s